terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Despedir de 2019 com um dia em grande

Despedimo-nos de 2019, dia 30. Ainda falta o dia 31, mas este dia foi bom demais para passar em branco. Não trabalhámos e estava um sol como há muito não víamos.
Começámos o nosso dia rumo ao castelo de Sesimbra mas acabámos por seguir até ao Cabo Espichel. De todas as vezes que lá fui, o vento era incrível e fazia uns nós fantásticos no cabelo. Desta vez, nem uma aragem. 
Em pleno inverno num local normalmente mais frio e ventoso, os casacos ficaram no carro. Ainda não eram onze da manhã e o carro marcava 24 graus. 
Nunca me vou cansar de olhar para aquela água azul tao turquesa e de imaginar como seria descer até aquela pequena praia inalcançável. O Gustavo fartou-se de correr por lá de um lado para o outro até que se sentou no chão e ficou a brincar num monte de areia com o seu carrinho novo. A roupa era nova e ficou imunda, mas aí, burrice da mãe.
Durante a meia hora em que o rapaz fez escavações, eu e o Zé sentámo-nos num muro com a cara virada para o sol que estava verdadeiramente quente para esta altura do ano. Não falávamos, mas quase podia jurar que chegámos a ronronar. Um casal idoso muito simpático passou por nós e comentou como era bom ser criança, ao olhar para o Gustavo ligeiramente encardido.
Depois de limparmos minimamente o pequeno, fomos almoçar uma bela açorda de marisco em frente à praia de Sesimbra. 
- E agora já posso ir à praia? - ia perguntando o Gustavo de cinco em cinco minutos.
Quando acabámos de almoçar lá fomos. A felicidade dele quando se descalçou e correu na areia era imensa. Quase como a minha, mas não demonstrei tanto.
O sol queimava mais do que alguma vez me lembro de acontecer em dezembro. A criança ficou de cuecas, como tantas outras que por lá andavam a chapinhar na água. Eu fiquei com inveja das crianças. 
Antes de vir embora ainda deu tempo para parar num café e comer um gelado. 
Entrámos no carro e este marcava 27 graus. Como assim?! Obrigada Portugal, seu país bipolar. Desta vez estiveste bem.

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

(re)começámos a festejar o Natal


Há umas semanas partilhei um texto meu, até já antigo, em que escrevia sobre o Natal não ser o mesmo. E realmente não é. A minha avó paterna adoeceu e acabou por falecer recentemente.
O dia 24 de dezembro era celebrado na casa dessa minha avó, portanto  era lá que a família se juntava. Quando a minha avó deixou de estar presente, não sei bem porquê, mas deixámos de nos juntar nesse dia. É como se a minha avó fosse o elo que ligava todos os familiares. Assim, há dois anos que eu não celebrava a véspera de natal. Ficava em casa com o Zé e com o miúdo em casa, no quentinho de pijama.
Como o Gustavo era bebé, acabou por não custar muito deixar de festejar o dia 24. Ele deitava-se muito cedo, e eu achava por bem não o sujeitar a noitadas e horários que sei que o iam deixar muito rabugento.
Este ano já tínhamos pensado não festejar novamente o dia 24. À última da hora, que é como quem diz, no próprio dia 24, acabámos por combinar ir passar a consoada com os meus primos e tios.
A verdade, é que um dia a minha falecida avó também perdeu a sua mãe. E não foi por isso que deixou de festejar o Natal. Não foi por isso que deixou de me proporcionar um Natal muito feliz cheio de sorrisos e comida saborosa. O mínimo que eu posso fazer pelo meu filho, é isso mesmo.
Por muito que me sinta triste por ter menos uma pessoa na mesa de natal, tenho de proporcionar ao meu filho a magia do Natal que me foi proporcionada a mim.  E este ano, voltei a gostar de festejar o Natal, e foi delicioso ver a felicidade do Gustavo nessa data.
Este dia 24 de dezembro, foi só o reinício de todas as próximas consoadas. Que serão muitas, espero eu.

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Guga a salvar o dia com a patrulha pata





quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

As férias e as bruxas


A minha avó sempre disse:
- Não acredito em bruxas, mas que as há, há.
Estive de férias dois diazinhos. Dois. Não havia nada que pudesse correr mal, certo? Errado.
Tínhamos ido passear com o Gustavo, que por sinal se tinha portado incrivelmente bem nesse dia. Apesar de ainda serem seis e meia da tarde, já estava escuro como o breu e tinha começado a chover bastante.
Ao sair do carro peguei o miúdo ao colo e fui a correr para a porta de casa para o rapaz não se molhar. Péssima ideia. Escorreguei, estatelei-me ao comprido e o Gustavo juntamente comigo. Ouvi um “PUM” dele a aterrar no chão seguido dum choro forte. Corri e peguei nele. Ele estava bem aparentemente, só assustado. Fiquei eu mais magoada, e com um sentimento e culpa impossível de explicar.
Agora vou falar-vos das minhas férias de há uns tempos para cá.
Era fim de semana prolongado, em outubro de 2018. Apanhei uma laringite juntamente com uma faringite, levei injeções de penicilina e fiquei deitada os três dias.
Era fim-de-semana de Carnaval. Tinha escolhido um fato para cada dia para mim (adoro festejar o Carnaval em Sesimbra) e outro para o Gustavo. O miúdo vomitou pela primeira vez na vida. Não uma vez. Não duas. Não três, nem dez. Foi de perder a conta. E lá se foi o Carnaval.
Passemos às férias de verão. Não vou falar de ter tirado quinze dias em julho e ter estado sempre frio e chuva. Vou só falar de a Matilde ter aberto o queixo.
Ah, e o feriado de um de novembro de 2019? Fomos a Ovar visitar a família do Zé. Adoro Ovar. Adoro aquela tranquilidade, adoro as ruas típicas com casas em azulejo, adoro a praia do Furadouro. E eis que…. O Zé fica a vomitar e com diarreia (peço desculpa pela visão).
Agora digam-me, mas digam-me mesmo. Estou com a mania da perseguição , ou alguma bruxa me mandou uma maldição??

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O adeus aos 2 anos


Este texto é apenas e só um cliché. Daqueles a que reviramos os olhos até passarmos por eles.
O miúdo vai fazer três anos. TRÊS! Eu acho que as mães que sonham com o mundo da maternidade já pensam “Como raio passou isto tão depressa?”, mas no meu caso, em que num mês não íamos ter filhos e no seguinte eu estava grávida de forma planeada, bolas, a rapidez com que tudo passa (e muda) está a dar cabo de mim.
Em breve, três anos ficarão para trás. Três anos tao maravilhosos como desafiantes. Três anos com muitas gargalhadas mas também muito choro.
São os teus três anos, mas também os meus. Um pouco meus pelo menos.
Juntos ultrapassamos os tempos menos bons que foram os primeiros meses após o parto. Juntámos chorámos com as tuas cólicas: tu porque te doía, eu porque não conseguia fazer nada que te ajudasse.
Juntos gatinhámos, porque eu gatinhava contigo pela casa, e juntos demos os primeiros passos dia 1 de janeiro de 2017.
Tens-me ensinado a ser uma pessoa melhor: mais tolerante, mais calma, mais paciente, menos virada para si mesma. Também me tens criado mais medos: medo de te perder, ou medo que tu me percas.
Ultimamente todos os dias me dás um abraço gigante e dizes que sou a tua pessoa preferida do mundo.  Todos os dias te respondo que também és a minha pessoa preferida do mundo.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Hospital dos pequeninos - uma boa surpresa

Ainda não vos contei, mas o Gustavo tem pânico de ir ao médico. Não tem medo, tem pânico. É todo um outro patamar. Quando fomos passar uns dias ao Alentejo, ao entrar no hotel e ver as raparigas de farda na receção começou a panicar. Chorou, trepou por mim a cima e implorou para ir embora.
A semana passada os meninos do colégio onde trabalho foram visitar o hospital dos pequeninos. Nunca tinha ouvido falar de tal coisa. Eu não fui, mas fiquei tentada a levar o Gustavo pela opinião que ouvi das minhas colegas. E ainda bem. 
O José tinha ido passar o fim-de-semana fora e eu precisava com urgência de um programa para fazer fora de casa. Odeio conduzir em Lisboa principalmente para zonas que não conheço bem, mas enchi-me de coragem pelo rapaz.
Para visitar este hospital, cada criança leva um brinquedo com uma doença. O Gustavo levava o seu Dony como brinquedo.
Assim que chegou o Dony foi para a banca de triagem. Fomos recebidos por uma médica muito simpática que quis saber o que tinha acontecido com o Dony. O Gustavo com os seus ainda dois anos, despachado como sempre, rapidamente respondeu que tinha caído do sofá e que tinha batido com a cabeça. Mal tínhamos chegado e eu já estava parva: o miúdo falou com uma rapariga de bata branca com estetoscópio ao pescoço. Nessa banca da triagem ajudou a doutora a pesar e medir o boneco e pos-lhe uma pulseirinha de acordo com o nível de dor que achava que o Dony sentia.
Depois da triagem fomos para outra "salinha". Fomos recebidos por outra médica que fez ao boneco tudo aquilo que o Gustavo detesta que lhe façam: foi auscultado, viram-lhe os ouvidos e garganta, mediu a temperatura.... e o Gustavo ajudou em tudo.
Muitas mais bancas existiam, sempre com médicos vestidos e equipados a rigor: salas de análises, raio X e tac, operações, internamento curativos,  dentista.... durante todo o percurso as crianças são o braço direito do médico que trata os brinquedos. Mais giro ainda é o facto de cada criança também ter direito a uma bata, touca e máscara (o Gustavo só quis a mascara).
Este projeto é realizado por estudantes dos primeiros anos de medicina. Estão de parabéns. Todos demonstraram ter um jeito enorme para lidar com os miúdos e estavam verdadeiramente empenhados em fazer o seu papel o melhor possível. Fiquei super fã do projeto e vou de certeza voltar. Tenho pena que as fotos não façam justiça ao que este projeto realmente é, pois por ir sozinha com o Gustavo tinha de ter mil olhos nele e mal usei o telefone para fotografar. 
Como se não bastasse este programa fantástico ser grátis, à saída ainda deram a cada criança um saquinho com bolachas, fruta, leite, lápis de cor, livro para colorir, seringa de brincar e um bilhete de criança para o oceanário.
A parte má para vocês.... foi só este fim-de-semana que passou, portanto se não foram também já não conseguem ir.... A parte boa.... há todos os anos em novembro (e ouvi dizer que também há no dia da criança, tenho de me ir informar) portanto podem ficar atentas.

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Entretanto o bloguer não está a deixar inserir fotos neste post, mas como vos queria contar esta experiência fica mesmo assim, sem fotos (para já). Desculpem qualquer coisinha.