segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Coisas que os miúdos dizem - parte 3

Cá estamos nós para vos por a par das últimas gracinhas dos filhos dos outros. (Quem sabe dos seus mesmo)

Aqui fica um resumo das duas últimas semanas.
Beijinhos, Catarina e Zé.

- Ontem fui ver o pai Natal e a mãe Natala. (Faz sentido realmente, o miúdo sabe)

- A minha mãe foi a uma loja, tirou as maminhas, pôs lá na loja a secar e depois foi buscá-las!
- Como assim tirou as maminhas? Tirou um biquíni? Ou sutian?
- Não, as maminhas. Pegou assim nelas e pôs assim na loja para secar. (Isto vai mesmo ter de ser esclarecida com a senhora)

-Mas olha Catarina, tu estás sempre aqui connosco na escola. Não trabalhas? (A minha favorita de sempre)

- Uau João!! Este trabalho está espetacular, parabéns!
- Obrigado mas foi a minha mãe que o fez! (Podia ser o mesmo menino do post do tpc, mas é outro)

Ao fazer um trabalho de expressão plástica, a Sara e o Ricardo recortam a fotografia de uma mulher assim mais para o descascado, digamos, com um vestido com vários rasgões (não em sitio menos proprios)
- Oh Ricardo eu não percebo esta roupa. Tem quase tudo à mostra!-
- Coitadinha, pode constipar-se!   (A zelar pelo bem estar da senhora)

- Gostava de construir um tilipotio para ver estrelas!-
- Um que?
- Tapistopio.
- Repete, não percebi!                                           
- Ai, tedoscopito!
(Eu tinha percebido, mas como não pedir para repetir?)

- Despacha-te a comer! Assim vai ganhar a Joana.
- Boa Joana fico feliz por ti.  (Diz ela, ignorando o adulto que tinha falado e olhando para a amiguinha. Isso.)

- Quando o coração parar, olha estamos morridos. (Infelizmente é isso)


- Já pediste a prenda ao pai Natal? 
- Professor com essa idade e ainda acreditas no pai Natal?? (Não, só no coelho da Páscoa mesmo)




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Imagem retirada de http://www.oqueeoquee.com/piadas/

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Corpo pós parto. Não, não depende (só) de vocês mesmas.

Já imagino fundamentalistas dum estilo de vida saudável, assente em alface e quinoa, a chamarem-me nomes.
Também imagino os aficionados do ginásio a pensarem que escrevo uma enorme barbaridade. 
Sim, também vos imagino a espumar da boca.
Recentemente uma figura pública foi mãe e colocou fotografias nas suas redes sociais dois dias após o parto. Choveram comentários graças ao tamanho da sua barriga e sobre como estava em excelente forma após o parto (não é sobre a Carolina, mas podia ser). Enquanto uns a acusavam de ser uma egoísta que tinha passado fome durante a gravidez em prol dum corpo de sonho, outros acusavam-na de ter treinado tanto que poderia ter feito mal ao bebé. Enquanto uns a acusavam de ser uma péssima mãe por postar uma foto em roupa interior sensualíssima logo após o parto, outros acusavam-na de manipular as imagens.
Vamos lá a ver uma coisa.... Dois dias após o parto, eu tinha menos barriga que a senhorita em questão (não estava nada sensual com cabelo por lavar e bolsado de bebé em cima). Duas semanas após o parto e tinha menos peso do que quando engravidei. Dei por mim a tomar absorvit para tentar ter mais fome e ingerir mais calorias. 
Não fiz um único dia de ginásio durante a gravidez nem durante os seis meses que se seguiram ao parto. Não tive nenhum cuidado com a alimentação quer na gravidez quer no pós parto. Não usei cinta quer na gravidez, quer no pós parto. Tive o bebé por cesariana, facto que dizem atrasar bastante o regresso à forma.
Neste momento muitas de vocês estão a ponderar odiar-me para todo o sempre, mas há um motivo para vos dizer tudo isto: não depende só de vocês. 
Vejo constantemente mulheres a irem completamente abaixo cada vez que se olham ao espelho após o parto. Mulheres que não voltam a gostar do seu corpo (eu própria não gosto, apesar de me dizerem que estou igual). Vejo mulheres a fazer todo o tipo de dietas loucas e a darem o que podem e não podem no ginásio. Gastam o ordenado na cinta mais cara que encontram na loja. Depois disso, olham para o espelho e odeiam-se por não verem diferenças. 
Eu não quero com isto dizer que devem comer lasanhas e pizas pré congeladas todos os dias e rezarem por um milagre (não devem mesmo, quanto mais não seja pela vossa saúde). Ou que devem ficar sentadas no sofá durante os meses de licença. O que eu quero dizer é que existe uma coisa muito lixada que não está ao vosso alcance: a genética.
Vão sempre existir mulheres que recuperam bem do parto sem fazerem nada para que isso aconteça. Outras que dão tudo para voltar à sua forma e conseguem faze-lo. Outras, que nunca mais voltam a ter o corpo que tinham. 
Façam o que vos apetecer, o que vos fizer sentir bem. Mas lembrem-se sempre, não depende só de vocês (mas podem dar uma valente ajuda).


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9 meses de Guga


Três semanas pós Guga.

                                 






sábado, 3 de novembro de 2018

O que quero deste blogue (que continue igual)

Em forma de agradecimento às mais de seis mil pessoas que estão por aí:

A Maria tem um namorado que tem filhos e escreveu-me a desabafar. Não a consegui ajudar muito e dar conselhos porque cada caso é um caso, mas consegui "ouvi-la" e partilhar alguns receios que também foram meus no início da minha relação com o Zé.
A Joana tem uma filha cuja adaptação à nova escolinha e à nova educadora está a ser difícil. Queria saber uma segunda opinião do que poderia fazer para minimizar isso. 
A Rosa viu o meu post sobre as nossas máscaras do ano passado no dia das bruxas, e enviou-me fotografias para eu ver as máscaras dos filhos dela. Estavam amorosos por sinal.
A Irina mandou mensagem só para dizer que gosta de ler o que por aqui se vai passando.
A Sofia está grávida e os filhos vão ter de partilhar o quarto. Escreveu a contar-me que se sentia um pouco triste e envergonhada por isso, mas que ao ler o meu texto sobre os três partilharem um quarto se tinha sentido compreendida.
Fora todas estas mulheres que se dão a conhecer, há aquelas que não se pronunciam mas que estão desse lado, a seguir religiosamente cada post nosso.
Há uns tempos surgiu a hipótese de eu ganhar algum dinheiro com o blogue, mas para isso tinha de fazer publicidade a uma marca constantemente, várias vezes por semana. Estar a bombardear quem nos segue com publicidade constante não é um lema por aqui. Ficámos sem o dinheiro portanto. Não é que tenha algo contra quem faz dinheiro com blogues, para mim é que não faz sentido que seja deste modo. Preferia ganhar dez euros e manter-me fiel a mim mesma, do que ganhar cem e transformar isto num catálogo de moda.
Há pouco tempo deixei de seguir dois blogues super conhecidos de maternidade. Os textos que antes falavam de acontecimentos familiares começaram a falar dos vestidos, sapatos e cremes que utilizam nas crianças. Sempre. Em cada texto há pelo menos uma publicidade. Os textos que me faziam sentir próxima de quem os escreve tornaram-se num nada. Um texto que deveria ser sobre um momento lindo entre um casal, incluiu cerca de dez patrocínios. Sabem quando estão a ver uma novela e surge aquela publicidade super forçada a um produto para o cabelo? É quase isso. Aquilo que eram uns blogues com conteúdos interessantes, tornaram-se (para mim) num intervalo de um daqueles filmes de domingo, onde passam trinta minutos de anúncios.
Não me incomoda que a autora do blogue X uma vez por mês lá promova um produto ou outro. Até me pode dar a um conhecer um produto interessante. Ou que os autores do blogue Y façam uma publicidade de vez em quando. Mas quando transformam algo que até era belo numa máquina de fazer dinheiro, é altura de eu retirar o like.
O que eu quero dizer, é que prefiro continuar a ter aí desse lado pessoas reais que nos vêem como família real (não real mesmo real do género da realeza porque somos mesmo da plebe) , do que ter desse lado clientes que me pagam a conta da luz e da água ao fim do mês. O que eu quero, é agradecer a quem está aí do outro lado. às que enviam mensagens, às que comentam, às que partilham e às que nos seguem em silêncio.
Em breve, que é como quem diz quando tiver tempo, vou fazer um post sobre um local que fomos conhecer para fazerem festas de anos para a criançada. Tal como em todos os posts do género, não ganhamos nada com isso, a não ser a oportunidade de vocês se divertirem como nós nos divertimos. Essa continuará a ser a nossa prioridade. 

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Manos