domingo, 30 de agosto de 2020

Entre o acabar e o modificar

 Criei este blogue numa altura em que estive desempregada. Na altura, tinha um propósito para mim: estar ocupada. Não ganhava (nem ganho) nada com isto, mas sentia-me útil, ainda que fosse útil apenas para mim e não tanto para quem pudesse ler.

O tempo foi passando e fui por aqui ficando. O click na altura, surgiu com o texto em que falava da minha depressão pós parto. Recebi bastantes mensagens de outras mães que passaram pelo mesmo, e cheguei mesmo a dar o nome da médica que me seguiu a algumas mulheres que procuravam ajuda especializada. Quando me iam dizendo que tinham adorado a médica e que o meu texto tinha sido o ponto de partida para perceberem que não conseguiam sozinhas, senti-me muito feliz por ter podido ajudar.

A partir daí, pensei que talvez, com as minhas dúvidas, medos e partilhas, pudesse ajudar outras pessoas. Ou talvez apenas entreter. E assim fui continuando.

Nos últimos meses tenho-me deparado com a falta de tempo (e talvez até de vontade) para escrever por aqui. E não me faz muito sentido fazê-lo por obrigação.

Tem-me passado pela cabeça terminar este meu projeto, por sentir que já fiz, neste âmbito, o que pretendia fazer. Também já me passou pela cabeça alterar um pouco o rumo da coisa. E já me passou também, ir deixando andar, e logo se vê.

Nestes três últimos anos, têm existido fases em que escrevo imenso, várias vezes por semana, e outras em que não escrevo sequer todos os meses.

Não sei exatamente o que vai sair daqui futuramente, se é que a opção vai passar por continuar. Claro que, por respeito, nunca iria embora sem me "despedir" de quem tem estado desse lado. Se optar por modificar um pouco o rumo das coisas, também aceito que há quem parta. No fundo, o que importa é que faça sentido. Seja para quem escreve continuar a escrever, seja para quem lê continuar a ler. 


Entretanto, enquanto me debato com as minhas crises existenciais, podem continuar a acompamhar a minha vida em fotos aqui  .








quinta-feira, 18 de junho de 2020

A estreia do miúdo no oceanário

Hoje venho escrever-vos sobre a nossa primeira ida ao oceanário.

Eu já tinha ido algumas vezes enquanto educadora e o Zé enquanto professor, mas nunca tínhamos ido juntos. A Matilde também já tinha ido com a escola, e para o Gustavo, foi uma estreia.

Foi na manhã do feriado que perguntei ao Gustavo se ele queria ir ao Oceanário. Já lhe tinha falado disso algumas vezes e ele já tinha visto fotos. Respondeu um grande “sim” muito satisfeito.

Já tínhamos pensado nisso algumas vezes, mas o valor elevado (para a nossa carteira claro) fez sempre com que fosse adiado.

Só depois de já ter combinado com o miúdo ir ao aquário gigante, em conversa com uma amiga enquanto lhe falava dos meus planos para uma tarde em família, ela me responde que nos arranjava bilhetes a metade do preço para os adultos (as crianças seriam grátis, como também foram no feriado). Ainda tentei negociar com o meu filho, mas ele é de ideias fixas e já estava a contar ir.

Quando chegamos deparei-me logo com uma grande fila. Respirei fundo e pensei “aguenta, há aqui muito espaço para os miúdos correrem enquanto estamos na fila”. Esperei uma hora na fila, no meio de frio vento e chuviscos. Também já tinha alguma fome.

Mal chega a nossa vez, o Gustavo pede colo ao pai. Diz que tem medo de ser comido por um tubarão ou por um peixinho. Se por um segundo se entusiasmava com aquilo que via no aquário, no segundo seguinte gritava para ir embora porque aquilo não era nada giro. Nem às lontras ligou, nem sei se chegou a olhar para elas. Não quis olhar para os pinguins, que tinha adorado ver no Zoo. Perto do primeiro aquário havia um jogo de cubos para formar peixes. Não queria sair de lá, pelo que teve de sair arrastado. Esteve o restante tempo a fazer birra porque queria o jogo dos peixes. (Não sei como são as birras dos vossos filhos, este abre a goela, berra, bate os pés, e não verga. Pode estar nisso cinco minutos ou uma hora. Umas vezes conseguimos que se acalme, outras não, faz parte.) A parte de baixo do Oceanário foi vista a correr, mais ainda, em modo flecha. Acho que nem se pode considerar vista. Mesmo no final, havia uma salinha pequena com atividades para os miúdos onde estava um escorrega. Pronto, foi o momento alto do dia. Meia hora a visitar o oceanário inteiro e outra meia hora no escorrega.

Para finalmente sairmos, tivemos de atravessar uma loja cheia de coisas giras e chamativas para as crianças (espertinhos…) e claro que o rapaz quis levar qualquer coisa. Na verdade quis levar duas coisas. Noutro dia eu não tinha cedido, mas aquilo que escolheu não era assim tão caro e eu não aguentava mais uma gritaria, já tinha a cabeça a latejar. A Matilde escolheu uma caneta que em menos de uma hora foi parar ao lixo por engano no meio de papeis.

Ao chegar a casa, reparei então que o jogo e o peluche que ele tinha trazido não foram quinze euros juntos, mas quinze euros cada. Fixe.

No dia seguinte, mal acordou, o Gustavo perguntou quando ia novamente ao Oceanário porque tinha gostado muito, principalmente do escorrega e da loja.

Enquanto me lembrar, não volto a por os pés no oceanário. Fiquei ligeiramente traumatizada. Todas as crianças que conheço adoram lá ir... menos o meu, claro.


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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Com o coração nas mãos (ou nas costas)

Tenho problemas nas costas desde os meus doze anos mais ou menos. Sempre tive uma escoliose ligeiramente acentuada que se traduziu em constantes dores nas costas. Fui fazendo exercícios próprios e fisioterapia, mas sem grandes resultados.
Durante a gravidez, as coisas pioraram bastante. Penso que seja comum a qualquer grávida que já tivesse problemas na coluna. Após a gravidez, nunca deixei de ter dores nas costas, já lá vão três anos. 
Cerca de seis meses após o parto, fui a uma consulta e fiz diversos exames que revelaram que para além da escoliose ter piorado, tinha também discos das vertebras gastos e desidratados. A opinião do médico foi para evitar esforços e fazer algumas aulas tipo pilates.
Dois anos passaram, e as dores não só não melhoraram, como pioraram e muito. Voltei ao médico, a outro médico, onde me foram receitados dois tipos de medicação e fisioterapia. Passados dois meses de o fazer, deveria voltar à consulta de modo a avaliar e de modo a serem prescritos novos exames caso necessário. O covi19 tratou de me adiar tudo.
Mesmo com a medicação e a fisioterapia não notei qualquer melhoria. Tenho consulta esta semana e admito estar um pouco ansiosa e preocupada. Tenho trinta e um anos, e dores nas costas que me acompanham todo o dia. As noites são o pior. Se nem com uma medicação própria e fisioterapia melhorou, assusta-me um pouco o futuro. Assusta-me o resultado dos exames, assusta-me a minha vida profissional que engloba fazer muito esforço físico, assusta-me o não ser uma adulta normal e saudável. Assusta-me o facto de passar a vida a tomar medicação (prescrita pelo médico) para as dores para conseguir levar uma vida dita (quase) normal.
Já alguém passou por uma situação parecida? Como resolveram, se é que resolveram?


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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Uma manhã diferente - quinta do bonaparte

E se pudessem ir com os miúdos conhecer e tratar de animais e correr em espaços verdes amplos? 
Há duns dias vi no Facebook uma publicação de uma página que se chama Quinta do Bonaparte. Diziam que iam abrir ao público, mediante marcação e atendendo apenas uma família de cada vez.
Já conhecia o espaço de nome, pois muitos colégios da zona costumam ir lá com as suas crianças. Nunca tinha lá ido, mas pareceu-me perfeito para este desconfinamento: ar livre e sem contacto com outras pessoas, animais e muito espaço para o miúdo correr.
A quinta tem diversos animais: pónei, cavalo, galinhas, patos, perus, porquinhos da índia, coelho, porco e  peixes. Tem ainda diversas árvores de frutos e plantas. O facto de ser só uma família de cada vez faz com que exista uma maior interação quer com o tratador quer com os animais. Conseguimos esclarecer diversas dúvidas, alimentar os animais e escovar alguns animais. É ainda permitido passear de pónei, mas claro que o Gustavo teve medo.
Não existe um preço fixo, cada família vai por doação e doa aquilo que quiser ou conseguir doar. A quinta situa-se na Trafaria e as marcações são obrigatórias e feitas para o seguinte email: quintadobonaparte@gmail.com .

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terça-feira, 19 de maio de 2020

Educadoras e auxiliares de creche a utilizarem máscaras? Sim, por elas e principalmente pelas crianças.

Sou educadora de creche, e como tal estou perfeitamente consciente do que poderá significar para um bebé não reconhecer os seus cuidadores, por estarem com a cara tapada. Fui das que temeram que os pequeninos ao nosso cuidados chorassem o dia inteiro por não conseguirem fazer corresponder um rosto conhecido àquela máscara. 
Foi com uma enorme alegria que ontem contactei com diversas colegas de diversas instituições, onde educadoras e auxiliares demonstraram um enorme alívio por tudo ter corrido sobre rodas (dentro do possível, e muito melhor do que o esperado).
Muitas crianças não choraram nem de manhã a serem entregues, e esticaram os braços para a sua cuidadora reproduzindo o seu nome da forma atrapalhada e doce do costume. Uma ou outra criança chorou de manhã, claro, como já o fazia antes de tudo isto.
Hoje deparei-me nas redes sociais com um tema em debate: uma psicóloga que se assume contra a utilização de máscaras na creche. Custou-me um bocado ler aquilo que escreveu, e ainda me custou mais ver colegas educadoras de acordo com a senhora. Chocou-me , posso dizer isso, o modo como a psicóloga em questão inicia o seu texto, em maiúsculas, como gritando uma verdade absoluta: NÃO SOU A FAVOR DO USO DE MÁSCARA POR PARTE PARTE PESSOAL QUE TRABALHA EM CRECHE (…) , afirma Zulima Maciel. Continua referindo que se trata de uma opinião fundamentada com base em conhecimento científico, referindo que a mesma, é a própria fonte dessa informação científica. 
É claro que as crianças precisam de ver rostos, tal como a mesma refere, é claro que a maioria estaria mais tranquila se os adultos não utilizassem máscaras. É claro que o uso de máscara impede a criança de conseguir absorver uma data de informação, nomeadamente, reconhecer emoções. Também parece claro que a criança, ao não identificar um rosto, se possa sentir insegura. Estamos de acordo, e julgo que todas as educadoras também.
O que me parece, é que há uma coisa importantíssima a ter em conta: a SAÚDE. Continuamos no meio de uma pandemia, da qual ainda pouco se sabe.
É inadmissível, que se sugira, ainda mais publicamente, que os profissionais de educação não utilizem proteção. E digo mais. É um DIREITO que eu tenho, em me proteger a mim, às minhas colegas, e à minha família. Mas mais importante ainda, é um DEVER, proteger as crianças que estão ao meu cuidado! É com uma grande preocupação que vejo mais colegas do que desejava a apoiarem a não utilização de máscaras durante o seu dia de trabalho. E fico um pouco confusa quando também há pais, a proporem que quem cuida dos seus filhos não utilize máscaras. É que reparem, as máscaras, estão a proteger os seus filhos! 
Posto isto, algumas colegas sugeriram que em lugar da máscara recomendada pela DGS, se utilize uma máscara em plástico transparente que se encontra a ser fabricada em Leiria. Fui ver a máscara em questão e só pensei: onde raio, aquilo protege o que quer que seja?! Entendo a intenção, com uma máscara transparente as crianças iriam ver o rosto do adulto, e era ótimo que efetivamente se conseguisse fabricar uma máscara segura e aprovada pelas entidades competentes que permitissem ter o rosto à mostra.  A questão é, aquilo, nem de máscara pode ser chamado.
Mas bom , não sou entendida no assunto, por isso nada melhor do que me dirigir a quem de mais entendido pode haver. Questionei então uma médica pediatra de nome Filipa Marujo, médica interna no Hospital Dona Estefânia, à qual mostrei a máscara de plástico em questão, e se esta seria uma boa opção. A resposta foi um redondo "Não!" Questionei ainda se seria uma boa opção como viseira, a resposta foi a mesma, e cito "Isso não é máscara, nem é viseira." Consegui também chegar à fala com uma enfermeira que trabalha num centro de saúde, que preferiu anonimato, que também se mostrou chocada por haver quem recomende uma máscara que segundo a mesma, "Não oferece qualquer tipo de proteção, nem para quem usa nem para os outros".  
Para terminar, esta coisa de plástico transparente, não está de modo algum aprovada pela DGS.
Se eu gosto de utilizar máscara? Credo, nem nas compras rápidas, quanto mais um dia inteiro. Só me imagino a ter ataques de pânico. Se tenho de o fazer, para proteção dos outros, nomeadamente das crianças? Sim, tenho!
Espero sinceramente que em breve, possamos deixar de utilizar máscara, embora não acredite nisso. Até lá, pela saúde de todos, temos de seguir as orientações que nos foram dadas para o trabalho em creche, e isso engloba o uso de máscaras certificadas. 
E quanto aos traumas que a utilização de máscara pelos profissionais de educação, pode ou não causar em crianças pequenas, esses mesmos profissionais saberão gerir o dia a dia em creche da melhor forma possível para evitar, tanto quanto seja possível, que isso aconteça.

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Auxiliar de educação C.A, no primeiro dia de regresso ao trabalho, com uma máscara eficaz.

A "máscara" defendida por bastantes pessoas. É totalmente ineficaz e completamente desaconselhada para o trabalho em creche (e noutras situações também, diria eu.)



domingo, 10 de maio de 2020

O nosso isolamento - as nossas atividades da última semana

Apesar de o estado de emergência ter sido levantado, continuamos em isolamento tanto quanto possível. Sem extremos, porque a vida vai ter de continuar mesmo na presença deste vírus malvado. Vamos fazendo caminhadas num descampado aqui perto, onde o mais novo pode correr à vontade, mas a grande maioria do nosso tempo continua a ser passado em casa.
É cada vez mais difícil manter o mais novo entretido, mas deixamos aqui as atividades mais recentes que fizemos para ele se ocupar (e nalgumas, as irmãs também).

Pois é... e se vos disser que fomos todos ao spa? A fingir claro. O Gustavo foi o técnico do spa que recebeu as clientes. Pintou as unhas e fez maquilhagens em bonecas de cartão… depois optou por uma modelo real e maquilhou a irmã mais velha. Esta foi a minha atividade favorita da semana, adorei prepará-la e ver o desenrolar. 







Ainda um bocado dentro da temática da beleza e bem estar, fizemos sabonetes. Já não foi a primeira vez que o fizemos, mas é tão fácil e eles ficam ocupados tanto tempo que vale a pena. 
Vão precisar de uma "tábua" de glicerina, corante, aromatizante, moldes. Derretemos um pouco da glicerina no micro-ondas e mexemos bem. Juntámos corante e aromatizante. Colocámos nos moldes e levámos ao frio 3 horas. Feito. Também pusemos purpurinas para ficar mais giro.



Outra atividade que fizemos, prendeu-se com o trabalhar as cores e aprender o que é pertencer a um conjunto. Pegámos na nossa caixa de construções em madeira e fizemos construções dividindo os sólidos por grupos de cores diferentes. Também o fizemos juntando dum lado os quadrados e doutro lado os cilindros. 


Massa mágica. Já tinha feito algumas vezes no trabalho mas nunca me tinha lembrado de fazer em casa. Basta juntar maizena e água e misturar bem. O resultado, é uma massa que fica bem dura quando despejada na mesa, mas que se transforma em líquido sempre que lhe pegamos. Uhh lá lá, magia. Alerta, faz alguma sujeira eheh.





Esta semana estiveram aqueles dias de calorzinho bom. Numa altura normal, teríamos ido a uma esplanada comer um gelado. Assim, veio o gelado até nós. Estas formas de gelado são da Ikea. Apenas pusemos leite e umas gotas de groselha num, e chocolate em pó noutro. Minhami!



E pronto, têm aqui umas ideias para manterem a criançada entretida na semana que aí vem. Depois contem como correu, e já sabem, aceitamos ideias para a troca.

Para mais ideias de atividades e outros textos, podem seguir-nos aqui , e podem ver a nossa vida em fotos aqui .

sexta-feira, 8 de maio de 2020

E as crianças que estavam com os avós? Quem se lembra delas?

O Gustavo nunca esteve na escola. Sempre achei que tendo oportunidade, ficaria em casa até aos dois anos. Acabou por ficar até aos três por diversos motivos, um deles a questão financeira.
Acontece que o Gustavo estava em casa mas não comigo, não com os meus pais, mas com os meus avós. Tudo corria bem.
Os meus avós, têm ambos 85 anos mas estavam em perfeitas condições para tomar conta do menino. Esteve com eles desde os quatro meses, altura em que tive de ir trabalhar. Todos os dias saíam com ele ao parque ou à biblioteca e todos os dias iam comprar pão. Em casa, eram mergulhados em livros, sempre as mesmas histórias, e em imensas brincadeiras. 
Entretanto apareceu o Covi19, o Zé ficou em teletrabalho e eu fiquei em Layoff. E os meus avós, claro está, ficaram sem o amor da vida deles. Agora, as creches vão abrir, o que significa que existe uma grande probabilidade de eu ser chamada para trabalhar, e o Zé também foi chamado para trabalhar presencialmente, para acompanhar as crianças de primeiro ciclo filhas de médicos, agentes de autoridade etc.
Agora uma questão: o que faço com o Gustavo? Não posso simplesmente faltar ao trabalho, muito menos desempregar-me. O Zé também não. Os meus avós são considerados de risco, alto risco, nunca poderão ficar com o menino. Vou a correr no meio deste caos procurar uma creche numa altura em que todos querem fugir delas? Sendo que na grande maioria não estão a aceitar inscrições no final do ano letivo? Despejo o meu filho que nunca esteve numa escola nem está habituado a qualquer tipo de rotinas escolares numa ama com a cara tapada? Isto, contando mais uma vez, que arranjaria vaga.  Posto isto, o que vamos fazer? A quem vou deixar o meu filho nos dias em que o pai não poder ficar com eles? Que alternativa existe para nós e para as restantes famílias nas mesmas situações?
Vejo o tempo a passar, e eu continuo sem arranjar soluções.

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Estamos loucos, sem saber o que fazer.




sexta-feira, 1 de maio de 2020

A abertura das creches vista por uma educadora

Em primeiro, volto a referir que tenho vindo a confiar no nosso país no que respeita o combate ao Covi19.
No que diz respeito à abertura das creches propriamente dita, fico assustada e com vários receios, mas tento entender. O país não pode parar até haver vacina, e por muito que eu preferisse manter as creches fechadas e estar em casa segura com o meu filho, respeito muito as famílias que já não têm comida na mesa, e acreditem que as há.
É fácil para mim dizer que o estado de emergência devia ser prolongado ou que as escolas deviam ficar fechadas por tempo indeterminado, mas isto digo eu, sentada no meu sofá, com a minha família, com as contas pagas (com mais esforço do que é habitual) e a despensa cheia de comida. 
As pessoas têm de voltar ao ativo, as famílias precisam de retomar os seus empregos com urgência e para isso as creches têm de abrir. Num mundo ideal poderia dizer-se que sem saúde não há economia, o que é verdade, mas esse mundo ideal não existe. Sem economia também não há comida, e sem comida as pessoas também morrem. 
 Vejo a coisa como se agora, também os educadores e todos os restantes colaboradores necessários ao funcionamento de um colégio ou escola, fossem chamados a lutar, também eles uns heróis na linha da frente, que se juntam agora a tantos outros.
No entanto, aqui esta heroína tem algumas questões que me andam a moer a juízo. É que uma coisa, é pensar as soluções na teoria, outra, é conhecer bem a prática e não estar a ver bem como se vai conseguir fazer isto de forma minimamente segura. E aqui, falo para os senhores e senhoras que mandam nisto tudo.
Começo com uma dúvida relativa a uma notícia que hoje inundou as redes sociais: os profissionais dos colégios e escolas vão ser testados para o Covi19. Ok. Assim de repente há duas coisas que me não me fazem sentido. Primeiro, ok, os profissionais são testados para garantir a segurança das crianças. E quem vai garantir a segurança dos profissionais? As crianças e as suas famílias também vão ser testadas? Se não vão ser, deviam. Segundo, eu faço o teste, depois de ter estado mais dum mês em casa. Vai dar negativo provavelmente, e vou trabalhar. Depois de começar a trabalhar vou estar com muitas mais pessoas, com uma probabilidade muito maior de contrair o vírus, vou ser testada todos os dias?
Outra questão prende-se com o uso de máscaras. No meu caso específico, terei de usar máscara, penso eu. Mais uma vez, muitas dúvidas. Já foi dito por vários médicos que a máscara não me protege dos outros, mas protege os outros de mim. Então os pais vão ser obrigados a também utilizarem mascara para entregar os meninos, correto? Ah, e por falar em meninos… qual é a criança de 1 e 2 anos, que de manhã vai aceitar ficar com uma pessoa que não sabe quem é, pois tem a cara tapada?
Vamos ao distanciamento social. Crianças não o praticam. Quem disser que é possível nunca trabalhou com crianças. Então é obrigatório o distanciamento de todos, menos das crianças? 
E quando uma criança fizer febre na escola? Porque isso acontece constantemente. Vão ser testadas? Vão ficar de quarentena? E se tiver tosse persistente? 
Outra coisa que me tem feito confusão é o facto de o primeiro ciclo continuar sem aulas presenciais. Os pais que tenham uma criança em casa no primeiro ou segundo ciclo, estão em casa com essa criança. Neste caso os irmãos irão na mesma para a creche apesar de terem quem fique com eles em casa?
Vou esperar por mais novidades e esclarecimentos... mas a meu ver, há muito coisa que (talvez ainda) não foi tida em conta...

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Imagem retirada de omunicipio.com.br via google


domingo, 26 de abril de 2020

Isolamento - atividades para os miúdos

Não tem sido fácil para ninguém estar em casa, e quando temos miúdos, pode ser caótico.
No meio de toda a loucura que tem sido, a melhor estratégia tem sido manter a malta jovem cá de casa entretida. Por um lado o Gustavo que é criança, mas por outro as irmãs adolescentes que sem orientação, por elas passariam o dia todo a ver televisão e mexer no telemóvel.
Ficam aqui algumas atividades que temos feito para nos mantermos entretidos em casa.




A popular plasticina. Ao brincar livremente com ela o Gustavo fartava-se rapidamente, por isso pensámos em jogos em que pudéssemos utilizar este material. Fizemos formas e escrevemos nomes, letras e números.








As mais velhas já não dadas a jogos de plasticina obviamente, por isso pusemo-las a fazer um puzzle de 500 peças. Receberam esse jogo há 3 anos no Natal e nunca tiveram paciência para o terminar. Desta vez, demoraram seis horas, mas conseguiram. Assim que o terminaram o mais novo destruiu tudo. Ficaram a gostar um bocado menos do irmão, mas estiveram entretidas durante um dia inteiro.





Esta brincadeira surgiu do Gustavo. Um miúdo de apenas três anos inventou um jogo giríssimo. Foi sozinho à casa de banho buscar cotonetes e começou a monta-los de modo a formar letras. Fez sozinho o T e o V. Depois, com a nossa ajuda fizemos mais letras e até desenhos.






Cozinhar. O zé é quem cozinha cá em casa. A Gabi e o Guga saíram ao pai. Adoram passar o dia no meio de tachos e panelas. A Matilde vai ajudando. Têm tido duas ou três tardes de culinária por semana. Fazem absolutamente tudo sozinhos (a Gabi já tem 15 anos e ajuda e orienta os irmãos). Na última semana fizeram folhados de salsicha e de chocolate e bolo cookies. Enquanto cozinhavam, comiam  e limpavam, estavam uma tarde inteira entretidos. 





Fazer sombras. Mais um jogo que o mais novo inventou. Foi buscar um banco e uma lanterna (a única coisa que pediu no Natal foi uma lanterna azul). Pôs a lanterna em cima do banco apontada para a parede e apagou as luzes, começando a fazer sombras na parede. Ficámos espantados com a brincadeira tão gira que ele foi arranjar. Na varanda, esperamos pela altura em que bate o sol e também brincamos às sombras, com um solinho bom.




Fomos fazer uma caminhada e o Guga escolheu algumas folhas caídas para o pai colocar num saco. Pelo sim pelo não, deixámos as folhas no saco 3 dias antes de utilizar. Depois com tintas, em vez de pintar com pinceis pintámos com essas folhas. Foi mais um género de carimbagem e o miúdo adorou.




Espero que tenham gostado das atividades e que possam tirar algumas ideias. Entretanto, na minha página do instagram eucatarinagarcia partilho diariamente atividades que podem ir fazendo. 


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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Baú das recordações - Uma lufada de ar fresco

Estive em arrumações. Ou tentei estar. Estou o dia todo em casa, mas também estou o dia todo a entreter o Gustavo para o Zé poder trabalhar descansado, portanto não me sobra assim tanto tempo.
Mas bom, estava eu a dizer que dei início a algumas arrumações. Há uns meses tinha comprado um baú com o objetivo de criar um baú de recordações, para guardar coisas realmente importantes.
Não sou grande acumuladora, pelo contrário, adoro destralhar. Não gosto de ter a casa cheia de coisas e de coisinhas que só vão servir para encher. Mas tenho os meus tesouros, claro. Temos todos. Aqueles postais escritos por familiares que amamos, o desenho do dia do pai que os miúdos fizeram, a primeira ecografia, o bilhete da primeira viagem de avião… e tínhamos tudo isso espalhado um pouco por várias gavetas.
Hoje tirei o baú do armário e recolhi todos esses pedacinhos de vida que por aqui haviam, para os organizar e ficar tudo junto e de mais fácil acesso.
Enquanto o fazia, peguei em postais da minha tia, que todos os anos me dá um postal com palavras bonitas no meu aniversário e no do Gustavo. Tinha também um bilhete que uma colega me deu no Natal. Descobri o primeiro postal que a Gabriela e a Matilde me deram, quando fiz 27 anos. Também encontrei a primeira rosa que o zé me deu, e uma fotografia do primeiro festival a que fui com uma amiga.
Enfim, mexi e remexi em coisas boas. Recordações que me fizeram relembrar que as pessoas são o melhor que levo desta vida, as minhas pessoas. E como vai ser bom voltar a abraçar essas pessoas. Entretanto, felizmente, tudo isto aconteceu numa altura em que temos tanto acesso a tecnologias. Assim, o distanciamento não tem mesmo de significar isolamento. Há pessoas e coisas que me continuam a deixar muito feliz. E nos dias em que o maldito vírus me tentar mandar abaixo, o baú vai trazer-me ao de cima.
Para quem está a ter dificuldade a lidar com tudo isto e precisar duma força, talvez ajude ver fotografias e relembrar as coisas boas que a vida já nos deu.

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Algumas das recordações que foram para o baú.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

O nosso país e o covi19

Estamos assustados, fartos de estar fechados em casa (quem o pode fazer e cumpre), com saudades de abraçar quem amamos. Começamos a sentir tristeza, ansiedade, frustração, raiva... é fácil começar a espingardar em todas as direções e a atirar culpas a quem não as tem.
No que diz respeito a esta situação, tenho total confiança em quem nos governa. Ninguém sabe a fórmula perfeita. Muito se tem estudado e até especulado, mas a longo prazo, ninguém sabe o que é o melhor. Se há quem defenda que quanto mais isolados melhor, há quem defenda que isso só vai adiar o problema e que uma segunda vaga virá com mais força quando o isolamento começar a levantar.
Tenho esperança e confio nas medidas que nos têm sido impostas. Acho que o nosso governo, comparando com outros países, está a ser exemplar nesta luta, facto esse que tem sido relatado em jornais pelo mundo fora. E os portugueses, na sua maioria, exemplares têm sido.
Acho que o estado de emergência foi decretado na altura certa, e concordo que alguns negócios tais como restaurantes em takeaway continuem a funcionar (pior que morrer com o vírus, será talvez morrer de fome, e o que aí se avizinha em termos de economia, assusta-me muito).
A decisão de se permitirem pequenos "passeios" sem contacto físico com outras pessoas, em locais resguardados, também me parece acertada. Pessoas a sofrerem de ansiedade e depressão, muito dificilmente iriam sobreviver a isto fechadas em casa durante tanto tempo (e não espero que quem não lida com estas particularidades o entenda). Continuam a existir ajuntamentos de vizinhos nas ruas, pessoas a ir às compras com a família toda atrás, pessoas a passear o cão cinco vezes por dia… mas isso é culpa de quem o faz. As diretrizes são claras, e não é possível que as nossas forças de segurança consigam controlar tudo. Nem deviam ter de o fazer… existe uma coisa chamada de responsabilidade social. 
Quanto ao fecho das escolas… os grupos de mães estavam ao rubro, pela negativa, com a possibilidade da escola reabrir. Que irresponsabilidade, que atear de fogo, que imprudência… entretanto foi decretado que a escola não irá mais abrir de forma presencial, exceções 11º e 12º ano, e nos mesmos grupos de mães vemos ataques a essa decisão: e como vou sobreviver com 66% do ordenado? Como vou conseguir dar apoio a três crianças em casa a terem de estudar??
Não é fácil, mas não o é para ninguém, muito menos para quem tem de decidir o que fazer de forma a proteger um país inteiro.
Isto vai passar. Mas se cada um fizer a sua parte, vai passar muito mais depressa.

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terça-feira, 7 de abril de 2020

As coisas que descubro quando estou em isolamento

Mudámos de casa há um ano e um mês. Já era tempo de me ter apercebido de muita coisa que se vai passando aqui na rua. 
No entanto, passou-me ao lado uma coisa, ou melhor, um animal com cerca de oitenta quilos. 
Fui despejar o lixo tranquila da minha vida, e dou de caras com, nada mais, nada menos, que um porco. Bom, uma porca na verdade. 
Parece então que tenho uma vizinha, não no prédio mas duas ruas acima, que tem uma porca, grande, mesmo grande, gorda e preta, há já 6 anos. Porca essa, que à indicação da dona, se deita de barriga para cima à espera da festinhas abanando a cauda. Porca essa que passeia com os cães colegas de habitação.
O Gustavo e a Matilde foram observar o raro fenómeno com a devida prudência. O Gustavo tem muito medo de cães, até daqueles mesmo pequeninos, mas pelos vistos não tem medo de porcos. Pouco faltou para a trazer para casa. Mas já pediu se lhe posso arranjar uma porca.
A vizinha explicou ainda que a porca sempre deu grandes passeios, mas que o fazia mais de noite para não andar no meio da confusão. Disse ainda que abre a porta do quintal para que a bichinha passeie um pouco, e que a mesma, sozinha, bate com o focinho do portão quando quer entrar.
E pronto, só vos queria mesmo contar isto, porque afinal de contas, não são todos os dias que encontramos uma vizinha com uma porca de estimação.

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A minha vizinha é igual a esta.


sexta-feira, 3 de abril de 2020

O covi19 e os meus estados de espirito.

Não sei como vocês estão a lidar com este maldito vírus, sei que eu estou a começar a sentir-me bipolar. Tenho passado por imensas fases e imensas linhas de pensamento.


Pessimista - Nos dias em que assumo esta postura, vejo um futuro negro e não consigo de modo algum atenuar a coisa. Vejo as notícias várias vezes por dia, foco-me no número de mortes e penso nos seus entes queridos. Penso em Espanha e em Itália especialmente. Lembro-me das imagens dos camiões a transportar cadáveres. Esse cadáver pode vir a ser o meu, ou de alguém que amo. Olho para a janela e sinto-me presa. Custa-me a respirar porque não quero mais estar fechada, e acho sinceramente que vou entrar numa depressão brutal se não for possível sair de casa em breve. Penso nas famílias que dependem de negócios próprios e que estão sem meio de sustento. Sinto medo pelo futuro da economia e pelas pessoas que podem vir a perder o seu emprego. Imagino-me a ser uma dessas pessoas. 


Filosofa- Porque raio foi isto acontecer? Quantas pessoas mais vão morrer? Até quando os profissionais de saúde vão aguentar? Até quando vamos viver assim? Será que brevemente podemos voltar à nossa rotina? Como será a nossa rotina depois desta pandemia? Será que algum dia vai ser tudo como era antes? Com que mazelas ficarão as pessoas que estão a viver este drama na linha da frente, lidando com tanta pressão? E os idosos que estão mais sós do que nunca? E as crianças com necessidades educativas especiais que ficaram sem as suas terapias? E se…? E se …?


Otimista - Falta mais de um ano para termos uma vacina disponível. É simplesmente impossível que um país fique parado durante um ano. Mais cedo ou mais tarde, vamos ter a nossa vida de volta, ainda que seja com restrições. Talvez antes da vacina surja um medicamento que cure as pessoas. Talvez existam tantas pessoas infetadas sem sintomas, que permita que seja criada imunidade de grupo ao vírus em breve. Talvez os cientistas descubram uma cura ou prevenção milagrosa em tempo recorde. Talvez o vírus não sobreviva de todo ao calor e com a chegada do tempo quente existam menos infetados. Talvez por motivos que nem percebemos, os números de casos comecem a descer drasticamente. Talvez venhamos a ter maneira não de eliminar o vírus, mas de arranjar maneira de viver com ele sem nos infetarmos. 

Hoje estou na fase filosofa.. mal de dormi de noite a pensar em tudo e mais alguma coisa. Neste momento estou a pensar, que a esta hora estaria no trabalho a deitar os meninos na sesta. O Gustavo estaria nos bisavós a brincar com camiões na varanda, à espera que o pai o fosse buscar.

E vocês, também vão tendo estados de espírito diferentes? 

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Fotografia com um ano… acho que não tirei uma única foto desde que tudo isto começou. Não é algo que queira recordar.




sábado, 28 de março de 2020

Bloqueei

Foi numa sexta-feira, dia 13 por sinal, que comecei a ter mais noção de que o Covi19 podia realmente alastrar por Portugal. Ia estando atenta à situação no resto do mundo, mas com uma pontinha de esperança de que por lá se mantivesse. Se eu não pensasse muito na situação, podia ser que não acontecesse...
Segunda-feira, quando fecharam o colégio onde trabalho, saí de lá com o coração com uma pontada e a respirar fundo para não chorar, mas cheguei a casa e tudo ficou bem. 
Nos dois dias seguintes estive alarmada com o que ia vendo nas noticias, mas conseguia relativizar a coisa de modo a estar tranquila.
Foi na quinta-feira, dia do pai e dia de aniversário do Zé, que me caiu a ficha. 
Não sei explicar se foi nesse dia que tomei maior consciência do que se estava a passar, ou se foi nesse dia que não aguentei mais e libertei os medos todos que andava a guardar só para mim.
Passei o dia a chorar. Não choraminguei simplesmente, chorei desde que acordei até que adormeci. Chorei até não ter mais ar para inspirar. Adormeci ainda a soluçar. Dei um dia de anos inesquecível ao Zé, e não pelos melhores motivos.
Estive uns dias isolada do mundo, incluindo aqui do blogue. Não sabia o que escrever, porque não sabia também o que sentir. Senti-me mal por desaparecer daqui sem dar uma explicação, mas o que me apetecia era fugir de tudo. E quando digo tudo, é tudo. Imagem o estado em que fiquei para sentir algo assim. Há muito tempo que não tinha ataques de pânico, pensava que era algo que tinha finalmente controlado  e para sempre. Hoje sinto uma mistura de medo, ansiedade, nervosismo, claustrofobia e esperança.
Não estou mais tranquila do que estava, muito menos mais esperançosa. Chateei foi muitas pessoas que me são queridas, desabafei muito, e isso permitiu que visse as coisas de um modo mais sereno. Também falei com a médica que me seguia nas crises de ansiedade e pânico.
Todos os dias de manhã mudo de roupa, ainda que vá ficar em casa o dia todo. O pijama estava a fazer-me entrar numa depressão. Todos os dias faço uma atividade com o Gustavo de manhã e outra de tarde. Também todos os dias tento ter uma hora para mim, normalmente sentada na varanda a apanhar sol e a ler.
Não vou dizer que está a fácil, mas estou a gerir tudo o que se passa o melhor que consigo. E nunca mais chorei.

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Fotografia retirada do google em bing.com