Hoje venho escrever-vos sobre a nossa primeira ida ao oceanário.
Eu já tinha ido algumas vezes enquanto educadora e o Zé enquanto professor, mas nunca tínhamos ido juntos. A Matilde também já tinha ido com a escola, e para o Gustavo, foi uma estreia.
Foi na manhã do feriado que perguntei
ao Gustavo se ele queria ir ao Oceanário. Já lhe tinha falado disso algumas
vezes e ele já tinha visto fotos. Respondeu um grande “sim” muito satisfeito.
Já tínhamos pensado nisso algumas
vezes, mas o valor elevado (para a nossa carteira claro) fez sempre com que
fosse adiado.
Só depois de já ter combinado com o
miúdo ir ao aquário gigante, em conversa com uma amiga enquanto lhe falava dos
meus planos para uma tarde em família, ela me responde que nos arranjava
bilhetes a metade do preço para os adultos (as crianças seriam grátis, como também
foram no feriado). Ainda tentei negociar com o meu filho, mas ele é de ideias
fixas e já estava a contar ir.
Quando chegamos deparei-me logo com
uma grande fila. Respirei fundo e pensei “aguenta, há aqui muito espaço para os
miúdos correrem enquanto estamos na fila”. Esperei uma hora na fila, no meio de
frio vento e chuviscos. Também já tinha alguma fome.
Mal chega a nossa vez, o Gustavo pede
colo ao pai. Diz que tem medo de ser comido por um tubarão ou por um peixinho.
Se por um segundo se entusiasmava com aquilo que via no aquário, no segundo
seguinte gritava para ir embora porque aquilo não era nada giro. Nem às lontras
ligou, nem sei se chegou a olhar para elas. Não quis olhar para os pinguins, que tinha adorado ver no Zoo. Perto do primeiro aquário havia um
jogo de cubos para formar peixes. Não queria sair de lá, pelo que teve de sair
arrastado. Esteve o restante tempo a fazer birra porque queria o jogo dos
peixes. (Não sei como são as birras dos vossos filhos, este abre a goela,
berra, bate os pés, e não verga. Pode estar nisso cinco minutos ou uma hora.
Umas vezes conseguimos que se acalme, outras não, faz parte.) A parte de baixo
do Oceanário foi vista a correr, mais ainda, em modo flecha. Acho que nem se pode considerar vista. Mesmo
no final, havia uma salinha pequena com atividades para os miúdos onde estava
um escorrega. Pronto, foi o momento alto do dia. Meia hora a visitar o
oceanário inteiro e outra meia hora no escorrega.
Para finalmente sairmos, tivemos de
atravessar uma loja cheia de coisas giras e chamativas para as crianças
(espertinhos…) e claro que o rapaz quis levar qualquer coisa. Na verdade quis
levar duas coisas. Noutro dia eu não tinha cedido, mas aquilo que escolheu não
era assim tão caro e eu não aguentava mais uma gritaria, já tinha a cabeça a
latejar. A Matilde escolheu uma caneta que em menos de uma hora foi parar ao
lixo por engano no meio de papeis.
Ao chegar a casa, reparei então que o
jogo e o peluche que ele tinha trazido não foram quinze euros juntos, mas
quinze euros cada. Fixe.
No dia seguinte, mal acordou, o
Gustavo perguntou quando ia novamente ao Oceanário porque tinha gostado muito,
principalmente do escorrega e da loja.
Enquanto me lembrar, não volto a por os pés no oceanário. Fiquei ligeiramente traumatizada. Todas as crianças que conheço adoram lá ir... menos o meu, claro.
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