segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Quem amamenta em público tem de se resguardar?

"Sou sim, contra amamentar em público à descarada." É esta a primeira frase a negrito de um artigo do jornal Sol, escrito por uma mulher que é mãe. Fiquei sem perceber no imediato o que era amamentar à descarada. 
No entanto, a frase seguinte já me deixou esclarecida: "Há já muitas mães que têm o cuidado de colocar uma fralda ou um avental de amamentação para alimentar os seus filhos em público. Não custa nada, o bebé fica feliz na mesma, a mãe resguardada do olhar e curiosidade dos outros, e estes continuam nas suas vidas." Pronto, então, amamentam à descarada as mulheres que não colocam o filho debaixo de panos e afins. A questão para MIM é... não têm de o fazer. E atenção, eu fi-lo. 
Nunca fui uma grande defensora da amamentação. Mais, nunca quis amamentar o meu filho. Optei por amamentar por saber que era o melhor para a sua saúde, ponto. E ainda bem que o fiz, é das melhores recordações que tenho do meu filho bebé.
O meu filho, infelizmente, mamou apenas até aos três meses e pouco. Nasceu de inverno, portanto nesses meses em que amamentei acabei por não sair assim muito com ele. Logo, foram raras as vezes em que amamentei em público.
Das vezes em que amamentei em público, não me senti muito à vontade. Mas isso fui EU. Acho maravilhoso as mulheres que amamentam "à descarada". 
Acho lindo o ato de amamentar. Se uma mulher se sente bem para amamentar no meio de mil pessoas, pois que o faça. Era o que faltava uma mulher ter de resguardar para alimentar o seu filho. 
"Choca-me" um bocado saber que existem pessoas que se sentem incomodadas com um ato tão natural. É um bebé a beber leite da sua mãe. Que mal pode haver nisso ao ponto de quem passa se incomodar? Com que olhar olham aquela mãe ao ponto de acharem errado o facto de a mesma estar a alimentar um filho sem se tapar? É que reparem, apesar de na sociedade as mamas terem uma conotação sexual, elas existem no corpo da mulher precisamente para desempenharem a função de alimentar a sua cria.
A senhora que escreveu o tal artigo escreve ainda que existem outros atos naturais, como fazer chichi e cocó, e não é por isso que o fazemos em público. Logo, amamentar deve ser encarado do mesmo modo e longe dos olhares de terceiros. Parece-me uma comparação tonta. 
Respeito a opinião da senhora que escreveu o texto, embora não concorde. Tem o direito de se sentir incomodada ao ver uma mãe amamentar e lá terá as suas razões. O que não me parece muito razoável, é que para que esta senhora (e para outros que também se sentem incomodados) não se sinta incomodada, uma mãe tenha de se "esconder" para alimentar o filho.
Acabei agora de jantar. Imaginei-me a fazer a minha refeição com um lençol em cima da minha cara. Acho que é mais ou menos isto que se passa quando tapamos um bebé com um pano enquanto mama. 


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(Fotografia retirada da plataforma google)


domingo, 12 de janeiro de 2020

Fobia de dentistas

Tenho um dente do siso para arrancar, há dez anos. Tenho também um medo incrível de o fazer.
As fobias existem. Umas vezes é difícil perceber de onde surgiu determinada fobia, mas no meu caso, sei perfeitamente. É importante que fique claro que não tenho medo… tenho uma fobia enorme, são coisas muito distintas.
Comecei a ir ao dentista ainda em criança. Sempre tive imensos problemas com os dentes. Muitos dos meus dentes definitivos nasceram antes de os dentes de leite caírem, o que fez com que tivesse de arrancar muuiittooosss dentes ainda em criança. De todas as vezes, chorava do início ao fim do procedimento.
Já em adolescente, tinha a boca muito pequena para a quantidade de dentes que um adulto tem. Mais dentes para arrancar. Arranquei cerca de 5 dentes definitivos.
O assunto não ficou por aqui. Através dum raio-x percebeu-se que os dentes do ciso de cima, não iriam caber na boca. Foi necessário fazer uma cirurgia para tirar os dentes que ainda estavam inclusos. A minha mãe questionou o médico, se não seria melhor tirar os cisos todos pelo sim pelo não, já que eu estava a dormir. O médico garantiu que os cisos de baixo teriam espaço. Mas não tiveram.
A recuperação depois de ter tirado os sisos foi a mais dolorosa de todas. Se eu já tinha mesmo muito medo de dentistas fiquei com pavor. Não consigo ir ao dentista. Não consigo sequer ir a uma higienista fazer uma limpeza. Só de pensar nisso começo a sentir-me enjoada, tonta e com o coração a mil. 
Entretanto, os outros dois dentes do siso nasceram, e claro que não tenho espaço para um deles. Há cerca de dez anos que, após uma infeção na gengiva em volta desse dente, me foi dito que tinha de o tirar. Claro. Claro….
Todos os anos, várias vezes por ano, tenho esse problema e tenho de tomar antibiótico. De todas essas vezes me sugeriram tirar o dente assim que passasse a infeção. De todas essas vezes eu concordei, mas acabei por não o fazer.
Hoje fui novamente ao médico pelo mesmo motivo, e novamente me disseram que tenho de tirar o dente. Não sei se existe desse lado alguém com pânico de dentistas (ou de outra coisa qualquer), mas se existir, certamente me compreenderá. 
Eu sei o que tenho de fazer, mas um medo enorme impede-me disso. Só me imagino a ter um ataque de pânico e levantar-me da cadeira durante o procedimento.
Não sei se alguém já passou por isto, ou mesmo se haverá desse lado alguma dentista que me possa dar algum conselho de como lidar com isto.. aceito todo o tipo de sugestões para eu conseguir lidar com isto. Ultimamente andei a ler sobre sedação para casos como estes, mas pelo que percebo não há assim tantos médicos que o façam...

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(fotografia de VivaSaude retirada do google)

domingo, 5 de janeiro de 2020

Umas férias em "segredo"


Segui o conselho que uma amiga me deu e não disse a ninguém que estava de férias.
Não comentei com ninguém sobre esta semana de férias nem sobre os meus planos para ela, que até não eram nada demais.
Sabem uma coisa? Foi a melhor semana de férias, no seu todo, que já tive.
Consegui ir aos saldos, coisa que não fazia há quatro anos. O mais espetacular, foi que consegui ir aos saldos com o Gustavo atrás.
Por falar em Gustavo…. O miúdo anti sono, que mesmo nas férias acorda às sete da manhã, acordou todos os dias depois das nove e manteve-se na cama até perto das onze da manhã!! Desculpem a minha euforia, mas há anos que não sabia o que era dormir até estas horas, muito menos sabia o que era ficar na preguiça a ver televisão.
Consegui também tirar um dia para mim, e ir almoçar e passar a tarde numa esplanada junto ao mar com os meus amigos de uma vida. A Joana, a outra Joana e o João, que tem uma namorada chamada Joana. Como foi bom falar das asneiras que já fizemos no passado mas que nos souberam tão bem (umas melhor que outras). Para que conste, acho que as maiores asneiras estiveram mesmo a meu cargo.
Foram também umas férias de estreias. Foi a primeira vez que o Gustavo foi à praia de inverno e chapinhou no mar. Foi a primeira vez que fomos festejar o ano novo com amigos desde que o Gustavo nasceu. Foi a primeira vez que o Gustavo andou de carrocel.
Como se isto não bastasse, o rapaz que andava numa fase de grandes birras, portou-se tão, mas tão bem.
Estou feliz, e tranquila. Consegui fazer muita coisa, incluindo lavar a casa a fundo e tratar da roupa, mas também descansei.
Obrigada querida Lara pelo teu conselho em apreciar estas férias de forma mais privada. Foram mesmo umas boas férias.
Agora digam-me, como é que amanhã vou ter coragem de acordar um miúdo de três anos às seis e tal da manhã, porque os pais têm de sair para trabalhar.

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A Joana, a outra Joana, eu e o João.


A primeira vez no carrocel. Adorou e repetiu.


A primeira vez num "slide"

A primeira vez no Cabo Espichel.