sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A mulher que quer trabalhar e ser mãe

A Rita foi a uma entrevista de emprego. Até pareciam interessados nela mas ela tinha um bebé de meses. A Rita percebeu que isso era um impedimento para a contratação. Esclareceu que precisava mesmo do trabalho e que se fosse necessário abdicava das horas de amamentação. Ficou com o trabalho.

A Susana já trabalhava naquela loja há cinco anos quando lhe transmitiram a possibilidade de a passarem a gerente. Só precisavam de saber se ela não estava a pensar em ter filhos nos anos seguintes. Ela até estava, mas disse que não. Passou a gerente e ainda não teve filhos.

A Ana engravidou. O seu contrato era até 31 de agosto e o bebé nasceu em junho. A diretora do colégio disse-lhe "Ainda bem que em setembro está de volta para agarrar o novo grupo. Quer dizer eu penso que esteja." A Ana percebeu que para o contrato ser renovado ia ser o seu marido a ficar com o bebé.

A Cristina voltou ao trabalho quando o filho completou os cinco meses. Decidiu continuar a tirar leite para que o seu bebé fosse alimentado apenas com leite materno, ainda que pelo biberão. Tinha muito leite e tinha de se dirigir muitas vezes ao wc para o extrair. A patroa achou que era uma desculpa para trabalhar menos e que devia compensar com horas extra o tempo em que estava no wc.

Quando a Sara foi chamada para uma entrevista fez questão de dizer que tinha um filho para que não julgassem que tinha ocultado alguma coisa. Perguntaram se tinha alguém para poder ficar com a criança quando estivesse doente ou tivesse vacinas e consultas de rotina. A Sara respondeu que sim. Ficou com o trabalho e nunca acompanhou o filho ao médico, deixou isso para o pai.


Todas estas historias são reais à exceção dos nomes, obviamente.
Duas das histórias são as minhas histórias. 
Há quem ache que as mulheres deviam bater o pé pelos seus direitos. Eu acho que as mulheres não deviam ter de bater o pé para poderem gozar dos seus direitos.
É fácil falar, é difícil ter contas para pagar.


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Meu tudo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Tudo sobre os tais pacotinhos

Ontem na nossa página do Facebook mostrei-vos uns pacotinhos da Squeez que tinha adquirido e pedi opiniões.


Foram estes os pacotinhos que escolhi.


Para escreverem o nome da criança, conteúdo, quando foi feito etc


Recebi muitas opiniões mas também algumas perguntas. Vamos lá então perceber melhor o que é isto.
Em primeiro lugar, antes do Gustavo nascer já eu e Gabriela consumíamos aqueles pacotinhos de fruta que se vendem nos hipermercados. O Gustavo entretanto também começou a gostar muito e por vezes lá lhe dava um ou outro.
Se esses pacotinhos tinham uma grande vantagem para mim, serem práticos, tinham também muitas desvantagens das quais vou falar a seguir.
Em primeiro lugar, o dinheiro, inevitavelmente. Cada pacote custava-me cerca de 70 cêntimos e mesmo assim comprava ou em promoção ou marca branca. A Gabriela todos os dias leva um para o lanche, eu também.
Em segundo lugar, o plástico. Temos sido bombardeados com notícias sobre o que o plástico (ou melhor, os humanos ...) anda a fazer ao nosso planeta. Como meio de combater esse desgaste brutal, até os sacos de plástico nas compras já são pagos. Só aqui em casa por semana, entre todos, devíamos gastar uns quinze pacotinhos de polpa de fruta. Agora se pensarmos em todas as famílias que os consomem, temos vontade de repensar algumas pequenas atitudes do nosso dia a dia.
Por fim, a saúde. Esses pacotinhos de fruta são muito saborosos e práticos... mas não deixam de ser um produto completamente industrializado. Se fizermos em casa as nossas polpas de fruta temos a certeza de serem muito mas saudáveis.
Foi então que... algures na internet descobri os pacotinhos Squeez. Estes pacotinhos são reutilizáveis e têm a duração de dois anos. Já pensaram o que estão a poupar??? Fora isso têm uma abertura super larga que faz com que seja fácil de encher cada pacote e podem ser lavados na máquina de lavar loiça. Por aqui, ficámos convencidos.


A abertura grande facilita a colocação do puré


Os pacotinhos existem em diversos tamanhos e apesar de ouvirmos mais falar de purés de fruta, também podem colocar iogurtes ou sumos naturais, por exemplo. Eu tinha a preocupação da duração do conteúdo nos pacotes. Experimentei fazer puré de fruta e guardei no frio, passados quatro dias estavam ótimos. Li que o que pode acontecer é ficarem com uma cor mais escura por oxidar, mas que se podia colocar umas gotas de limão (pelo sim pelo não eu fiz isso) Saí de manhã e consumi o puré de fruta depois de almoço. Não sofreu qualquer alteração, estava ótimo.
Aqui em casa todos bebemos pelo pacote, mas há a hipótese de se adquirir uma colher e o conteúdo sai diretamente para a colher, o que é muito mais prático para bebés e mais chique para adultos (nós não somos chiques mesmo).


A colher para enroscar nos pacotinhos


Agora, a melhor parte para vocês:


Queriam comprar uns pacotinhos destes? Era muito mais fixe se tivessem um desconto?

Cá vai:

Em encomendas superiores a dez euros, basta inserirem o meu código Garcia10SqZ para terem 10% de desconto!!!  Boas compras.




Se tiverem dúvidas também podem deixar as vossas perguntas que eu tento responder a todas!


Para saberem mais carreguem aqui .

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Se forem consumidoras destes pacotinhos, introduzam o código para terem desconto.




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

As parvoíces da custódia partilhada

Hoje sou eu quem vos escrevo, o Zé. Estou cansado de ler e ouvir tanta estupidez sobre a custódia partilhada aquando dum divórcio. Consigo perceber que possa fazer confusão a algumas pessoas por não terem conhecimento de causa, mas para quem está deste lado é penoso.
Mas vamos a factos:

* Em custódia partilhada as crianças não têm nenhuma casa delas.

ERRADO. Na custódia partilhada as crianças têm não uma, mas duas casas delas.

* As crianças têm de ter o dobro das coisas para irem passando de casa do pai para casa da mãe e vice-versa.

ERRADO. Se as crianças só estão com a mãe ou com o pai metade do tempo, também só precisam de lá ter metade das coisas.

* Fica sempre mau ambiente entre o ex casal e isso afeta as crianças.

ERRADO. Não é fácil de início e ninguém espera que um ex casal continue a ir beber café ou celebrar o São Valentim, mas somos adultos. Podemos não ficar amigos e não querer grandes conversas principalmente de início, mas temos de ser cordiais e lembrar do maior tesouro que temos em comum. O tempo também ajuda.

* As crianças ficam tristes por terem de andar a trocar de casa.

ERRADO. As crianças ficam muito felizes por lhes ser permitido estar tanto tempo com o pai como com a mãe. Afinal, se uma criança ama tanto o pai como ama a mãe, porque teria de escolher?

* É muito complicado a gestão do dia a dia.

ERRADO. É facílimo. Não moramos super perto, temos de ir obrigatoriamente de casa do pai para casa da mãe de carro. Mas está estipulado que isso acontece às sextas feiras. É só preciso organização por parte do ex casal.

* As crianças têm de abdicar de fazer coisas que até queriam com a família da mãe quando estão na família do pai, ou o contrário.

ERRADO. Parte do bom senso de cada família. A Gabriela e a Matilde sabem que quando estão comigo e com a Catarina e querem combinar qualquer coisa com a mãe estão à vontade para faze-lo. Ainda nas férias a mãe quis vir busca-las para um almoço de família e veio. Quando eu a Catarina fomos para o Algarve com as meninas, também pedimos à mãe delas para nessa semana elas ficarem mais um dia connosco.

* Na custódia partilhada as crianças fazem o que querem dos pais pois sentem as costas quentes de ambos os lados.

ERRADO. Eu e Nina vamos falando sempre que existe alguma questão a resolver. A Gabriela este ano recebeu um recado na caderneta e a Nina ligou-me para em conjunto estipularmos uma medida que fosse igual em ambas as casas.

* Na custódia partilhada ambos os elementos do ex casal têm de se dar para o resto da vida.

CERTO. Graças a Deus. Se duas pessoas têm filhos em comum era suposto nunca mais falarem ou nunca mais se verem?

* Na custódia partilhada é mais difícil o ex casal refazer a sua vida.

ERRADO. Ambos refizemos a nossa vida. Quer eu tivesse ou não custódia partilhada tinha duas filhas na mesma. Talvez o facto de se ter filhos possa influenciar, mas não o facto de a custódia ser partilhada ou deixar de ser.

Isto é a minha história e aquilo que resulta para nós. Na minha opinião devia resultar para todas as famílias pois qualquer criança de uma família estruturada precisa tanto da mãe como do pai e é amada tanto pela mãe como pelo pai. Há fatores a ter em conta, como por exemplo se após o divorcio os pais vão viver para cada um para uma cidade diferente.
O fundamental é que cada família pense naquilo que é melhor para os seus filhos. No nosso caso, foi isto que resultou e que faz as minhas filhas felizes.

Até breve, José.

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Pai e filhas. Dezembro 2016


Pai e filhas. Julho 2015.



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O meu marido não me ajuda em nada

"Ai o meu marido ajuda muito em casa. Até cozinha." "Ai o meu ontem até mudou o cocó do Joãozinho". "O meu, pronto, chega muito cansado mas eu percebo. Ele ontem até pôs a mesa".
O meu Facebook é inundado por testemunhos de senhoras que se acham muito felizardas porque os maridos as ajudam muito. Outras sentem inveja dessas mulheres porque os seus maridos ajudam muito pouco.
Pois eu não tenho paciência para essa conversa da treta. Alguém algum dia ouviu dizer "A minha mulher ajuda-me muito, tenho muita sorte."? Eu não.
O meu marido não me ajuda nada. E porque teria de ajudar? Porque tem de ser suposto que a mulher tem as tarefas da casa e filhos a seu cargo e que o marido a ajuda? Não me faz sentido.
O meu marido não me ajuda. O meu marido faz as coisas que têm de ser feitas, tal como eu.
Ele cozinha todos os dias, porque eu odeio cozinhar e não tenho jeito nenhum. Ele adora e tem imenso jeito. Enquanto isso, eu trato de dar banho ao miúdo, por exemplo.
O meu marido põe roupa a lavar, estende a roupa, apanha roupa. Aspira e lava o chão, limpa o pó. Limpa as casas de banho e as bancadas da cozinha. Dava banho às filhas e preparava os seus lanches para a escola, quando elas eram mais pequenas.
Muda fraldas bem cagadas do Gustavo. Faz-lhe as sopas e dá-lhe comida.
Despeja o lixo e leva a reciclagem.
O meu marido faz isso tudo, tal com eu. Ele não me ajuda. Eu não o ajudo. Somos uma equipa. 
Dizem que tenho sorte em ter um marido assim. Na verdade, eu só podia mesmo ter um marido assim porque não aceitava que fosse doutra maneira. Sujamos os dois certo? Então limpamos os dois. Fui educada assim. O meu pai também cozinha, lava a loiça, estende a roupa.
O Gustavo acorda cedo. Ao sábado, eu levo-o para a sala e o pai dorme até querer. Ao domingo durmo eu até querer. Somos ambos pais. A única altura em que isso não acontecia foi quando o Gustavo ainda mamava.
Custa-me imenso saber que ainda há mulheres que se sentem muito felizes por terem ajuda dos maridos. E custa-me ainda mais saber que há mulheres que nem ajuda têm. 

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O homem que não me ajuda

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Isto dos blogues e outras cenas

Não é algo em que nunca tenha pensado.
Expor crianças, as suas histórias e a sua imagem. As deles e as minhas. Bom senso e moderação são para mim o mais importante.
Ontem uma senhora comentou, relativamente ao concurso do bebé Nestlé , que era irresponsável, perigoso e vaidoso inscrever os filhos. Tem todo o direito de achar isso, e não lhe tiro alguma da razão. Mas não era tão bom, que dentro dos limites do razoável, cada mãe se preocupasse com os seus filhos? É como a questão de furar as orelhas, ou de batizar um bebé. Eu também tenho a minha opinião sobre esses assuntos. Mas eu trato do meu filho. As restantes mães tratem dos seus.
No que diz respeito ao blogue e às crianças que nele aparecem há alguns cuidados que tento ter. Para começar, não escrevo ou coloco fotos relacionadas com as miúdas sem a sua autorização. Já são crescidas. O Gustavo ainda não sabe falar obviamente e torna-se mais complicado. Por vezes ponho-me a pensar no que ele gostaria de opinar.
Gosto de pensar nisto como uma viagem online através das nossas memórias. Às vezes vou ler posts meus com alguns meses e dou por mim a sentir uma grande nostalgia das coisas que já tinha esquecido.
Não coloco fotos dos miúdos na zona da sua escola, da sua casa, ou dos espaços que costumam frequentar. Se vamos dar um passeio ou passar férias, escrevo sobre isso só quando já voltamos. Se escrevo sobre outras crianças altero o nome obviamente. Se coloco fotografias de outras crianças, não mostro a cara, ou peço autorização aos pais.
Não escrevo sobre situações que penso que possam envergonhar algum de nós aqui em casa. Não coloco fotografias do Gustavo em momentos de grandes birras, por exemplo. Para mim, até pode ter piada, mas ele estava num momento de frustração e raiva e acho que isso deve ficar entre quatro paredes e não numa janela para o mundo. Vocês vêem aqui muita coisa, mas muita coisa fica para nós. 
Damos às miúdas os conselhos básicos que qualquer mãe e pai darão: não falam com estranhos, seja porque motivo for, não apanham boleia de ninguém sem nossa autorização, não saem da escola com ninguém, nem com os pais de colegas, a menos que nos peçam primeiro.
Também já pensei que podia colocar menos fotografias com as caras deles. Por outro lado, e as crianças dos anúncios, das novelas, etc? Das novelas que muito possivelmente a senhora que criticou vê, todos dias, sentada no sofá depois de ter lavado a loiça a correr para não perder nadinha.
Já vos contei aqui que o Gustavo foi chamado para um casting. Casting esse que acabou por não fazer assim que percebi que não era essa a sua vontade.
No que diz respeito a este concurso específico... Cada um sabe do motivo que o leva a participar. 
No que a mim diz respeito, ninguém tem o direito de me julgar por tentar que o meu filho ganhe três mil euros numa conta poupança em seu nome. Não acho que isso vá acontecer sinceramente. Já ficava muito feliz se ele ganhasse o cabaz de produtos Nestlé e o brinquedo. Acho ótimo se conseguirem fazer um bom pé de meia aos vossos filhos com aquilo que ganham. Eu não consigo. Já me culpo o suficiente por ter noção que não vou conseguir dar ao meu filho metade das oportunidades que a minha mãe deu enquanto era criança. 


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Se quiserem votar no Gustavo, façam-no aqui.

És o meu bebé, Nestlé ou não.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Uma poça de cocó no centro comercial

Bom, para começar, a primeira que gozar connosco vai ser banida deste blogue (tentem, tentem).
Fomos passear a um grande centro comercial perto de nossa casa.
Sempre que lá vamos ele fica a olhar para uns carrinhos que se podem alugar para as crianças irem lá dentro empurradas pelos pais. Aquilo parece um sonho para os pais e crianças.
Hoje ele estava rabugento e tínhamos mesmo de ir às compras. Assim que viu os carrinhos foi a correr para se sentar num. Ele faz sempre isto, mas nós depois tiramo-lo (fica a berrar claro) e pomo-lo no carrinho dele. Hoje fizemos a experiência de alugar um desses carros. Uau. Lá ia ele todo feliz e contente a apitar na sua buzina e a rodar o volante. A felicidade durou cinco minutos. Depois disso começou a tentar sair do carro em andamento, tirar o cinto, gritava, bla bla bla. Fomos portanto devolver a porra do carro, que foi pago na mesma óbvio.
Nisto, o Gustavo andava feliz dum lado para o outro já longe da sua birra, quando eu reparo numa poça no chão. Uma poça estranha, um castanho amarelado. O líquido também não era totalmente líquido. Que coisa estranha. Chamo o Gustavo para não pisar aquilo, mas reparo que aquilo vem a escorrer-lhe pelas jardineiras, lindas e novas por sinal.
Pois, é isso. O meu filho devia estar mal da barriga e fez diarreia, mas uma valente diarreia no chão do centro comercial. Isso, uma mega poça de m*erda. O Zé pegou numas toalhitas e limpou a poça do seu filho. Eu peguei no miúdo por baixo dos ombros e enfiei-o no elevador. Fomos até ao carro onde o embrulhei numa camisola velha que lá tinha, e assim foi até chegar a casa e ser enfiado na banheira. Acreditem, não podia ter sido de outra maneira tal não era a javardice. 
Obviamente não fomos às compras.

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Cara de quem fez uma cagada, .literalmente.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Eu nunca ... bora jogar?


Vamos jogar ao "Eu nunca". Não, esta versão não envolve álcool de penalti .

Antes de ser mãe eu disse:

— Eu nunca vou achar piada a isso de pais e filhos se vestirem de igual.

Ups.

(Em baixo seguem as respostas das leitoras)


* Eu nunca vou vestir os meus filhos a combinar entre si.

* O meu filho nunca se vai vestir igual ao pai.

* Filho meu nunca vai fazer uma birra nas compras.

* A minha filha nunca me vai levantar a mão.

* Os meus filhos nunca vão comer doces.

* Os meus filhos nunca me vão vencer pelo cansaço.

* Nunca vou levar o meu filho à praia na hora de maior calor.

* Nunca vou passar o dedo na boca para limpar a cara do meu filho.

* A minha filha nunca vai dormir na minha cama.

* Nunca vou dar ao meu filho uma bolacha que caiu no chão.

* Nunca vou partilhar a minha colher com os meus filhos.

* Nunca vou limpar a chucha do meu filho com a minha boca.

* Nunca vou ceder às chantagens do meu filho.

* Nunca vou deixar de fazer as minhas coisas em prol das coisas do meu filho.

* Nunca vou levar o meu filho para o wc para conseguir fazer chichi.

* O meu filho nunca vai fazer birras de se atirar para o chão.


-» Sintam-se à vontade para acrescentarem os vossos "Eu nunca".

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Pronto, e agora acho fofo eles estarem de igual.



sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Sim sou educadora. Não, não vou pôr o meu filho na escola.

Eu não percebo o espanto das pessoas quando sabem que sou educadora e não pus o meu filho na escola. O meu filho tinha apenas quatro meses quando voltei ao trabalho. Surgiu uma boa oportunidade de emprego e para isso abdiquei das horas de amamentação. Chorei muito, mas tinha contas para pagar, tal como todas as mães que inscrevem os bebés nos colégios. 
Ainda eu estava grávida quando a minha avó se ofereceu para ficar com o Gustavo quando eu voltasse a trabalhar. Nem pensei duas vezes, apenas por questões financeiras.
Na altura trabalhava com miúdos dos três aos seis anos, nunca tinha estado num colégio com crianças mais pequeninas. E nunca tinha tido um filho.
Só quando ele nasceu eu tive noção de quanto um bebé precisa da mãe. E não tendo a mãe, do quanto um bebé precisa de mimo, colo, amor e muita paciência. Sim precisam. A ideia de que excesso de mimo estraga um bebé está a ficar desatualizada graças a Deus.
Vamos imaginar um minuto, ou tentar, o que é para um bebé vir ao mundo. Está habituada ao quentinho, à voz da mãe, a não sentir fome, nem frio, nem calor, a estar constantemente a ser embalado num mar que lhe é familiar onde se sente em casa. De um momento para o outro está num local que nunca conheceu, vê mil caras diferentes, barulhos, luzes, cheiros, experimenta um sem número de sensações em seu redor que nem sempre são boas.
De início quase sentia vergonha de dizer que não ia por o meu filho na escola. Até que a pediatra do Gustavo  me respondeu "Até aos dois anos os infantários são infétários. Deixe o rapaz em casa". No centro de saúde a médica de família foi da mesma opinião.
Entretanto fui trabalhar para um local onde existia berçário e creche. E ali eu vi a realidade do que é ter um bebé numa escola. Aquelas colegas davam tudo delas. Mas são humanas. Nenhum humano se desdobra em vários humanos. Um berçário tem em média 8 bebés e duas pessoas para tomarem conta deles. 
Cheguei a ver a educadora sentada com três bebés no colo para que nenhum chorasse. Eu acredito que muitas vezes até choravam só porque sim, sei lá. Ou porque queriam a mãe. Mas a mim recém mamã ansiosa, mexia-me mesmo com os nervos.
Cada vez que tinha de passar pelo corredor do berçário sentia-me tonta. Aquele choro de bebé mesmo pequenino, muito estridente e sentido. Eu só conseguia pensar, "E se fosse o meu bebé?". E eles choravam, muito. Como é normal. Eles choravam, mas as responsáveis não conseguiam chegar a todos ao mesmo tempo. Havia fraldas para mudar. Havia leite para dar. Mas elas tentavam de tudo. E carinho e brincadeiras não faltava aqueles miúdos.
Certo dia uma colega comentou algo parecido com "Não se consegue. Eu não consigo chegar a todos. A Maria adormeceu de cansaço de tanto chorar." E eu vi o desespero e o coração apertado dessa colega por não conseguir fazer mais. A Maria chorava muito. Mas a Joana, o Manuel, a Carolina e o Afonso também. Elas não conseguem chegar a todos e nesse dia foi a Maria que ficou de parte. Foi um dia atípico. Faltaram duas colegas ao trabalho. As educadoras e assistentes também adoecem. Os bebés adaptam-se, e com o tempo acredito que aprendem a sentir-se seguros e a dormir descansados sem o colinho da educadora.
Sei que hoje em dia ainda há mães e até profissionais da saúde e da educação que defendem que um bebé deve chorar até se cansar. Eu não. Eu só consigo pensar, se a Maria fosse o meu Gustavo.
Não quero com isto deixar mães inseguras ou ansiosas. Até porque as contas são fáceis de fazer: não existem adultos suficientes na maioria dos colégios para chegarem da forma que deviam a todas as crianças. Mas isso não significa de todo que os bebés estão para ali a berrar de manhã à noite, porque não estão mesmo. Claro que há bebés mais inseguros que outros. Tranquilizem-se em saber que quem cuida dos vossos filhos, fica de coração partido por não conseguir chegar a todos. E que perdem muitas horas de almoço para dar colinho. E que saem muitas vezes mais tarde para dar uma ajuda a mudar as fraldas. E que cantam todas as canções de que se lembrarem para os animar, mesmo que tenham uma péssima voz. E se eu vi e ouvi muitos bebés chorarem, também vi e ouvi muitos darem gargalhadas. E vi bebés a não quererem ir com a mãe quando esta os ia buscar. Eles eram, na maioria do tempo, felizes ali.
Mas aquelas vezes em que ouvia aqueles choros arrepiantes, foram o suficiente para eu querer o meu filho com a minha família em casa e não num colégio. (Gostava mesmo que todas as mães tivessem essa hipótese). Serei egoísta? Serei galinha? Serei paranóica? Estarei a criar um puto mimado? Que se lixe. 
Continuo a ter a opinião pessoal e profissional de que um bebé só deve ir para um colégio antes de completar um ano se os pais não tiverem outra opção. E sim, há mães desempregadas que põem os filhos no colégio com quatro meses.
Lamento que em Portugal se valorize tão pouco uma recém mamã e um recém bebé. Infelizmente a maioria das mães não tem grandes opções pois o dinheiro faz falta. Por outro lado, muitas mães não têm família que possa ficar com o rebento. Eu neste caso tenho, mas se tivesse um segundo filho já não tinha. E aí teria de colocar o bebé num colégio bem cedo. Mas acredito que ele ia ficar bem, por muito que me doesse. E vocês também devem acreditar, se for o caso.
Para já, o Gustavo tem 19 meses e vai continuar a ficar em casa com a família.


Meu anjo. 1 mês.

Miminhos da mãe. 1 mês.

Miminhos do pai. 1 mês.



domingo, 12 de agosto de 2018

Bolas para as bolas.

Há coisas de que só ganhei noção ao ter um filho. Uma coisa é trabalhar com crianças, outra é ter uma nossa. No entanto há algo que já sabia e que acabei por confirmar: no que diz respeito a crianças, a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.
O Gustavo tem um fascínio por bolas desde que me lembro. Tem cerca de dez, contando com as das irmãs, com algumas que comprei e outras que lhe ofereceram por saberem dessa paixão. Em casa ou na rua nunca larga a bola que escolheu levar nesse dia... até ver outra de outro menino.
O Gustavo pode estar com uma das suas bolas grandes e coloridas. Se vê um menino com uma bola pequena e já sem cor, quer essa. No dia seguinte o Gustavo leva a sua bola mais pequena e mais velha. Mas nesse dia vai querer a bola grande e nova que vê uma criança chutar.
Sempre, mas atenção que é mesmo sempre, que vamos passear e vê uma criança com uma bola, lá vai ele disparado. Depois há várias opções:

1) Pega na bola da criança e foge com ela nos braços. A outra criança chora, eu tiro a bola ao Gustavo e devolvo à criança pedindo desculpa aos pais. O Gustavo berra e esperneia.

2) Pega na bola da criança e foge com ela nos braços. A criança ignora e os pais riem. O Gustavo acaba por ficar a brincar com a bola que não é sua. Dou a bola do Gustavo à outra criança. Ficam ali a brincar um tempinho enquanto os pais me descansam ao ver o meu ar de vergonha "Ahhh são todos iguais deixe lá!"

3) Pega na bola da criança e tenta fugir mas é apanhado pelo dono da bola. Eu peço desculpa, e os pais da outra criança sugerem ao filho que este ensine o Gustavo a brincar com ele. O Gustavo prefere apanhar a bola com as mãos e fugir. Eu devolvo a bola e vamos embora com o Gustavo a gritar a plenos pulmões.

4) Fica parado muito sério a olhar para o grupo de crianças que está a jogar à bola. Os miúdos são mais velhos e acham piada a ter ali um bebé. Eu tenho uns 10 minutos de sossego enquanto o meu filho está rodeado por miúdos simpáticos para ele.

5) Vai-se aproximando de mansinho da criança com a bola. A criança larga a bola porque não quer jogar com um bebé. Os pais da criança acham o Gustavo fofo e ficam eles a chutar a bola para ele. Eu pego na bola do Gustavo e dou ao outro menino que também fica feliz por ter uma bola que não é a dele.

6) O Gustavo tira a bola das mãos da outra criança. A criança fica a olhar para ele triste. Eu repreendo o Gustavo e devolvo a bola ao dono. Em segundos e a bola está novamente nas mãos do Gustavo. Não percebo como faz isso tão depressa. O pai da outra criança diz-lhe que tem de se começar a defender. A criança foge do Gustavo.

7) O Gustavo tira a bola de outra criança. A criança volta a tirar a bola ao Gustavo reclamando o que é seu e dá um empurrão ao Gustavo para garantir que este percebeu a ideia.

Bolas para as bolas. Bolas para este miúdo mais as bolas. Bolas para as outras crianças com bolas. Bolas para as lojas de rua que vendem bolas que o meu filho vai querer.


A bola favorita. Até ver um miúdo com outra.

Outra favorita. Até ver outra.

sábado, 11 de agosto de 2018

Vá, eu conto.

"Onde estão?" e "Que água maravilhosa, onde fica?" são as frases que mais têm utilizado no blogue, depois de eu ter postado uma fotografia, por sinal muitaaa linda, do lugar onde estivemos de férias. Este post é apenas para responder a algumas questões que têm colocado relativamente às nossas férias. 
De facto acho que é um lugar mágico. Água que alterna entre o azul turquesa e o transparente que deixa ver o fundo, praia rodeada por uma paisagem digna de postal, imensas tasquinhas e diversão quer para crianças quer para adultos.
Desta vez escolhemos Sesimbra. Podem ir pesquisar imagens na internet para terem a certeza de que a paisagem e a cor da água é mesmo assim, e não foi uma batota qualquer feita por mim. 
Sesimbra é uma vila tradicionalmente pescatória. Fica inserida numa baía que é acompanhada por uma marginal que vai de um extremo ao outro da vila. Toda essa marginal é regada por um mar azul (e frio, é o único contra), uma areia impecavelmente limpa, e imensos bares, restaurantes e tasquinhas. As praias têm pelo menos duas casas de banho públicas impecavelmente limpas, sempre com papel higiénico e sabão. Numa destas casas de banho existem cinzeiros para as pessoas levarem para a praia.
O mar não tem ondas, a bandeira está sempre verde e existem bastantes pontos de vigia de nadadores salvadores, o que é um descanso imenso para quem leva crianças. Talvez seja por isso que esta praia tem tantas crianças. Como nunca vi, juro. Não houve um dia em que os miúdos não tenham feito amigos, desde o mais novo à mais velha. Por ser uma praia tão segura os pais acabam por dar mais liberdade aos filhos e às suas brincadeiras.
Mais ou menos a meio da praia existem uns insufláveis chamados aquajump. Aqui se fazem as maravilhas das crianças, que saltam, correm, contornam obstáculos e descem escorregas, e dos pais que ficam uma hora livres dos filhos. As nossas foram duas vezes pois os preços são bastante acessíveis. Mais uma vez os pais estão super tranquilos porque os miúdos levam coletes e têm um nadador salvador sempre presente. Eu digo e crianças e jovens neste nosso caso, mas também lá vi adultos. 
Para quem gosta de praia mas prefere estar por terra, pode fazer uma caminhada à beira mar. É no mínimo relaxante e acabam por conhecer toda a marginal.
Se não forem famílias dadas nem à água nem a caminhadas, existem no areal duas bibliotecas de praia. Têm bastantes livros para todas as faixas etárias, jogos de tabuleiro e um espaço à sombra com umas mesas e cadeiras todas giras. É também uma opção para fugir um pouco do calor. Uma destas bibliotecas têm ainda um parque infantil.
Deixando a praia de parte. E onde comer? Em todo o lado. Existe um sem número de tasquinhas, bares e restaurantes para todos os gostos e carteiras. Quem vem a Sesimbra devia ir pelo menos uma vez a um restaurante comer um peixinho grelhado que é sempre fresquíssimo, mas se são mais fãs de uma piza, bitoque ou hambúrguer, também encontram com muita facilidade. 
No centro da vila existe um forte que dá pelo nome de Fortaleza de Santiago. Neste local para além de um café com uma vista fabulosa para a praia, existem sempre exposições para visitar. De noite, existem concertos com frequência (existe um cartaz na porta com a programação mensal).
Falando de noite... Desta vez com um bebé a noite foi em casa, mas basta sair de casa (ou do hotel) para ficar indeciso. Quase todos os bares têm uma vista brutal, musica, cocktails, animação... difícil vai ser escolher.
Isto foi aquilo que nós vimos, mas acredito haver muito mais. Se já lá foram, ou se entretanto forem, partilhem a vossa experiência!
E já agora, estão de férias? Por onde?



As manas antes de estarem uma hora aos saltos sem adultos a chatear



Duas amigas da Gabi vieram passar o dia com elas e também quiserem experimentar os insufláveis.


Adeus, até daqui a uma hora. 

E pronto a loucura dos miúdos é no Aquajump.

Meu bebé estiloso. 



Os manos nas suas construções.

O meu bebé adora livros. Numa das bibliotecas de praia.



Sesimbra de noite. Fotografia retirada do google.


A Fortaleza. Fotografia retirada do google.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Há quanto tempo?

Quarenta graus não é temperatura para levar bebés para a praia. Assim sendo, a riqueza (é como quem diz o meu filho) ficou nos avós.
Já eu e o pai, praia connosco.
Chegámos cedo à praia, estacionámos tranquilamente, e lá fomos nós pelo passadiço até ao areal.
- Há quanto tempo não fazemos isto? Vir sozinhos à praia? - perguntou o Zé.
Parámos por momentos e ficámos ali feitos parvos a tentar ter alguma vaga ideia. Este ano nunca o fizemos. O ano passado eu estava a trabalhar durante o verão, portanto também não o fizemos. No ano antes desse estivemos de férias com familiares. 
Basicamente, não nos lembramos, mas talvez uns três anos?! Como é possível?
Estendemos as toalhas na areia. A praia estava cheia mas parecia só nossa. Ficámos ali um bom bocado sentados, só a admirar as ondas que se enrolavam e desenrolavam, a areia carregada de conchas trazidas pela maré, as gaivotas que voavam na imensidão do céu, que apesar de limpo de nuvens estava cinzento do excesso de calor.
Tirámos da mala um livro cada um. Foi vez de pensar quando foi a última vez que lemos um livro. Há demasiado tempo. 
Quando o Gustavo nasceu li o livro "O primeiro ano do bebé". Foi a minha bíblia durante alguns meses. Mas um livro que tivesse lido só pelo prazer de ler, não sei mesmo quando foi a última vez, mas foi certamente antes do miúdo nascer.
Abri o livro e mergulhei na história. Um drama cheio de suspense e mistério, daqueles que nos impede de fechar o livro. Só mais uma página. Afinal só mais uma. Ok, não vou parar.
Cada um de nós estava concentrado na sua leitura. Mal falámos, mas bastava estarmos ali os dois sossegados, tranquilos, sem ter que mudar fraldas, dar comida, dar colo, e todas essas coisas que fazem parte da vida de casal enquanto pais.
Sou mesmo uma verdadeira fã de praia e de verão, mas de facto com crianças não é a mesma coisa. Não que seja mau, é apenas diferente. Estava mesmo a precisar de passar um dia de praia ao meu gosto, e não ao gosto do meu filho.
Não sei como estive tanto tempo sem o fazer. Por vezes o Gustavo até vai passar o sábado ou o domingo aos avós, pelo que eu e o Zé estamos livres para alinhar num programinha bom. Depois pensamos que dava jeito aproveitar estar sem ele para ir às compras. Ou para limpar a casa. Ou simplesmente para dormir. E não fazemos nada do que tínhamos idealizado.
Hoje foi um bom dia. Foi mesmo um dia magnifico. E vou repetir ainda este verão, mais um dia de praia sem o meu filho. E não me sinto nada mal por isso.




Soube-me pela vida.



quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Diferença de idades (do que me fui lembrar)

- Já ligaste ao teu avô? - perguntou o Zé.
- Eis esqueci-me vou já ligar.
Entretanto enganei-me e pus o telefone a ligar para o Zé. Diz ele:
- Uma coisa é ser teu pai, outra teu avô.

E foi assim que me lembrei de duas situações do início da nossa relação.



Eu estava a fazer os 26 e o Zé tinha 38. O Zé parecia ter a idade que tinha, já eu parecia uma miúda ( e continuo a parecer claro cof cof).
Fomos ao batizado de um sobrinho do Zé, e uma prima dele que não o via há muito tempo diz, referindo-se a mim:
- Oh meu Deus a tua mais velha está enorme!!!!
- Esta é a minha mulher. - responde o Zé.
A senhora não sabia onde se enfiar. Nós rimos.


Certo dia, um técnico da NOS ia a nossa casa resolver um problema.
Quando entro em casa diz o senhor olhando para mim:
- Ah, pensava que só tinha duas filhas.

Entretanto lembrei duma terceira, mas já mais tarde, passados uns três anos, quando engravidei fui sozinha à primeira consulta. O Zé estava a trabalhar e eu também pus na cabeça que queria ir sozinha.
Quando a senhora estava a preencher a minha ficha perguntou a minha idade:
- 27. - respondi eu.
De seguida perguntou a do pai do bebé.
- 40. 
Parou de escrever e esteve ali uns segundos parada no tempo. Depois disfarçou e continuou a consulta.

Tenho noção que não é a coisa mais comum do mundo. Normalmente os casais conhecem-se na escola ou na faculdade, andaram na mesma turma ou escola, tinham amigos em comum. Antes do Zé os meus namorados também eram da minha idade, mais ano menos ano. Portanto não levo mesmo nada a mal a admiração das pessoas.
Até a minha família e amigas mais próximas, no início estranharam. E estranhar não é criticar nem desaprovar. Desperta alguma curiosidade julgo eu, e isso não tem mal nenhum. 
A minha mãe nunca se meteu nas minhas relações (nem mesmo quando se devia ter metido ahah). Disse-me apenas que com uma ex mulher e duas filhas, podia não ser fácil. Por acaso acho que foi precisamente a minha idade que facilitou o processo com as miúdas do Zé. A mais velha e eu trocamos roupa, para terem noção. Nunca me viram como uma substituta da mãe nem eu nunca me apresentei como tal. Era a Catarina, que segundo elas era fixe e parecia uma adolescente, e que por acaso namorava com o pai.
Acho que o facto de eu ter menos 12 anos e tal do que o Zé contribuiu para a relação funcionasse. Eu própria não me aturava enquanto namorada. Não tenho um feitio fácil de aturar, nem paciência para m*erdinhas desnecessárias. Acho que só mesmo um homem mais velho para fazer a coisa funcionar. O Zé tinha duas filhas a viver com ele, portanto era uma relação a quatro. Tive de me tornar obrigatoriamente mais "crescida", ponderada e sensata nisto dos amores.
Também há amores menos comum por aí? Contem-me tudo. 



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Hoje sinto-me com 26.

(Foto de mensagens e frases para o face, no google)