segunda-feira, 9 de julho de 2018

Os animais são nossos amigos...mas não deixam de ser animais.

Adoro animais. Queria tanto mas tanto ter um cão. Infelizmente não é executável. Como já vos disse somos 5 pessoas num t2. Por gostar tanto de animais só me proponho a ter um quando tiver condições dignas para ele.
Se me saísse um bom dinheiro e eu comprasse uma boa casa com um bom terreno, certamente ia ter não um, mas muitos cães, gatos, até cabrinhas e ovelhas.
Quando morava com os meus pais tínhamos dois gatos: o Nuri e o Tedy. Eram como os meus bebés. Quando saí de casa sentia mais saudades dos gatos que dos meus pais. Acham normal? O Tedy era super dependente de mim e eu sentia-me super culpada por deixa-lo. Para além de a casa para onde fui viver com o Zé não permitir animais, a Gabriela é incrivelmente alérgica a gatos. Fora isso o meu pai também não ia abdicar dos mesmos (já a minha mãe ...).
Desde que o Gustavo nasceu que convive bastante com os gatos. Os meus pais moram muito perto por isso estamos juntos várias vezes. 
De início eles não se incomodavam pois o Gustavo era só um pequeno boneco que não se mexia. Não gostavam quando ele chorava, ficavam incomodados mas nada demais.
Quando o Gustavo começou a gatinhar e a achar-lhes piada, eles começaram a gostar um pouco menos dele. O Gustavo ria-se à gargalhada só de olhar para eles. Adorava fazer-lhes festinhas. Entretanto começou a falar mais, a andar, a correr, e os gatos deixaram de gostar da presença dele. O Nuri limita-se a ignora-lo e até deixa que ele lhe faça festas. O Tedy é um grande medroso, assim que o Gustavo chega a casa ele foge.
Não deixo o Gustavo estar perto dos gatos ou de outros animais sem um de nós estar ao lado dele. Adoro animais, mas são isso mesmo, animais. São imprevisíveis. Na rua assim que o Guga vê um cão começa a chama-lo. As pessoas rapidamente dizem "Pode fazer uma festinha ele não faz mal". Se calhar até não faz. Mas pode fazer. Noto que as pessoas levam um pouco a mal quando não deixo o miúdo ir fazer festas.
O filho de uma grande amiga foi atacado por um cão. O cão era duma pessoa da família e estava super habituado à presença do rapaz. Era duma raça considerada meiga. Naquele dia por algum motivo algo o irritou e o levou a atacar a criança. Tem esse direito. É um animal, não mede as consequências. Esse cão também era um amor a quem as crianças todas podiam fazer festas porque ele não fazia mal. E não fazia até esse dia.
Estávamos na casa dos meus pais e o Gustavo queria ir ter com o Tedy. Como o Tedy é menos de confiança do que o Nuri levei-o ao meu colo e sentei-me perto do Tedy. Sem que nada o fizesse prever o Gustavo deu um estalo no focinho do gato. É preciso eu dizer o que aconteceu a seguir?
Pois é, o pobre do gato não teve culpa, apenas se defendeu. Os animais são imprevisíveis e as crianças também. Apesar de eu estar ali e super atenta, não previ que o Gustavo fizesse aquilo. 
Numa milésima de segundo consegui desviar o Guga que não se livrou de um belo arranhão mesmo junto do olho.
Muitos irão pensar "Ah e tal os gatos são falsos se fosse um cão não acontecia". Nunca vi nas notícias uma criança morrer ao ser atacada por um gato. Para mim não há animais mais falsos que outros.
Seja como for, adoro gatos, adoro cães. Não vou deixar de conviver com animais, mas vou estar ainda mais atenta.  E vou estar ainda mais convicta ao não deixar que o meu filho mexa em animais, por muito ofendidas que as pessoas possam ficar.
Que este triste episódio que ocorreu com o meu filho sirva para impedir que possa acontecer com os vossos. 
Ah, e passados dez minutos o Gustavo já estava a gritar a chamar pelo Tedy.




Momento fofo entre Nuri e Tedy

Um pequeno arranhão como brinde



Sem comentários:

Enviar um comentário