sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Falo com ele de tudo, mesmo que não perceba nada.

Nunca fui daquelas mães que falava com a barriga de grávida, ou que punha música para o bebé ouvir. Sentia-me uma verdadeiramente idiota sempre que dizia um simples olá ao meu futuro filho.
Quando ele nasceu também não foi algo assim automático, sentia-me um pouco tonta até a cantar para ele, parecia tudo muito forçado.
Com o tempo tudo começou a fluir normalmente e ele devia ter apenas um mês quando eu já falava com ele de tudo.
Tinha noção de que possivelmente não percebia grande coisa, mas gostava de conversar com ele sobre tudo o que se ia passar nesse dia, por exemplo.
Hoje continuo a agir do mesmo modo. Há uma semana que ando a falar com o Gustavo sobre a nossa ida ao norte. Ele é um miúdo pouco dado a mudanças de rotinas e a confusões. No aniversário dos seus dois anos apesar de terem ido só pessoas próximas dele, a certa altura já pedia para ir embora. 
Para tentar que lhe faça menos confusão a nossa mini viagem (que para ele será uma grande viagem) tenho andado a explicar que vamos andar de carro durante algum tempo, e que depois vamos ver as tias e o cão. Todos os dias tenho falado com ele um bocadinho sobre isso, já por antever que de noite vai pedir para ir para a "caminha pabo casa pabo". 
Os miúdos, uns mais que outros, sentem imenso as mudanças. É fundamental que o adulto vá arranjando estratégias que ajudem a criança a lidar com essas mesmas mudanças.
Em breve vamos mudar de casa, e já espero que venha a ser um pequeno drama. Para já, desejem-me sorte para esta viagem com o melguinha.


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