quinta-feira, 18 de junho de 2020

A estreia do miúdo no oceanário

Hoje venho escrever-vos sobre a nossa primeira ida ao oceanário.

Eu já tinha ido algumas vezes enquanto educadora e o Zé enquanto professor, mas nunca tínhamos ido juntos. A Matilde também já tinha ido com a escola, e para o Gustavo, foi uma estreia.

Foi na manhã do feriado que perguntei ao Gustavo se ele queria ir ao Oceanário. Já lhe tinha falado disso algumas vezes e ele já tinha visto fotos. Respondeu um grande “sim” muito satisfeito.

Já tínhamos pensado nisso algumas vezes, mas o valor elevado (para a nossa carteira claro) fez sempre com que fosse adiado.

Só depois de já ter combinado com o miúdo ir ao aquário gigante, em conversa com uma amiga enquanto lhe falava dos meus planos para uma tarde em família, ela me responde que nos arranjava bilhetes a metade do preço para os adultos (as crianças seriam grátis, como também foram no feriado). Ainda tentei negociar com o meu filho, mas ele é de ideias fixas e já estava a contar ir.

Quando chegamos deparei-me logo com uma grande fila. Respirei fundo e pensei “aguenta, há aqui muito espaço para os miúdos correrem enquanto estamos na fila”. Esperei uma hora na fila, no meio de frio vento e chuviscos. Também já tinha alguma fome.

Mal chega a nossa vez, o Gustavo pede colo ao pai. Diz que tem medo de ser comido por um tubarão ou por um peixinho. Se por um segundo se entusiasmava com aquilo que via no aquário, no segundo seguinte gritava para ir embora porque aquilo não era nada giro. Nem às lontras ligou, nem sei se chegou a olhar para elas. Não quis olhar para os pinguins, que tinha adorado ver no Zoo. Perto do primeiro aquário havia um jogo de cubos para formar peixes. Não queria sair de lá, pelo que teve de sair arrastado. Esteve o restante tempo a fazer birra porque queria o jogo dos peixes. (Não sei como são as birras dos vossos filhos, este abre a goela, berra, bate os pés, e não verga. Pode estar nisso cinco minutos ou uma hora. Umas vezes conseguimos que se acalme, outras não, faz parte.) A parte de baixo do Oceanário foi vista a correr, mais ainda, em modo flecha. Acho que nem se pode considerar vista. Mesmo no final, havia uma salinha pequena com atividades para os miúdos onde estava um escorrega. Pronto, foi o momento alto do dia. Meia hora a visitar o oceanário inteiro e outra meia hora no escorrega.

Para finalmente sairmos, tivemos de atravessar uma loja cheia de coisas giras e chamativas para as crianças (espertinhos…) e claro que o rapaz quis levar qualquer coisa. Na verdade quis levar duas coisas. Noutro dia eu não tinha cedido, mas aquilo que escolheu não era assim tão caro e eu não aguentava mais uma gritaria, já tinha a cabeça a latejar. A Matilde escolheu uma caneta que em menos de uma hora foi parar ao lixo por engano no meio de papeis.

Ao chegar a casa, reparei então que o jogo e o peluche que ele tinha trazido não foram quinze euros juntos, mas quinze euros cada. Fixe.

No dia seguinte, mal acordou, o Gustavo perguntou quando ia novamente ao Oceanário porque tinha gostado muito, principalmente do escorrega e da loja.

Enquanto me lembrar, não volto a por os pés no oceanário. Fiquei ligeiramente traumatizada. Todas as crianças que conheço adoram lá ir... menos o meu, claro.


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