domingo, 30 de setembro de 2018

A Bi fez 14 anos

Gabriela. Gabi como gosto de a chamar. Bi como o Gustavo chama. 
Ontem a Bi fez 14 anos. Bolas, não me parece possível. Conheci-a tinha ela 9 anos e era uma autêntica bebé. Era daquelas miúdas que fazia birras de soluçar e de bater com os pés. Fazia birras por tudo e por nada.
Cresceu imenso. Eu sei que os miúdos crescem e que já passaram 5 anos desde que aturava as suas birras, mas nesta miúda a diferença é brutal.
Tinha 12 anos quando o Gustavo nasceu e foi uma ajuda preciosa. Desde cedo que preparava o biberão quando ele começava a chorar com fome, e diga-se de passagem que o fazia mais depressa e melhor do que o próprio pai. Também era comum ficar a embala-lo para eu tomar banho ou tratar de alguma coisa. O Gustavo em recém nascido acalmava-se imediatamente em dois colos: no meu e no dela.
A Bi cresceu. Já não faz birras mas atura as birras do irmão com muita paciência e serenidade.
Tornou-se uma miúda responsável, sensata e ajuizada, dentro daquilo que é possível numa adolescente com as hormonas aos saltos.
Ajuda nas lides da casa mesmo que não goste, e não refila muito. Quando percebe que eu e o pai estamos mesmo de rastos devido ao trabalho, não refila nada.
Ao escrever isto lembrei-me agora de quando estava grávida. Quando eu começava a ficar mais pálida lá vinha ela a correr com um balde para eu poder vomitar. Olhando para trás até tem piada. Durante esses 9 meses eu não fazia nada em casa. Antes de eu começar a Gabriela estava a fazê-lo. Perguntava constantemente se eu precisava de ajuda e ajudava mesmo com gosto, porque ela é assim.
Não gosta muito de estudar, tem esse pequeno contratempo. Para compensar tem inúmeras qualidades que para mim são bem mais valiosas: é extremamente divertida, tem um sentido de humor brutal. É honesta e amiga de verdade. Está sempre pronta para a festa! Sorte de quem a tem como amiga, filha, irmã, prima, sobrinha, enteada.

Parabéns Gabi.

Sigam a nossa página aqui.









Dói- Dói


Hoje caíste. Não é nada de novo vindo de ti. Umas vezes cais e levantas-te apesar de ter sido uma queda feia. Noutros dias, como é o caso de hoje, precisas de miminhos apesar de não ter sido nada.
É incrível como tu precisas que te dê esses miminhos, e como eu preciso que precises disso.
- Mamã dói dói. – já consegues dizer.
- Onde? - pergunto eu.
- Aqui. – respondes tu quando não consegues dizer a palavra.
Dizes sempre “aqui”, menos quando te magoas na cabeça ou pé. Nesse caso dizes sempre na perfeição o local da ferida, que na maioria das vezes não é ferida nenhuma.
Esse momento tem de ser comigo. Só eu tenho o poder de te curar com um beijinho mágico.
Confesso que quase gosto quando fazes um doí doí. Tens o ar mais fofo e mariquinhas do mundo quando vens pedir para dar um beijinho.  Não me consigo lembrar da primeira vez que o fizeste. Ainda ontem não conseguias falar e hoje dizes tudo e mais alguma coisa. Muitas palavras de forma pouco percetível, mas outras muito bem explicadas.
Espero que me procures para curar as tuas feridas durante muito tempo. 

Sigam a nossa página aqui.

Dói-dói

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Educadora e dieta: não funciona

Desta vez é que era.
Mudei de emprego, portanto mudei de local de trabalho, grupo de crianças, colegas... Ainda por cima comecei no primeiro dia de setembro.
Estava tudo alinhado, e bem alinhado, para depois das férias me dedicar a sério a uma dieta. Não que esteja uma orca ou um peixe balão, mas os trinta já pesam neste corpinho.
Estava tudo a funcionar muito bem, até que....
O Luís fez anos. A mãe levou um bolo fantástico, juntamente com sumos. Ficava mal que eu, educadora nova do filho, recusasse uma fatia de bolo.
Foi só um percalço, certo? Errado!!!
Era a vez da Laura. Toda feliz com os três aninhos que fazia. O bolo fresquíssimo escorria chocolate. A mãe muito querida dirigiu-se a mim com uma grande fatia. Sorri e aceitei.
O Cristiano também fez anos. A mãe fez um bolo caseiro e sem cremes, mas com muito açúcar e farinha obviamente. Porra, lá foi mais uma fatia.
Hoje ninguém fez anos, mas amanhã é a Carina a aniversariante. E para a semana são mais dois. 
Não me julguem. Imaginem que eu era educadora do vosso filho. Eu sei que ficavam ofendidas se não comesse o bolo que vocês com tanto amor e carinho me davam a provar (e aprovar, certamente).
Como se dentro da sala já não fosse difícil que chegue, as colegas ainda levam as sobras dos bolos dos aniversários das suas salas para a nossa salinha de estar. Também fica mal ser a única ali sem comer uma fatia.
Era mais fácil se eu não tivesse um distúrbio qualquer que me faz salivar de cada vez que penso num doce. Ou se não fosse uma gulosa incurável.
Assim, até decidir mudar de profissão, não há grande coisa que consiga fazer por mim. No que diz respeito a fechar a boca, força de vontade não é de todo um dos meus pontos fortes. (Aceito sugestões de motivação).

Sigam a nossa página aqui.


Sou qualquer coisa assim parecida a comer bolos. Sem ser fofa. fotografia de:
Ensaio Fotográfico Smash The Cake com Bolo, Fotos Impressas e mais em até 3h na Share Moments, retirada da plataforma google.

sábado, 15 de setembro de 2018

Tipos de pais (nas reuniões)

Início de ano letivo traz consigo reuniões de pais. Pessoalmente enquanto educadora não gosto muito dessa parte. A minha está para breve e já começo a pensar nos tipos de pais que se costumam destacar:

Os "Legalize".  Para eles está tudo bem. Não fazem perguntas e quando se pronunciam é para acenar com a cabeça e mostrar que estão seriamente na boa. Óbvio, claro e sem problema, são as expressões que mais utilizam.

Os "Hermione". Ao estilo da saga Harry Potter estes são como a famosa Hermione. Passam a reunião de braço no ar. Têm sempre algo a dizer ou a perguntar e ficam impacientes se não lhes é passada a palavra de imediato. 

Os "Doutores". Podem não ter estudado educação mas sabem mais que a educadora. Questionam tudo o que a educadora diz e dão conselhos de como esta deve proceder. Fazem uma vistoria à sala olhando atentamente para cada pormenor. Pedem algumas explicações mas não ficam satisfeitos com as respostas. Dão uma nova opinião de como a educadora devia fazer.

Os "A idade dos porquê". Sabem aquela fase das crianças em que fazem imensas perguntas por dia sobre tudo e mais alguma coisa? Estes pais nunca dizem uma frase que não termine com um ponto de interrogação.

Os "Tranquilos". São um pouco ao género dos "Legalize" mas falam mais. Também gostam de participar fazendo perguntas e dando opiniões mas sempre na base de um grande sorriso e compreensão. Confiam a cem por cento na equipa mesmo que tenham acabado de a conhecer. 

Os "Invisíveis". Entram mudos e saem calados. 

Os "Insatisfeitos". Para eles nada está bem. Dizem mal de tudo e nada os deixa felizes. Ao longo do ano, se a educadora cometer um erro são os primeiros a julgar, e quando a educadora fizer algo bem feito será apenas a sua obrigação.

Os "Escaldados". Normalmente são pais com uma má experiência no passado, que tiveram algum desacato com a antiga escola ou antiga educadora. Estão de pé atrás e muito atentos a cada palavra ou ação da educadora, e fazem questão que ela saiba disso.

Sem medos, digam-me a que categoria pertencem. Eu acho que estou entre os tranquilos e os invisíveis. Defeito de profissão talvez. Já o Zé deve estar nos Legalize.
Dos pais que tenho este ano, acho que a maioria está entre os Legalize, os Tranquilos, os Invisíveis e os Escaldados. De um modo geral tenho tido sorte com os pais que vou apanhando.... mas já apanhei um ou outro que valeram por todos os maus pais possíveis, ups.


Sigam a nossa página aqui.

Um dos meus primeiros grupos. 





quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Depressão pós parto

Já muitas vezes na vida me senti deprimida. Ou pelo menos era o que eu achava. Pelos vistos estava apenas um pouco triste ou perdida.
Soube o que era uma depressão quando o Gustavo nasceu. Não faz sentido que tenha sido no momento mais feliz da minha vida (ou supostamente o mais feliz), mas foi.
Eu não consigo realmente por em palavras aquilo que eu sentia porque eu não tenho a certeza daquilo que sentia. Era um turbilhão de sentimentos envoltos num lugar escuro. Era um um poço fundo e escuro cheio de nada.
Muitas mães se sentem cansadas, no limite, exaustas. Isso é normal. A depressão pós parto vai muito além disso. Vai ao ponto de se pensar "Estou nesta vida para quê?".
Penso que aquilo que mais sentia era uma tristeza profunda, seguida de culpa. A culpa trazia ainda mais tristeza que por sua vez trazia mais culpa. Não se tratava de estar cansada, em baixo ou tristinha. Estava incrivelmente deprimida. Lamento mesmo não conseguir passar para palavras aquilo que me ia na alma e nos pensamentos.
Desde que o Gustavo nasceu que passava os dias a chorar. Todos os dias e constantemente. O Zé perguntava-me porque chorava e eu respondia apenas um "não sei". Eu realmente não sabia. Chorava ao ponto de me engasgar mas não sabia porquê.
Não conseguia comer. Quando se aproximava a hora de começar começava a sentir-me com vontade de vomitar. Sabia que tinha de comer mas não conseguia. Tinham passado duas semanas desde o parto e eu estava mais magra do que quando engravidei. Estava com o peso que sempre quis ter, mas pelos piores motivos.
Não queria sair de casa, não queria ver pessoas. Passava grande parte do dia no quarto todo escuro a chorar. Pensei muitas vezes que nunca me tinha sentido tão infeliz.
Nunca pus o Gustavo de lado. Sei que isso por vezes acontece, mas comigo felizmente não. Aliás eu naquele momento só reagia por causa dele. Dava de mamar, adormecia-o, abraçava-o. Muitas das vezes fazia-o a chorar, e mais uma vez sem saber porquê. Gostava dele e tinha uma vontade enorme de o proteger de todos os males do mundo, mas acho que não o amava como hoje.
A minha mãe veio uns dias para a minha casa para dar uma ajuda com o bebé. Mesmo com ela presente eu só queria desaparecer.
Certo dia acordei já a chorar. Não conseguia parar. Chorei tanto que vomitei. A única coisa que consegui dizer foi que queria a minha mãe, que nesse dia estava em Lisboa. Veio a correr para minha casa.
Eu não estava mesmo a aguentar viver assim. Aliás eu não estava a viver. Estava a reagir.
Sabia que precisava de ajuda. Marquei consulta para uma médica especialista em depressão e ansiedade na gravidez e pós parto. Foi a melhor decisão. Comecei a tomar medicação e aos poucos tinha a minha vida de volta. Foi preciso paciência, tempo e força de vontade a juntar à medicação. Mas devagarinho lá cheguei. Passados uns dois meses no máximo tinha a minha vida de volta. Era eu outra vez. Aí sim, estava cansada, com sono, de rastos. Como qualquer mãe de um bebé com dois meses. Mas era eu. Sabia o que sentia e porque sentia. Não era uma pessoa no escuro à espera que o bebé quisesse mamar.
Não recuperei de imediato a vida que tinha antes do Gustavo. Ir para grandes almoçaradas, combinar jantar com amigos, voltar ao ginásio. Acho que demorei perto de um ano até me sentir eu, com um filho. Mas já era uma mãe igual a todas as outras, com os seus receios e medo de falhar. Já não era uma mãe com depressão. Isso cura-se. Mas é preciso pedir ajuda.
Agora olho para trás e vejo que esta depressão me impediu de gozar o meu filho a cem por cento no primeiro mês, principalmente. Fico em adoração às fotografias dele recém nascido a desejar que o tempo voltasse atrás. Mas o tempo não me dá ouvidos. Vou então aproveitando cada momento do presente.

Sigam a nossa página aqui .

Como assim, tive uma depressão com este amor?

Saudades desses bracinhos fofos e ombros peludos.


sábado, 8 de setembro de 2018

Atenuar a entrada para a escola

Ano novo vida nova. Para as educadoras este lema começa em setembro e não em janeiro.
Está a começar um novo ano letivo e com ele vêm mais dúvidas e inseguranças para os pais, principalmente para aqueles cujos filhos vão para a escola pela primeira vez. Esta nova fase pode ser vivida com alguma angustia e nervosismo por pais e filhos. Normalmente noto que as mães ficam mais ansiosas que os pais.
Deixo aqui algumas dicas que podem fazer a diferença.

* Se for possível, coloque a criança num colégio onde tenha referências. Ou onde trabalhe alguém que conhece, ou onde já andou algum filho de alguém que conhece.

* Visite o novo colégio do seu filho. Observe os diferentes espaços que tem e tente perceber se são adequados às idades de cada criança. Veja o tipo de brinquedos e de materiais existentes na sala que o seu filho irá frequentar, se as cadeiras de papa têm cinto ou se existe um bacio para cada criança. No caso de ser bebé, tente perceber se existem daqueles sapatos descartáveis para entrar na sala.

* Conheça a nova educadora e a nova auxiliar do seu filho. Em todos os colégios que conheço e que considero bons, sejam privados ou ipss, a educadora faz uma reunião privada com os novos pais de forma a conversarem um pouquinho e ficarem a conhecer a criança que vão receber.

* Se o seu filho tem um boneco favorito, não hesite em levá-lo nos primeiros tempos. A criança precisa de se sentir segura e o facto de ter com ela um objeto que lhe pertence ajuda-a a sentir-se mais "em casa".

* Faça uma adaptação. Não comece logo por deixar a criança na escola de manhã à noite. Tente que vá um ou outro dia só uma horinha, depois uma manhã, e depois até depois de almoço. Se conseguir uma semana para fazer esta adaptação é o ideal.

* Converse com a criança sobre este novo acontecimento da sua vida. Conte-lhe algumas das suas melhores experiências sobre a escola. Explique que o irmão mais velho, ou primo, ou outra criança qualquer que tenha como referencia já anda na escola.

* Esteja tranquila!!!! Esta é difícil certo?? Até para mim que sou educadora. Por muito nervosa ou ansiosa que esteja não deixe isso passar para a criança. Mostre-se feliz e entusiasmada com esta nova etapa.

* Atenção às despedidas. Não fique muito tempo na sala, nem saia às escondidas. Dê um beijinho, deseje um bom dia e diga que o vai buscar mais tarde. 

* Se a criança começar a chorar (é possível) não volte para trás. Eu sei que parece impossível de fazer, mas se voltar uma vez a criança vai esperar que volte sempre e vai chorar cada vez mais. Acredite que quando se for embora a educadora (ou a auxiliar) vai dar muito colinho e passado pouco tempo já vai estar a brincar com os novos colegas.

* Combine com a educadora ou auxiliar ligar nos primeiros dias a saber como a criança ficou.

Que tenham uma excelente entrada na escola!! Depois contem-me como correu.


Sigam a nossa página aqui

A minha vida (e a deles) em fotos, está aqui .

Imagem google.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Eu e as dele. Cenas de uma Madrasta.

Já algumas vezes recebi mensagens de senhoras que estão num relacionamento cujo companheiro tem filhos. Umas apenas têm a curiosidade de saber como gerimos as coisas no início, como foi a minha relação com elas quando tudo começou e essas coisas todas. Outras escrevem em modo de pedido de ajuda, ou porque não conseguem ter uma boa relação com as enteadas ou enteados, ou porque ainda namoram às escondidas dos filhos dos companheiros.
A verdade é que não tenho assim muito por contar que possa ajudar porque foi tudo super rápido, natural e tranquilo.
Estava com o Zé há apenas um mês quando conheci as filhas dele. Fui lá a casa e nesse mesmo dia pediram que eu ficasse para jantar. E fiquei. A partir daí comecei a ir lá com bastante regularidade. Brincava com elas aos legos, jogos de tabuleiro, conversávamos imenso. 
A Gabriela tinha 9 anos e a Matilde 6. O pai tinha 38 e eu 25. Basicamente eu era a amiga fixe do pai. Diziam que eu parecia uma adolescente. Assim que me descalçava lá vinha a Gabriela calçar os meus ténis. A Matilde era uma lapa, sempre agarrada a mim aos beijinhos e abraços desde o primeiro momento.
Passados cerca de sete meses as miúdas pediram para eu dormir lá. E dormi. Passados três meses dessa noite fomos viver juntos. Pronto foi assim. Passado menos de um ano de eu estar com o Zé fui viver com ele. Nunca contámos às miúdas que éramos namorados. Eu era a amiga do pai no início. Certo dia o Zé teve de sair e eu fiquei a tomar conta das meninas. Nesse dia a Matilde disse-me "Eu sei que tu e o pai dão beijos de língua." Por acaso nunca tínhamos dado um beijo na frente delas. Mas ficou claro que elas sabiam. 
Desde que entrei na vida delas que passei a fazer parte da mesma, por vontade delas. E minha como é óbvio. 
No início chegavam a enviar-me foto da roupa que queriam levar no dia seguinte para a escola para que eu pudesse aprovar.
Não tenho ajuda alguma que possa dar para quem tem dificuldades em lidar com enteados porque nunca passei por isso. Basicamente foi amor à primeira vista, tanto com o Zé como com as miúdas.
Penso que é fundamental o tipo de relação que o ex casal tem, e o tipo de mãe que as crianças em causa têm. Se a ex mulher do vosso companheiro é daquelas que diz aos miúdos que o pai não pode ter mais ninguém, que a namorada do pai é má etc etc, fujam disso, não vai dar.
E pronto, agora a Gabi está ali a chamar-me para ver se acho que a depilação fica bem feita..... vida de Madrasta.

Sigam a nossa página aqui .

Sigam a minha página aqui.


A nossa primeira noite juntas. 2014


Yap. Sou pior que elas. 2014

O dia em que as conheci. Com a Gabi. 2014

Com a Matilde. 2015


domingo, 2 de setembro de 2018

Um recadinho para os papás

O início de ano letivo aproxima-se e traz consigo novos meninos e novos papás.
Eu sei que os papás dos meninos que vão para uma nova escola ou receber uma nova educadora ficam com o coração um pouco apertado. Vou contar-vos um segredo, é mútuo.
Eu também tenho assim o coração apertado e acredito que as restantes colegas também. Imagino  como vão ser os pirralhinhos (atenção que é um termo fofo) que me vão entrar pela sala. Se me vão aceitar bem, se se vão sentir bem comigo, se se vão adaptar bem a uma nova educadora, se vou conseguir compreender cada um deles, se vou conseguir cativa-los..... 
Também penso nos pais. Se vou corresponder às suas expetativas, se vou conseguir acalmar os seus corações de pais, se vou ser bem aceite, se o meu modo de trabalho os vai deixar satisfeitos....
Portanto é mútuo. Os papás vão estar a tremer. Mas eu também. Principalmente desde que fui mãe ponho mais pressão em mim. O querer tratar cada um daqueles meninos como gostaria que o meu fosse tratado.
Portanto se são pais de um menino que vai para uma nova escola ou para uma nova sala.... confiem. Confiem na pessoa que os vai receber e que vai dar tudo de si. Confiem no seu trabalho. Confiem na escola que escolheram. Queiram ser uns pais presentes e façam parte dessa nova aventura. Não sejam só uma das partes, façam uma equipa com quem vai cuidar dos vossos. 
Nervos à parte, boas entradas para todos, sejam crianças, papás, ou parte da equipa educativa.



Sigam a nossa página aqui.

Sigam a minha página aqui.

Os meus últimos pirralhos que ainda me causam saudade.