domingo, 29 de julho de 2018

Não há verão sem....

O puto ficou nos bisavós. Quisemos fazer um programa que não ia funcionar com este miúdo (já o tínhamos tentado no passado). Também íamos a uma hora em que ele já estaria a dormir, não fazia nenhum sentido sujeita-lo a ir.
Verão tem de ter calor. Praia e piscina. Um gelado ou outro. Um biquíni novo se possível. Chinelo no pé. Uma bola de berlim ou outra. Isto é quase senso comum. Mas aqui, o verão tem mesmo de ter feira.
Tenho 30 anos e nem conseguem imaginar como adoro as feiras de verão. As cores, a música pimba, as crianças a envergarem um balão e a comerem algodão doce. As gargalhadas misturadas com os gritos de quem anda num carrossel mais elaborado. As famílias a andarem nos cavalinhos para os filhos estarem felizes.
Lembro-me perfeitamente de ir à feira popular com os meus pais ano após ano. Já mais crescida e após o fecho da mesma, comecei a ir com os meus amigos às feirinhas mais pequenas que vão aparecendo na nossa zona.
Hoje em dia muito raramente vou às feirinhas aqui perto de mim. São mais pequenas o que faz com mal haja espaço para andar, têm menos carroceis, e a cada passo encontramos alguém conhecido. Prefiro ir a uma feira que seja melhor (para mim) ainda que mais longe.
Fomos à feira de Santiago em Setúbal. Eu e o Ze já lá tinhamos ido mas as meninas não.
Mal chegamos começámos a ouvir aquelas musicas portuguesas tipo Toy, que eu a Gabi adoramos nestes contextos, já o Zé nem por isso ahah.
Começámos por fazer uma inspeção ao espaço para vermos o que queríamos mesmo fazer visto que a oferta é enorme. Querer queríamos praticamente tudo, mas não podendo ser, é preciso selecionar. 
A Matilde é uma verdadeira medrosa fofinha. Perguntei se queria andar no "oito" que eu não me importava de ir com ela. É um carrossel bastante infantil para o meu gosto mas pronto. Se conseguissem imaginar a cara dela. Aos saltinhos a dizer "quero quero quero" toda feliz. Ela é assim. Muito agradecida por tudo aquilo que tem e por tudo aquilo que fazem com ela. O pai voltou com quatro bilhetes porque o senhor lhe ofereceu dois para não dar troco, o que significa que a irmã mais velha que tem a mania que é muito fixe também foi andar. E gostou claro. Mas óbvio que passou o tempo a dizer, no gozo connosco, que só estava ali porque foi obrigada. Esta miúda por sua vez tem um sentido de humor brutal.
De seguida passámos por um salão de jogos, onde estivemos a fazer partidas de matraquilhos, que eu também adoro! A equipa onde estava a Gabi perdeu sempre e a da Matilde ganhou sempre. Isso quer dizer alguma coisa.
- Uhh um comboio fantasma. Bora Gabi? - pergunto eu
- Boraaaaaaaaa!
Sabíamos que não ia meter medo nenhum mas achámos piada. O tempo que anda é tão pouco que achei que esse não compensou o dinheiro.
A Matilde igual a ela mesma quis ir para aquelas bolas que andam na água com os miúdos lá dentro. Eu adoro ver porque parecem uns hamsters. É hilariante.
- Matilde a sério que vais andar nisso com dez anos? - pergunta a Gabi.
- Não sou de intrigas mas tu andaste com onze ahahah. - respondi eu.
- SShhhhhh ninguém tem de saber. - responde a Gabi. Eu bem digo que ela é altamente cómica.
E a Matilde lá foi. Supostamente aquilo duraria 5 minutos segundo o que dizia na cabine de venda de bilhetes. Ela esteve quase 20. O senhor deve ter tido pena de tirar a rapariga no momento mais feliz da vida dela. Pelo meio dois miúdos mais pequeninos tiveram medo e tiveram de sair. Eu também não ia achar muita piada a estar fechada dentro duma bola.
Próxima paragem, roda gigante. Epah, basicamente andar na roda gigante já é um cliché. Por isso quisemos todos ir. Eu e o Zé estávamos tão românticos e lindinhos que a Gabi nos tirou umas fotos muito giras supostamente (uma ficou toda branca e outra toda preta, nada de mim e do Zé). Acho que a Matilde foi a única que achou piada a este carrossel.
Paragem seguinte: um carrossel à séria. Daqueles que saltam e andam para a frente e depois para trás, que nos fazem ficar com cócegas e ligeiramente agoniadas ao mesmo tempo. Gosto é disso! A Gabi fez-me companhia. Havia um outro mais agressivo mas não quis andar sozinha. Quando cheguei a casa arrependi-me.
Antes de sair voltámos aos matraquilhos, mas descobrimos uns diferentes. Sempre joguei matraquilhos de futebol, aqueles eram de hoquei. Era super difícil conseguir fazer girar os bonecos para o lado certo, portanto éramos todos a jogar contra jogos.
Óbvio que não íamos embora sem uma gordice certo? A Gabi foi para os gelados, eu como gorda que sou para um waffle cheio de doce de ovos, a Matilde não gosta de doces portanto poupou dinheiro, e o Zé foi para a prova de vinhos que .... já tinha acabado....ops.
Nisto tudo gastámos cerca de 30 euros. Se me puser a pensar até me custa gastar assim esse dinheiro, mas na verdade não temos grandes luxos. Não bebo café, não fumo, portanto posso ir gastar dinheiro em carroceis, uma noite num ano. Não somos muito gastadores, até porque não temos muito para gastar, mas de vez em quando é preciso viver para além de sobreviver, e isso implica uma noite assim de diversão.



Os três na caneca do "8"!, a mais velha ia à parte para não se envergonhar com as nossas figuras.


A Matilde a experimentar os tiros. Acabou por não querer este.

A sério, não parecem hamsters?

Muito medo do comboio fantasma. 


2 comentários:

  1. A feira de São Mateus em Viseu começa já dia 9. Os domingos são francos. Por esta altura já só penso em farturas recheadas e churros...

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    1. Há três anos finalmente combinámos ir a essa feira. Estava tudo organizado, pessoal vestido e jantado. Ao chegar ao carro.... puff. Avariado. Ninguém foi a lado nenhum. Grrrrr

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