quarta-feira, 27 de junho de 2018

Meu Deus, somos humanos.

Estava eu numa esplanada a apanhar um sol bom, quando a mesa colada a mim começa com uma conversa sobre professores. É comum, as pessoas são livres de terem opiniões e de as partilharem, mas desta vez a coisa fez-me mesmo comichão.
- Epah achas normal que o professor do Martim estivesse a fumar no café em frente à escola? - Pergunta uma senhora para a amiga.
- Olha deixa lá que a professora da Joana agora no facebook tem uma fotografia dela na praia de biquíni como perfil. É cá um exemplo.
Bem, eu não fumo e na minha foto de perfil não estou de biquíni. Ainda assim penso que o professor do Martim e a professora da Joana são livres de fumarem ou colocarem fotografias de biquínis nas redes sociais. 
Eu sei que pode chocar algumas pessoas, mas a verdade é que os professores são seres humanos. Uns melhores que outros, tal como em qualquer outra profissão. 
São pessoas que fumam, que vão à praia, que gostam de beber um copo com os amigos. Que vão a festivas de verão.... que riem, que choram, que se divertem, que discutem...
São professores e têm de agir como tal. Certo. Dentro do seu local de trabalho. Um bom professor não fuma na escola, não diz asneiras, não leva batatas fritas para o seu lanche da manhã. Devem lembrar-se sempre de que são o exemplo daquelas crianças. Porém, os pais também se devem lembrar que do portão para fora os professores têm uma vida como outra pessoa qualquer.
Infelizmente o salário da maioria dos professores (contrariamente ao que alguns seres da sociedade defendem, sem conhecimento de causa só pode) deixa muito a desejar. Tenho pelo menos três colegas que já trabalharam em bares à sexta e sábado de noite para conseguirem fazer face a despesas. Não fez delas piores professoras. Fez delas seres humanos honestos e esforçados. Tenho uma outra colega que faz bolos para venda. Outro dá treinos de futebol. Outra dá explicações. 
O meu marido como sabem também é professor. E sabem onde começámos a namorar? Numa discoteca. Isso mesmo, os professores também saem à noite.
No meio disto o mais engraçado é que as mães do Martim e da Joana(nomes fictícios) estavam de biquíni (não sei se iam tirar fotos e por no facebook, possivelmente até não iam) e a fumar. Juro que estavam. É esta hipocrisia que dá cabo de mim, juro.
Onde quero chegar é apenas aqui: aquilo que é eticamente ou moralmente correto ou errado, não o deveria ser independentemente da profissão da pessoa em causa? Eu acho que sim.


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A Elisabete e o Paulo são ambos professores e gostam de festivais.

A Ana é educadora e gosta de desportos aquáticos.

A Catarina e Marta são professoras e gostam de conversar e beber um copo (ou uma garrafa neste caso)





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