quarta-feira, 3 de julho de 2019

Educadores, professores, auxiliares de educação.... - pôr os filhos na escola onde trabalham?

- Epa de manhã pensei logo em ti. Chateei-me na escola da minha filha e pensei, ainda bem que não a pus na escola onde trabalho. Acho que devias escrever qualquer coisa sobre isso no teu blogue. - Disse-me a minha colega (que não gosta que a chame de colega por sinal).
A questão é que .... depois de falar com ela sobre o assunto passei o resto do dia a matutar no mesmo. Basicamente já existiram na escola da filha dela algumas coisas com as quais não concorda, e teve de "refilar". Mas seria diferente ter de refilar com pessoas próximas de si e de quem gosta.
Eu nunca serei totalmente justa e sincera a pensar sobre o assunto porque me sinto longe da situação. O Gustavo ainda não está na escola, e quando for, irá para uma pública que será a mais perto de casa. Logo não irá estar nem na minha escola (não é pública) nem na escola do pai (não é da área de residência nem gostamos do ambiente que rodeia a escola). 
Por saber isso, posso imaginar como seria se tivesse de escolher entre pô-lo comigo ou com o pai, ou pô-lo em terreno desconhecido. Mas lá está, só posso imaginar. Portanto, imaginei. Imaginei muito e não consegui decidir.

A minha maneira de ver as coisas parte 1)

O desconhecido assusta-me. No meu local de trabalho sei com o que posso contar. Sei quem são as profissionais que lá trabalham e conheço-as relativamente bem. Conheço as crianças, alguns pais, conheço bem a instituição, os seus valores e rotinas. Ia saber com quem ele ia estar, como era essa pessoa, como era a comida, como eram as atividades que faziam, quem eram e como eram os colegas de sala... 
Não ia estar preocupada com horários nem com pressas para o ir buscar, quando eu saísse do trabalho ele vinha comigo. 
Numa outra escola, eu não conhecia nada. Até podia apanhar excelentes profissionais, as melhores do mundo, mas a mim assusta-me imenso aquilo que não conheço. 
Portanto por esta visão, escolheria o meu local de trabalho.

A minha maneira de ver as coisas parte 2)

Sim sou educadora. Mas também sou mãe. Aliás, ser mãe é a minha prioridade. Se vocês são mães percebem o que quero dizer. Conseguimos virar bicho (ainda que o devamos fazer de forma educada e sensata) quando o assunto é o bem estar dos nossos miúdos.
Portanto num local de trabalho, quer-se bom ambiente. Acabamos por conhecer bem aquelas pessoas com quem estamos todos os dias. Algumas dessas pessoas tornam-se nossas amigas.
E depois, quando uma dessas amigas fica responsável pelo nosso filho, as coisas mudam. Como mãe, teria o direito de refilar e de criticar aquilo de que eu não gostasse. Mas das duas uma: ou não o faria para não criar mau ambiente no meu local de trabalho, ficando assim a remoer por dentro, ou então iria fazê-lo e estragar possivelmente uma boa relação profissional ou até mesmo uma amizade. 
Por esta visão, preferia ter o meu filho num outro estabelecimento de ensino do qual eu não fizesse parte.



(Fonte: o segredo.com.br kosmos111 / 123RF Imagens )


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