segunda-feira, 30 de abril de 2018

Fomos curtir a vida, sem homens, na kidzania

Ainda antes de ter um filho eu já tinha esta perspectiva: éramos 4 cá em casa e era fundamental termos momentos em que não estivéssemos os 4.
Por exemplo, eu fui a um festival de verão com a mais velha. O Zé foi jogar bowling com a mais nova.
As crianças são diferentes, têm idades diferentes, gostos diferentes, e para mim é fundamental que tenham experiências diferentes.
Desta vez deixámos os homens em casa e fomos as três para a Kidzania.
A Matilde (a mais nova) estava simplesmente eufórica. A Gabriela (a mais velha) de início não queria ir, depois afinal queria ir mas só para acompanhar, porque já não achava piada. Eu, que já tinha ido em trabalho, ia já preparada para um mega dia de seca. Mas afinal não foi.
A Matilde ao chegar lá foi à vida dela (assim que chegam é-lhes colocada uma pulseira de segurança para andarem à vontade). Se ela pudesse vivia lá juro. A mais velha que já era muito crescida para aquilo, acabou por se divertir tanto ou mais que a irmã participando em imensas atividades. Eu, que sinceramente não tinha gostado nada daquilo quando fui com a escola.. ADOREI. É que é completamente diferente ir a trabalhar e ir em família. Descobri coisas que nem sabia que existiam. A kidzania tem uma sala gigante para os pais, com uns sofás grandes e super confortáveis, uma grande televisão a passar filmes, revistas, livros, maquina de comes e bebes. A sério?? Descobri isto já a meio da tarde e fiquei lá o resto do tempo. Tem também uma sala mais pequena, também com sofás, com uma grande tv ligada a dar desporto. Portanto agora não há desculpa para os pais não irem com os filhos.
Quanto às crianças, aquilo de facto é um mundo. Quando fui em trabalho não consegui ver nem metade, e com a responsabilidade de ter um grupo a meu cargo tornou-se estafante.
Realmente é um parque de diversões, mas um parque com muito sentido de responsabilidade e que dá às crianças a noção  do que é a vida real. Por exemplo, a Gabriela queria ir fazer piza, mas já não tinha dinheiro. Então foi trabalhar para ganhar o seu próprio dinheiro.
Aquilo tem todas as profissões que possamos imaginar. Elas foram: pediatras, engenheiras alimentares, colaboradoras duma fábrica, guias turísticas, operadoras dos correios, colaboradoras de uma loja, estudantes de uma universidade, enfim. Estivemos lá 6 horas e viemos embora porque eu tinha o bebe para ir buscar, mas elas ficavam lá mais tempo se pudessem.
Já agora em relação aos bebés: eu optei por não levar o meu, mas realmente podia ter levado. Tem um espaço muito agradável desenhado a pensar nas crianças pequenas que não podem fazer as atividades. Tem colchões, mesinhas pequenas, brinquedos. Os pequeninos podem sem dúvida passar lá um bom bocado, comer, brincar ou fazer a sesta.
Eu referi aqui algumas das atividades que elas fizeram, mas existem muitas mais. Elas não conseguiram ir por exemplo ao avião e à discoteca, fica para uma próxima. SIM porque vai haver uma próxima.

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Maternidade

Fábrica

Lidl

Praça central da Kidzania

É mau para ele e para ti

Este miúdo, como todos os miúdos diria, é de fases.
Uma dessas fases foi a fase de mama. Tinha cerca de três semanas de vida. Pedia para mamar, sugava leite umas duas ou três vezes e depois ficava só ali enroscado.
A certa altura já era esgotante para mim confesso. Mas se ele chegava sugar, devia ter fome, sei lá. Mas se tivesse fome, comia mais, sei lá.
Acho sinceramente que não tinha fome, que só queria aquele "namoro" de estar ali pele com pele enroscado naquilo que melhor conhecia: a sua mãe.
"Ai mas tu não deixes, depois vai ser muito complicado" dizia uma amiga mais.
"Isso é mau para ti e mau para ele" dizia o pai da criança.
O pai da criança estava muito errado, e eu perdoo porque ele não tinha mamas nem leite. Na verdade era bom para mim e bom para ele. Era um momento nosso onde ambos ficávamos descansados sem pensar em nada.
Se em termos médicos ou o que quer que seja estava correto? Sei lá. Se para mim estava? Sim.
E nunca tive problemas com isso. Lá está, foi uma fase. Dum dia para o outro só mamava para comer mesmo. E dum dia para o outro deixou de mamar.

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O nosso momento.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Parece um filme, mas foi o meu parto

Acordei de manhã enjoada e com dores de barriga. Como foram muitas as vezes que me senti assim na gravidez não dei grande importância.
Já estava de 39 semanas e 4 dias, mas o colo do útero estava demasiadamente subido e rijo, pelo que tudo indicava quer pela médica de família quer pelo obstetra que teria de se induzir o parto. Tinha dores sim, mas tive durante os 9 meses e não eram assim tão diferentes.
Estava cansada da gravidez. Eu sei que a maioria das mulheres adorou estar grávida, mas eu não.
Nessa manhã, já saturada, farta, enjoada e com dores só tinha vontade de chorar. Estava irritada.
Tinha consulta marcada e lá ia eu com o meu marido. Tinha mais dores e estava a começar a sentir-me mesmo mal. Nunca em toda a vida nenhuma de nós tinha sido mandado parar numa operação stop. Até esse dia. Epah, a sério??
"É favor encostar" disse o agente um pouco arrogante. Foi aí que eu comecei a chorar desalmadamente. Só queria chegar à porcaria do médico e que me tirassem o miúdo.
O Zé, calmo como sempre tenta a sua sorte: -" Desculpe senhor agente...". A resposta foi um rude e bruto "Já mandei encostar". 
Quase a medo o Zé põe a cabeça de fora da janela e diz que a sua mulher estava grávida.
Só queria ter filmado a cara do senhor ao olhar para uma gravida no fim da gravidez a chorar e em pânico com as dores. Foi genial juro. "Sigaaa sigaaaaa" gritou o agente ahah.
E seguimos.
Ao chegar à consulta estava mais calma e as dores abrandaram. Tinha contrações, eram disso as dores. Mas o colo do útero continuava tão rijo e em cima que não havia sinais do bebé querer sair por ele. Marcámos a indução do parto para daí a 8 dias.
Assim que saí da consulta as dores começaram a intensificar ligeiramente. Já tinha lido sobre o toque fazer a mulher entrar em trabalho de parto mas não me parecia o caso.
Entretanto recebi uma mensagem, tinha ganho um telemóvel num passatempo de natal ao qual tinha concorrido. A sério???
Fui almoçar à minha mãe. Não comi nada. Fiquei só sentada no sofá com dores. Tinha ido ao médico que me disse que não estava para breve e eu acreditei. Tinha tido dores a gravidez inteira. Não pensei que fosse o Gustavo a querer sair.
Voltei para minha casa onde passei a tarde no sofá cada vez com mais dores.
Ao fim do dia mandei mensagem ao médico que me mandou dirigir-me ao hospital. 
A minha mãe veio trazer-me roupa que tinha lavado a minha casa e quando entra dá por mim a  chorar e gritar porque estava com muita prisão de frente e queria fazer cocó. Ok é ridículo mas cheguei a tomar um dos laxantes que o médico me receitou para a prisão de ventre porque sofri muito com isso durante os últimos 3 meses. A sensação era igual. Sim, também já tinha lido sobre isso, mas continuava a confiar que ia ter de induzir o parto. "VAI JÁ PARA O HOSPITAL ISSO É O BEBÉ". 
No caminho disse ao Zé "Chegamos lá e vão mandar-nos para casa. Eu sei que isto são aquelas dores que já tive e disseram que era só cansaço e stress. Mais valia não irmos."
O próprio pai da criança achava o mesmo. Primeiro, durante a gravidez fui duas vezes ao hospital com dores muito fortes de barriga. Não era nada. Segundo o médico tinha dito que não estava para breve. 
Lá chegamos às urgências donde já não saímos.... sem o Gustavo, que nasceu 3 horas depois no meio de complicações. Mas isso já fica para outro post.


E essas histórias do parto? Contem-me tudinho vá. 


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Depois da epidural 'Ta-se bem

Meu deus. "isto" é meu? Eu fiz "isto"?

Não quero parar de olhar para ti.

Pai é pai.

Mãe é mãe. Sente e sabe coisas que os pais nunca vão sentir ou saber.
Mas pai é pai.
Pai é embalar o bebé quando tem cólicas na esperança que o seu colo maior o acalme. È trazer o bebé para a sala e fechar a porta para que a mãe consiga descansar (eu não conseguia mas ele tentava).É ir a correr fazer o biberão quando a mãe já não tem leite mas o bebé ainda está esfomeado. É dar banho ao bebe recém nascido porque a mãe tem medo de deixar o bebe escorregar. É tratar do cordão umbilical porque a mãe tem medo de magoar o bebé. 
Gustavo, tens muita sorte com o pai que te calhou. Mas mesmo assim podes gostar mais um bocadinho de mim do que dele. 

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A descansar das cólicas no colo do pai. 

terça-feira, 24 de abril de 2018

Em defesa das educadoras.

Não é nada fácil ser educadora nos dias de hoje.
Este texto não é uma queixa. É sobre factos na vida de muitas educadoras.
Sinto que esta profissão é cada vez menos valorizada. Mas conto-vos algo sobre as educadoras.
Nós tratamos cada menino como se fosse nosso. Nós damos colo, amor e carinho.
A frase mais triste que um menino já me disse, tinha eu acabado de sair da faculdade, foi "Gostava que fosses a minha mãe."
Quando um menino se magoa o nosso coração cai ao chão. Ontem o meu filho que tem 15 meses, não sei como deu um mortal ao sair do sofá e aterrou no chão. Acreditam que lidei com isso com muito mais calma do que lido com são os filhos dos outros? É uma responsabilidade brutal.
Sabem que quando deixamos de seguir um grupo choramos? Que quando os voltamos a ver passados uns anos na rua nos apetece ir a correr pegar neles e abraça-los mas que até temos vergonha?
Têm noção das vezes em que abdicamos das horas de almoço? Muitas. Porque a criança X chora que quer a mãe e não a conseguimos deixar. Ficamos ali até adormecer para a sesta. Porque a criança Y está a arder em febre e só descansamos quando conseguimos contactar os pais. 
Sabemos que o menino A não come tomate porque não gosta, mas que o menino B está só num dia de birra. Sabemos de quem são quase todos os casacos da sala. E todos os chapéus. E todos os brinquedos.
Aqueles trabalhos fofinhos que os meninos fazem para o dia da mãe ou do pai, são muitas vezes, principalmente em escolas públicas, feitos com materiais que a educadora compra com o seu dinheiro, porque quer.
Aqueles miminhos que as crianças recebem quando alcançam um feito importante como deixar a chucha, também é a educadora que compra, porque quer.
E todas as vezes que faltamos às festas da escola dos nossos filhos, porque estamos na festa da nossa escola com os filhos dos outros? Não é fácil.
Recentemente saí dum emprego onde estava como professora por acaso, e não como educadora. Ainda ontem estive mais uma vez que tempos a falar com uma mãe sobre as notas dos seus filhos e sobre a escola para onde a mais velha vai mudar. 
Recentemente fui ver uma exposição que achei que um ex aluno ia gostar, e liguei à mãe dele só para dizer isso. 
Vou a todas as festas de aniversário para que sou convidada pelas famílias dos meus meninos, porque efetivamente faço parte da vida deles. Passo mais de oito horas por dia com eles. Gosto mesmo, mas mesmo deles, e de estar presente na vida deles. É um privilégio do caraças, conseguir manter contacto com eles e com as suas famílias fora do meu horário de trabalho.
Porque eu posso sair da vida deles profissionalmente, mas eles continuam no meu coração.
E ser educadora é dar tudo de nós, sem esperar nada em troca.
E não esquecer as auxiliares que trabalham connosco e a quem devemos tanto. Muito deste texto também se aplica a elas.


Já lá vão 10 aninhos disto.


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Bebés e ginásio. Ser mãe é desculpa?

Cada vez mais parece obrigatório uma mulher cuidar da sua imagem e frequentar o ginásio, e ter um filho não é desculpa. Ou será?
Dum dia para o outro tinha um bebé nos braços, dormia 2 horas por noite e com sorte uma 1 por dia. Dava de mamar, punha a arrotar, embalava para acalmar as cólicas. Isto depois de 16 horas em trabalho de parto e de uma cesariana de emergência.
Tinha uma miniatura que fazia coco até ao pescoço várias vezes por dia. De noite passava pelo menos 4 horas seguidas a gritar com cólicas.
No meio do caos que é ter um bebé a vida continua. Portanto a casa tem de ser limpa, a comida tem de ser feita, o banho tem de ser tomado, a roupa tem de ser lavada, as miúdas têm de ir a escola, os lanches para a escola têm de ser feitos. 
Perdoem-me se no meio deste caos e de dormir 3 horas por dia pus algumas coisas de parte. O ginásio foi uma delas.
Depois tudo começou a acalmar. O bebé dormia melhor e as tarefas da casa faziam-se mais facilmente. Mas foi nessa altura que mudei de emprego e para isso abdiquei das horas de amamentação. Perdoem-me se não ia ao ginásio mas depois de um dia inteiro fora a trabalhar  longe do meu bebé de 4 meses, preferia ir para casa estar com ele.
Tinha o meu bebé 9 meses quando uma amiga entrou para um ginásio perto de nós e me convenceu a ir então com ela só duas vezes por semana. 
Para eu ir ao ginásio, na hora de almoço ia a casa a correr aspirar por exemplo. Assim quando chegasse o tempo era mesmo todo para o bebé. Mas há mães que não conseguem ir a casa à hora de almoço.
Para eu ir ao ginásio, o meu marido ficava com o Gustavo. Mas há mães que não têm maridos com horários que lhes permitam fazer isso.
No meio disto ainda tenho família que me ajuda imenso. Mas há mães que não têm.
Portanto ter um filho É DESCULPA para não ir ao ginásio.
Hoje foi dia de treino, o pai ficou com o bebé






domingo, 22 de abril de 2018

E vão dois.

Tenho quase a certeza que os meus familiares e amigos abriram este post a pensar "OMG está grávida outra vez?!".
Não, não estou, respirem.
Faz hoje dois anos que te descobri. Faz hoje dois anos que soube que a minha vida ia mudar para sempre.
Foste pensado mas ainda assim foi um choque. Não estava à espera que fosse logo. Quer dizer o teu pai já tinha quarenta anos e isso podia atrasar a coisa, sei lá.
A Joana soube antes do teu pai. Um dos riscos não era tão escuro como o outro e precisava da opinião duma recém mamã antes de dizer ao teu pai que o mundo dele também ia mudar. Tenho quase a certeza que ela ficou mais histérica que eu, parecia que era ela a grávida. 
Não tive aquele click automático do "Yuupiii estou grávida oh meu Deus acho que até já vejo a barriga."
Foi com o tempo.
É maravilhoso recordar. Há dois anos mal eu sabia o amor que aqueles dois risquinhos significavam. 
22- 04- 2016

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Que sejam de sempre para sempre, como as mães.

Conheço a minha grande amiga desde que nasceu.
Agora o filho dela conhece o meu filho desde que nasceu.
Que sejam como nós somos, de sempre para sempre, mas com mais juízo do que as mães. Até porque as mães sabem todos os truques que usaram, como "Se a minha mãe ligar diz que estou contigo ok?" (agora as nossas mães, vossas avós vão saber) por isso vão ter de se esforçar muito para nos enganarem. E nem pensem que vão sozinhos para a discoteca como nos íamos, porque só nos sabemos como era. E não vão de férias juntos, porque só nós sabemos como era. E não vamos aceitar que nos troquem na adolescência por uma gaja qualquer.
Que continuem assim, a caminhar de mão dada para o resto da vida, tal como as vossas mães.
Ah, e brevemente vão ficar em casa para as mães irem jantar fora, gostamos muito de vocês mas há conversas que não podem ouvir.
Gustavo com o seu amigo G.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Queria dar um bisneto aos meus avós.

Queria e dei.
Queria muito que o meu filho conhecesse os seus bisavós. E conheceu.
Muitas pessoas à minha volta não tiveram ou não têm grandes relações com os seus avós. Ou porque faleceram cedo, ou porque vivem longe, ou apenas por destinos diferentes.
Eu sempre vivi a 5 minutos dos meus avós. Dar-lhes um bisneto foi a minha grande alegria.
Nenhum deles estava à espera e eu sabia que quando desse a notícia a maior alegria seria da minha avó Áurea que por muitas vezes tinha comentado "Que pena agora as pessoas terem filhos tão tarde, nunca vou conhecer os meus bisnetos."
- A sério? Oh estás a brincar. - foi a sua reação quando soube.
Estava feliz com a ideia de que eles iam acompanhar o Gustavo por muito tempo. Sim, porque apesar de estarem nos oitentas estão aqui para as curvas. Ou pensava eu.
Foi com um grande aperto no coração que vi a minha avó paterna partir há duas semanas levada pela doença. Não era suposto ser assim. 
Ainda me custa pensar nisso. Mas consegui, ainda que por pouco tempo, dar-lhe a alegria de ver as gracinhas do seu bisneto. E isso quase que basta para me tranquilizar. Quase, porque não me despedi como queria. Mas nunca nos despedimos o bastante de quem amamos, certo?

Gustavo com a bisavó. 2017



quinta-feira, 12 de abril de 2018

Não somos tradicionais mas somos felizes.

O blog tem como nome O nosso, as dele e os dos outros.
Na sua breve apresentação já dá para perceber que não somos uma família tradicional e que me juntei com um homem que já tinha duas filhas.
Mas o que é isso de família tradicional? Será isso o mais importante?
As famílias tradicionais tendem a desaparecer dando lugar a famílias felizes. Claro que há famílias tradicionais felizes, mas a verdade é que vejo em todo o lado casais divorciados, mães solteiras, casais que se juntam ambos com filhos de casamentos passados, etc. Longe vai o tempo em que um casamento tinha de ser mantido em prol dos filhos e do olhar da sociedade.

Muito me têm perguntado à cerca desta família. Fica aqui então a nossa apresentação. Estes, somos nós. Esta é a minha família. 


E por aí, há mais famílias assim? Contem as vossas aventuras. ❤




Catarina.

Tem 29 anos, é educadora, professora de primeiro ciclo e autora deste blog.
Juntou-se com o Zé com quem tem um filho de um ano de idade.
É uma pessoa muito extrovertida com aqueles que conhece bem. De início não gosta de dar muita confiança. É verdadeiramente amiga dos seus amigos e muito ligada à família: estão sempre em primeiro lugar. Sejam pai, avós, primos...
Adora praia, calor, fazer jantaradas com os amigos, ir ao cinema e brincar com o seu filho. Adora trabalhar com crianças e não se via a fazer mais nada. É frontal e impulsiva, mas com o tempo tem aprendido a ficar calada quando o silêncio é a melhor arma. Não consegue esconder quando não gosta de alguém e não é propriamente a miss simpatia.
É muito esquisita com a comida. Detesta feijão, favas, grão, ervilhas, brócolos, lulas, polvo, coelho, ovas, salmão, rabanete ..... 
Tem duas enteadas de quem gosta muito e ralha mais com elas do que o próprio pai.
Gosta muito de viajar mas fá-lo pouco por falta de dinheiro. Adora ler mas fá-lo menos do que gostaria por falta de tempo.


.

Tem 42 anos e é professor de primeiro ciclo.
É divorciado e tem duas filhas do anterior casamento e um filho com a recente companheira.
É caseiro e não tem por hábito fazer muitos planos. Por esse motivo não está muitas vezes com os seus amigos apesar de todos os dias dizer "Epah tenho mesmo de ir ter com eles ao café." ou "Epah a ver se ligo ao Bruno."
Nasceu e viveu numa aldeia, motivo pelo qual continua a adorar tudo o que sejam trabalhos agrícolas. Talvez também por esse motivo, come absolutamente de tudo. Não liga a cultura. Raramente lê, não aprecia concertos nem teatro. Também não adora viajar. Se poder viver entre o trabalho e a casa, está ótimo. 
É a pessoa mais teimosa do mundo. Geralmente é aquela pessoa de quem toda a gente gosta. É super passivo e está sempre tudo bem para ele.


Gabriela.

É filha do Zé e enteada da Catarina.
Tem 13 anos e não gosta nada da escola. Na verdade gosta de ir à escola, só não gosta de estudar e de fazer trabalhos, nem de ter aulas. É viciada em sushi.
É pouco preocupada com o seu percurso escolar mas responsável em cuidar do mano bebé e ajuda bastante nas tarefas domésticas, embora o faça cada vez menos de livre vontade. Conhece todas as músicas da atualidade. Adora estar no telefone a explorar redes sociais e a falar com os amigos. Gosta de festivais de verão e de festas no geral. Detesta banana e é alérgica a gatos.
É uma adepta de viver a vida, ficar em casa não é para ela.
Está a entrar na fase de ser resmungona e achar que sabe tudo. É gozona e muito divertida.


Matilde.

É filha do Zé e enteada da Catarina.
Tem 10 anos e adora a escola. É uma excelente aluna e está sempre em busca de aprender coisas novas. Gosta de quebra cabeças e de desafios. É curiosa sobre tudo o que existe. É pensativa e divaga imenso sobre todos os assuntos e mais alguns.
Joga futebol melhor que muitos rapazes, gosta de andar de skate, detesta saias e vestidos. 
Adora a saga do Harry Potter embora não seja fanática. 
É muito tímida e pouco desenrascada. Demora algum tempo até se sentir à vontade com um grupo novo de pessoas.
Resolve o cubo mágico num minuto e aprendeu sozinha a faze-lo.
A bebida favorita é água e come muito pouco.
É calminha apesar de divertida, e fica muito sentida quando alguém ralha com ela.


Gustavo.

É filho da Catarina e do Zé.
Tem 15 meses e é possivelmente o bebé mais simpático do mundo. Sorri, acena e manda beijos para quem passa por ele.
Adora o Panda e os Caricas e brincar aos sustos com as manas.
Não gosta de ser contrariado e quando o é, bate com a cabeça na parede.
Na teimosia saiu ao pai. 
Dá noites péssimas , e dá com os pais em loucos.

Podem seguir-nos aqui. A minha vida em fotos está aqui



Gabriela, Gustavo, Matilde.2019


Zé, Gabi e Matilde na Serra da Estrela. 2016.

Os três manos. 2018.

Os manos. 2018

Catarina e Gustavo. Rossão, 2018.

Catarina com o Gustavo. 2017.

Zé com o Gustavo. 2018.




domingo, 8 de abril de 2018

Não melguem as grávidas sff


Bom, em primeiro e o melhor, é que na minha gravidez descobri que a maioria das pessoas à minha volta eram obstetras ou pediatras. A sério, sabiam tanto do assunto ou mais que os profissionais de saúde que me seguiam.
O início foi fantástico. A frase que mais ouvia era "ai, mas tens de começar a engordar, tens de comer, tens de pensar no bebé". Sim, porque eu sou a mãe, e nunca pensei no bebé. Aliás, eu adorava vomitar e sentir-me mal e enjoada de manhã à noite, ao ponto de deixar de fazer muitas coisas que gostava por me sentir fraca. Eu adorava levar sermões do médico por estar abaixo do peso. Eu precisava mesmo mas mesmo, que me fizessem sentir mal por não corresponder ao aumento desejado de peso.

Ora, enquanto umas me acusavam de ser uma patrocínio e não engordar, como se fizesse de propósito, outras faziam comentários "ai, estás mais gordinha..e com mais celulite". Isto vindo de pessoas com beeeeem mais peso que eu. Dava vontade de dizer "Então mas eu estou grávida, e tu, qual a tua desculpa?"

Certa semana fui brindada com "mas tens tão pouca barriga para o tempo que tens" e "vais fazer uma barriga enorme, já está tão grande". Isto, no espaço de dois dias de diferença.
Depois, a minha favorita, deixei—a po fim. "Ahhh boa é menino!!!'Ainda bem porque já tens duas meninas!" Tenho?? Ai, não me digam que fui mãe e não sabia?!". Juro, para mim esta ganha a taça. Posso ter duas enteadas que adoro e que trato muito bem, e por quem faço tudo. Mas não são minhas filhas. E esse tipo de comentários são injustos não só para mim, que não sou mãe delas, mas também para elas, que felizmente têm uma mãe. 

Aahhh e aquelas pessoas que nem próximas de mim são e punham a mão na minha barriga sem que eu tenha tempo de reagir...? Menos. Muito menos.

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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Detestei estar grávida e não tenho vergonha de o dizer.

Em primeiro lugar se estás grávida ou pensas estar, este post é desadequado para ti.
Em segundo lugar, esta é a minha experiência. MINHA. Felizmente não são todas iguais.
Em terceiro, pode chocar mas é verdade, detestei estar grávida. E tenho esse direito. Não sou pior mãe por isso.
Decidi que queria engravidar. Mas não foi só isso. Decidi que tipo de grávida queria ser.
Gravidez não é doença e estava decidida a continuar a ser eu, com as minhas rotinas, até o bebé nascer.
Ia continuar a fazer jantaradas com os amigos, ia continuar a fazer planos para todo o fim-de-semana e ia continuar a ir ao ginásio.Se há quem o faça, porque não eu?
Eu digo porquê. Porque cada gravidez é uma gravidez.
Estava grávida de apenas três semanas (percebi depois fazendo as contas) quando fui a uma aula de pump no ginásio e tive de sair, por começar a ter imensa vontade de vomitar e me sentir a desmaiar. "Ok, foi só um contratempo". Na mesma semana decidi ir ao ginásio fazer algo simples, como um pouco de remo ou bicicleta ao meu gosto. Aconteceu o mesmo.
Duas semanas depois disso começaram os enjoos a sério. Enjoos esses que duraram até ao final da gravidez. Não havia medicação que ajudasse.
Segui o conselho do médico de deixar o ginásio de lado e optar por umas caminhadas perto de casa. Das duas vezes que o fiz, sentei-me passado pouco tempo para vomitar, sem sentir as pernas e a ver tudo turvo.
Outro contratempo, ok.
Os enjoos foram piorando. Para além de vomitar, não conseguia comer. Não sei bem explicar, mas assim que olhava para a comida o estômago embrulhava-se e lá ia para o wc.
Grávida e sem conseguir comer sentia-me cada vez mais fraca. Deixei de ter vida social a que estava acostumada porque não tinha forças para isso. Sempre que ia a algum lado sentia-me mal e comecei a sentir-me culpada por "estragar" o ambiente onde quer que eu estivesse.
Os meus avós fizeram anos, e como de costume fomos almoçar fora. Assim que o prato chegou nem fui capaz de olhar para a comida, comida essa que eu tinha escolhido porque me apetecia mesmo.
Tive dores de barriga de morrer. Sim, piores que as contrações que depois vim a ter no parto. Até hoje não sei a que se deviam. Fui duas vezes às urgências, não detetaram qualquer problema. Talvez cansaço ou stress, disseram eles. Numa das vezes em que tive essas dores estava a trabalhar. Foi de tal modo que as próprias colegas ligaram para a saúde 24h e chamaram o meu marido para me levar logo ao hospital.
Ah, e as dores nas costas? Doíam de dia.. de noite. Custava-me a andar, custava-me a dormir.
Ah.. e as caimbras? Eu nem sabia que essa fase existia. Não conhecia ninguém que tivesse sofrido disso, não tinha lido nada sobre isso. Acordava de noite com dores horríveis nos gémeos sem os conseguir mexer. O Zé com a paciência do costume massajava até passar.
O xixi , de que tanto falam. Acordar cerca de seis vezes durante a noite para fazer xixi é sempre agradável.
Sentir o meu bebé mexer dentro de mim... isso sim é mágico, maravilhoso. Mas só até ao bebé estar tão grande que crava os pés nas nossas costelas.


Ps: ainda assim, pelo Gustavo passava por tudo outra vez. (mas perdi a coragem de fazer outro)
Ps2: Tenho muitas amigas que tiveram uma gravidez de sonho, não fiquem assustadas.
9 meses 

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