domingo, 23 de fevereiro de 2020

Voltei ao Carnaval, e foi o melhor sempre.

Desde pequenina que adoro o Carnaval. Era daquelas miúdas que adorava mascarar-se sempre, fosse para o que fosse: para o Carnaval em si, para um sarau de dança, para uma festa da escola...
O Carnaval é das minhas alturas favoritas do ano. Eu vibro, amo mesmo. Não pelas parvoíces de partidas que se fazem, não pelos desfiles , mas pela música, pela animação, por encarnar uma qualquer personagem, pela quantidade de pessoas que se juntam na brincadeira que é esta época.
Há quatro anos que por um motivo obvio chamado Gustavo que não me divertia nesta altura do ano. Por isso, e porque nos meus grupos de amigos não havia ninguém que ligasse a esta altura do ano. Este ano, o rapaz foi para a avó e eu voltei à carga.
Estive quase para não ir, porque as más noites continuam a ser constantes e ando de rastos… mas ainda bem que não abortei a missão.
Juntei-me com pessoas que conheci recentemente e que vivem o Carnaval tanto como eu. Convenci o Zé a também ir mascarado. Convenci uma sobrinha do Zé a juntar-se connosco. Dancei, bebi, brinquei, ri … diverti-me como nunca o tinha feito numa noite desde que o miúdo nasceu.
Já tinha ido para as noites do Carnaval de Sesimbra umas setes vezes, mas esta foi a melhor de todas, juntamente com a primeira vez que fui, há uns doze anos. Foi toda uma noite na medida certa. Medida certa, aquilo que me faltou durante tantos anos. 
Amanhã à noite e terça-feira durante o dia há mais….  desta vez em família. 
Há por aí fãs do Carnaval? 

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Zé, Marli, Catarina

Quando a sobrinha é da minha idade (e gira, muito gira)
 

Oito espantalhos anónimos em aquecimento.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

A minha história no vosso blogue - desconfiaram que a minha bebé tinha microencefalia.

Estava grávida de uma menina muito desejada. Na última ecografia, a minha bebé foi diagnosticada com microencefalia.
Foi através das medicações da sua cabeça na ecografia que o médico chegou a essa conclusão. O médico limitou-se a largar essa bomba e não me explicou mais nada. 
Saí da consulta atordoada e só mais tarde caí em mim. Quando isso aconteceu, fui ao doutor Google. Ia morrendo com o que li. Em pânico, fui com a minha mãe a uma outra médica.
O resultado dessa consulta foi assustador: as medidas da cabeça da bebé apontavam exatamente para aquilo que o primeiro médico tinha dito. Perguntaram-me se eu ou o meu marido tínhamos ido ao Brasil, ou se tínhamos tido contacto com alguém que tivesse ido lá recentemente.
Fiz imensas análises e uma ressonância à cabeça da bebé (nem sabia que isso era possível). O meu instinto sempre me disse que estava tudo bem. 
Os resultados chegaram: a bebé tinha uma cabeça realmente muito pequena, mas o cérebro estava bem.
Basicamente, o meu corpo não estava a permitir o crescimento esperado da bebé. Falando de forma simples, o meu útero não esticava mais e por isso ela não podia crescer.
Às trinta e seis semanas fizeram-me um toque malvado na esperança de provocar o parto, e assim foi. Nasceu uma menina muito pequenina mas muito saudável, que cá fora cresceu a olhos vistos.
Não sei explicar bem, mas nunca senti que algo de errado de passasse verdadeiramente, e tinha razão. Mas que foram umas semanas agoniantes, isso foram.

Catarina Pereira, Barreiro, 31






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