Hoje caíste. Não é nada de novo vindo de ti. Umas vezes cais
e levantas-te apesar de ter sido uma queda feia. Noutros dias, como é o caso de
hoje, precisas de miminhos apesar de não ter sido nada.
É incrível como tu precisas que te dê esses miminhos, e como
eu preciso que precises disso.
- Mamã dói dói. – já consegues dizer.
- Onde? - pergunto eu.
- Aqui. – respondes tu quando não consegues dizer a palavra.
Dizes sempre “aqui”, menos quando te magoas na cabeça ou pé.
Nesse caso dizes sempre na perfeição o local da ferida, que na maioria das
vezes não é ferida nenhuma.
Esse momento tem de ser comigo. Só eu tenho o poder de te
curar com um beijinho mágico.
Confesso que quase gosto quando fazes um doí doí. Tens o ar
mais fofo e mariquinhas do mundo quando vens pedir para dar um beijinho. Não me consigo lembrar da primeira vez que o
fizeste. Ainda ontem não conseguias falar e hoje dizes tudo e mais alguma
coisa. Muitas palavras de forma pouco percetível, mas outras muito bem
explicadas.
Espero que me procures para curar as tuas feridas durante
muito tempo.
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Dói-dói |
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