sexta-feira, 19 de abril de 2019

Hoje não fiz nadinha, para além de dormir.

Se são mães recentes e estão a passar pela privação do sono, vão ficar com alguma inveja.
Hoje dormi, nada mais nada menos do que ..... dezasseis horas. Sim leram bem. Juro que nem sabia ser possível um ser humano dormir tantas horas.
As minhas colegas de trabalho fofas acham que andei a fazer outras coisas mais interessantes, até acham que fiz um irmão para o Gustavo. Para infelicidade delas mas felicidade minha, dormi, só dormi, muito. 
Tive uma semana para lá de péssima. Este ano o meu grupo de crianças é, digamos, requintado. É desses que gosto, porque cada conquista deles me sabe melhor, mas este ano tem-me saído do pêlo. Para ajudar, altura de Páscoa e dia da mãe. Educadores sabem do que falo. Stress, muito. Para ajudar ainda mais, sem auxiliar na sala. E por fim, só mesmo para terminar, um miúdo em casa que não facilita.
Portanto, esta semana senti-me no limite. Senti que se não fosse feriado hoje, não aguentava. Foi uma semana de chegar a casa e chorar de cansaço. Não sei se já vos aconteceu, a mim aconteceu umas cinco vezes na vida inteira, estar tão mas tão cansada que preciso de chorar para reunir forças. Deve ser isto que significa estar perto de um esgotamento, sei lá.
Assim, a noite passada o miúdo ficou nos bisavós e eu ...... dormi. Dormi mais do que me recordo de alguma vez ter dormido. E quando acordei, não fiz nada. Zero, nicles. Não limpei a casa, não li um livro, não vi um filme. Limitei-me a existir e soube-me bem para caraças. Ao fim da tarde fui num instante às compras, para aproveitar que o rapazinho não estava. 
Sinto-me outra. Pronta para enfrentar mais uma semana com as feras, que é como quem diz, com o meu miúdo cá de casa, e com os dezoito miúdos dos outros.

Continuem a seguir-nos aqui.

Continuem a seguir-me aqui. 


Fim de tarde, antes de regressar à vida normal.

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