segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pensar na morte, depois de ser mãe.

Sempre tive algum medo da morte. É aquele "local" desconhecido sem certezas absolutas. Ninguém sabe realmente como é morrer porque nunca ninguém voltou para contar. Gosto de pensar que depois da morte, não há nada, apenas deixamos de existir e de sentir. Se for realmente isto, menos mau. Depois penso nalgumas teorias ou opiniões de que voltamos a nascer noutro corpo, ou que ficamos lá em cima (seja lá onde isso for) a ver tudo o que passa cá em baixo, e desejo seriamente que seja eu a estar certa.
Tento simplesmente não pensar neste assunto porque me assusta um pouco, mas desde que o Gustavo nasceu ficou mais difícil não pensar nisso.
E se um dia eu morrer? E se brevemente eu morrer? Parece tão estúpido pensar nisto. Depois vejo as notícias, e apercebo-me de que todos os dias morrem pessoas da minha idade, seja por doença ou acidente. É pouco provável, mas as outras jovens da minha idade que faleceram pensavam o mesmo.
Devia agarrar-me ao facto de ser mesmo pouco provável e nem sequer pensar nisso, mas como pessoa pessimista que sou, penso antes "se aconteceu com elas, pode acontecer comigo".
No último ano, duas crianças que conheço e com quem convivi de perto, perderam a mãe por motivo de doença. As mães eram duas senhoras normalíssimas e felizes. Nada faria prever que ficassem doentes. Num dia estavam bem, no outro dia estavam doentes. Num dia estavam cá, no outro não. Num dia essas crianças eram felizes e ouviam histórias de boa noite contadas pelas mães, no outro dia não.
Todos os dias chego a casa e o Gustavo vem a correr ao ouvir a campainha. Ouço-o lá dentro com risinhos de excitação perguntar ao pai se é a mãe.  E se um dia não for? E se um dia a mãe não voltar?
Uma parte de mim não quer sequer colocar essa hipótese, outra parte de mim pensa nas duas crianças que conheci.
Fico cheia de dúvidas e de preocupação. As minhas grandes amigas iam continuar a estar com o Gustavo? Porque imagino que fosse estranho combinarem alguma coisa com o Zé para verem o Gustavo. Logo o Zé que não combina nada com ninguém, nem com os seus amigos ou família. E como ia o Zé gerir tudo sozinho? Mais que isso, como ia aguentar? Ia o Gustavo viver num ambiente de depressão e tristeza? E as pessoas todas em redor da nossa vida, iam apoiar o Zé e miúdos mesmo para sempre? Ou só naqueles primeiros tempos em que o sofrimento é novidade?
Não sei como é que uma família supera uma perda destas. Não imagino a dor com que se deparam. Não sei como conseguem aprender a lidar com isso. 
Passo largos momentos a pensar nisto. Fico a sentir-me sem ar e enjoada. Ultimamente acontece quando ele adormece e fico a olhar para carinha perfeita e tranquila do Gustavo. 
Não sei se acontece com mais alguém, mas eu sinto-me um misto de ridicula e parva por não viver o momento com os meus medos.


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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Gabriela no fim dos catorze


A Gabriela faz 15 anos.
Quando estamos juntas na rua ainda somos confundidas com mãe e filha, mas cada vez mais como irmãs. Acho ótimo. A miúda está a ficar velha mas eu continuo jovem.
Às vezes alerto o Zé para certas questões relacionadas com essa idade, mas ele acha que ela ainda só faz quinze anos. Já eu acho que ela já faz quinze anos.
O Zé coitado, não se lembra dos seus quinzes anos, já foram há bem mais tempo que os meus (muahahah).
Ponho-me então a pensar nos meus quinze anos e fico na dúvida se devo fazer algumas confissões sobre essa idade ao Zé. Talvez seja melhor não. Por um lado, para o Zé não entrar em pânico, por outro lado porque a minha mãe segue o blogue.
Pessoas da minha idade (31) dizem frequentemente que os miúdos de hoje em dia crescem depressa demais e rapidamente se tornam rebeldes. Depois lembro-me de mim, e dessas pessoas com essa idade.
A grande diferença para mim, são as tecnologias. Efetivamente vejo menos crianças e jovens a brincar ou simplesmente estar nas ruas, e a estarem muito mais tempo em casa em frente a uma televisão ou computador.
Até aos meus catorze anos ia todas as noites para a rua com os miúdos do meu prédio, éramos imensos. Se enquanto éramos mais novos jogávamos às escondidas, mais crescidos andávamos de bicicleta ou apenas estávamos ali, na noite, sentados no muro a conversar sobre tudo e sobre nada.  Mas no que diz respeito a namoricos e curtes, era exatamente a mesma coisa.
É verdade que com essa idade não andava com as maminhas de fora como muitas miúdas hoje andam, mas a bem ver, não as tinha. Também não me maquilhava tipo Kim Kardashian, mas ainda hoje não o sei fazer. Não fumava porque não suportava o cheiro do tabaco, mas ainda me lembro de nas horas de almoço da escola irmos para um parque lá perto com umas belas garrafas de vodka. Eu só molhei os lábios, mas dois amigos meus ficaram de tal modo que de tarde, vomitaram a sala de aula inteira, incluindo a professora.
Acho que os adolescentes não mudaram assim grande coisa, nós é que mudámos porque estamos a ficar cotas e agora temos talvez um pouco de inveja desses tempos de glória.
Força Gabi, aproveita a vida na descontra enquanto podes.




Gabriela, a estilosa

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

A minha história no vosso blogue - tirar a vida à minha filha


Quem me conhece sabe que gosto de ter tudo controlado e quando pensei em aumentar a família não foi diferente.
Estávamos em 2013  e decidimos ter o nosso primeiro filho. Fiz todos os exames possíveis antes da gravidez e porque não queria começar esta nova etapa e depois descobrir que havia problemas por tratar.
Mal começámos a tentar, engravidei. Foi uma imensa felicidade para toda a família!
Fiz a minha primeira ecografia às onze semanas. O médico achou melhor repetir às treze semanas alegando que o bebé estaria mais desenvolvido.  Repeti a ecografia e o médico afirmou estar tudo bem. O médico de família concordou, e eu estava radiante, vinha aí o meu bebé.
Chegou o dia por mim mais aguardado, a ecografia morfológica. Estava grávida de vinte semanas e muito curiosa por saber o sexo do bebé (desejava muito uma menina). Fui a uma médica xpto recomendada por imensas pessoas, pois a situação de ter de repetir a primeira ecografia tinha-me deixado um pouco nervosa.
O pai do bebé estava a trabalhar, por isso foi a minha irmã que me acompanhou enquanto a médica me fazia a ecografia.
“Se me conhecesse, sabia que o facto de não estar a falar muito era mau sinal… mas vou explicar-lhe tudo com calma”. Foram estas as palavras que começaram o meu pesadelo.
“Começamos pelos rins mãe. Má formação grave num deles”. Ok pensei eu, pode viver só com um rim. “O bebé tem seis dedos em casa mão”. Sem problema mais uma vez, não era grave e podia ser operado mais tarde. Mas os problemas continuavam: fenda labial grave, problemas no coração e partes do cérebro que não tem. Probabilidade enorme de morrer ainda antes do nascimento.
Percebi que era mau, muito mau. Descobri também que o meu bebé, que mexia, dava pontapés e reagia à minha voz, era a tão esperada menina.
A médica chamou outra colega para uma segunda opinião, e ambas desconfiavam que fosse trissomia 13. Explicaram que devia ser encaminhada para o hospital, onde decisões teriam de ser tomadas, pois ainda que a bebé nascesse viva, não iria sobreviver muitas horas. A minha decisão de não avançar com a gravidez estava tomada mesmo antes de falar com o pai.
Pensei que seria chegar ao hospital e resolver tudo na hora, seria mais fácil assim, como arrancar um penso da pele. Mas fui enviada para casa onde iria aguardar enquanto tratavam do processo. Fosse lá isso o que fosse.
Foram as piores semanas da minha vida. A minha bebé estava dentro de mim, viva, a reagir a todo o tipo de estímulos, e eu só pensava em acabar com a sua vida. Comecei a rejeitar a minha filha, pois amá-la doía demais. Implorava para que ela não se mexesse para não me relembrar que tive um bebé desejado e vivo, dentro de mim.
Fui chamada à maternidade para tratar de questões burocráticas. Durante esse processo foram incrivelmente frios comigo e desumanos com a minha dor. Obrigam-me a fazer uma ecografia e a voltar a ouvir o coração da minha menina. Como se fosse preciso que me relembrassem que ela estava viva e que eu é que tinha de lhe tirar a vida. Como se não bastasse, mandam-me para casa esperar mais duas semanas porque não tinham vaga antes para tratar do assunto. O assunto era por fim à vida da minha filha.
Passei essas semanas fechada em casa. A gravidez era visível e não queria perguntas. A minha filha mexia-se constantemente como que a implorar um desfecho diferente.
Os dias arrastaram-se até à véspera do internamento onde me despedi da minha filha e pedi-lhe desculpa pela minha decisão, senti culpa pois estava a escolher perdê-la, no meu coração pairava “e se for tudo engano?”
Dei entrada numa sexta-feira, estávamos em Fevereiro 2014.  Deram uma injeção no coração da minha filha para parar de bater (estes bebés não nascem vivos). Esta parte foi incrivelmente violenta para mim, ter de estar ali assistir a tudo. Segui para o quarto onde nas camas ao lado eu achei que estariam mães como eu mas o que encontrei foram duas mães a abortar de bebés saudáveis. Foi uma  crueldade para mim ter de ficar ali, a minha raiva era proporcional à minha dor... A  minha filha que tanto desejei tinha de desaparecer. E ali estavam elas, a tirar a vida a bebés saudáveis e perfeitos.
Sábado à noite começo com contrações fortes e vou para a box. Tenho um desvio na coluna por isso sou picada sete vezes até conseguirem apanhar sítio para darem a epidural. A anestesista é brusca comigo dizendo para parar de chorar pois não tarda já tenho o meu bebe... não sabe que não vou ter o meu bebe...
A indução continua, é domingo de manhã e dizem-me que quando tiver vontade de fazer força que faça. Deixam-me a mim e ao meu marido sozinhos. Afinal aquele bebé já está morto, não precisam de cuidados para que não tenha problemas no parto. Vomito, sinto a minha filha quente a sair, tocamos a campainha.  Quando finalmente alguém chega, traz uma bandeja para por a minha filha. Grito que a tirem das minhas pernas, não a quero ver nem sentir.
O meu único arrependimento é não ter visto nem pegado na minha filha, gostava que alguém tivesse tirado fotos para quando eu fosse capaz conhecer a minha filha, gostava que a tivessem enrolado num lençol e fosse tratada como bebé e não lixo orgânico.
Seguiu-se um longo período de recuperação mental. Tive apoio psicológico que ajudou muito, e amor das pessoas ao meu redor.
 Durante o período pós perda eu fui uma pessoa diferente, amarga, revoltada, invejosa. Eu queria tanto ser mãe, o sentimento de injustiça era gigante.
O tempo passou e eu fui recuperando. Em novembro 2014 chega o esperado positivo. A minha filha nasce 2015 e hoje em dia sou uma pessoa radiante. Em 2018 nasce o mano e agora sou uma pessoa completa!
Uma experiência destas marca-nos, hoje sei que ser mãe não é um dado adquirido, quero quebrar tabus, a minha filha sabe da mana que não conheceu e falo abertamente do assunto, se eu tivesse ficado presa naquela dor perdia as coisas boas que me esperavam no caminho. A todas as mães de anjo sintam-se abraçadas, o golpe é duro mas o final feliz compensa o esforço de colar cada pedaço do nosso coração.

Carla Ribeiro


O meu anjinho

O meu final feliz. 





sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Queria que o Guga fizesse algum desporto.


Acho importante que as crianças desde pequeninas  pratiquem algum tipo de atividade física, até para combater a vida cada vez mais sedentária que se leva. Por outro lado é importante conviverem com outras crianças, fora do contexto escolar.
No caso do Gustavo, aos oito meses tentámos a natação. Os horários disponíveis interferiam com a hora da sua sesta e não nos conseguimos ajustar.  Foi apenas três vezes: duas dessas vezes estava cheio de sono portanto esteve sempre a chorar, a outra vez adormeceu à porta das piscinas nem chegámos a entrar.
Voltámos a pensar em coloca-lo num desporto quando tinha dois anos  e poucos meses. Aqui voltámos a ponderar a natação, mas embora o horário já não interferisse com a sua rotina do sono, era ao sábado. Eu pessoalmente gosto de ter os fins-de-semanas livres de tudo e sem obrigatoriedades, até porque temos uma casinha de férias disponível (não nossa) onde passamos muitos dos fins-de-semana com bom tempo.
Entretanto procurei uma ginástica para crianças pequenas. Eram todas incrivelmente caras, 25 euros uma hora por semana, e também ao sábado. Até que…. Encontrei uma mesmo perto de nós, a 12 euros e meio, e à quarta-feira ao fim da tarde. Perfeito.
O Gustavo foi experimentar e adorou. Eu também adorei porque para além de tudo o que já referi, queria que ele interagisse com outras crianças e que respeitasse outros adultos, visto não estar na escola.
A coisa correu muito bem durante um mês. Depois o meu horário de trabalho mudou e ele teve de começar a ir com o pai. Não sei que raio se passou naquela cabecinha que começou a não querer ir, acordava já de manhã ansioso a pedir para não ir à ginástica. Não insisti, porque acho que é uma coisa que tem de partir dele.
Entretanto passaram quase quatro meses e gostava que ele voltasse a ir a essas aulas. Já lhe falei disso duas vezes, na primeira vez disse que sim, na segunda disse que não…
Acho que o que não lhe agrada, é o facto de ter obdecer a ordens e regras (mas esse era um dos principais motivos para eu querer que ele fosse) Por exemplo, a ginástica tem jogos, trampolins, escorregas…. E ele vê um pouco aquilo como um parque. Mas ao contrário do que acontece no parque, não é chegar e ir para onde quer, e acho que isso lhe fez confusão.
Por mim, até penso que só lhe fazia bem, ainda que das primeiras vezes refilasse e chorasse (até porque é só birra mesmo, de querer ir descer no escorrega e não poder por exemplo), mas por outro lado, as coitadas das professoras querem dar a aula e não têm de estar a levar com as birras do rapaz.
Quando o rapaz decidir se quer voltar ou não, eu dou notícias.





terça-feira, 3 de setembro de 2019

Quando a ansiedade dos pais prejudica a integração dos filhos


Sabem aquelas frases do “violência gera violência” ou “amor gera amor”? É a mesma coisa aqui: ansiedade gera ansiedade.
Não quero melindrar ninguém até porque ansiedade é o meu nome do meio, mas a verdade é que a maioria das vezes são os pais que fazem com que seja difícil a criança ficar na escolinha.
Eu percebo essa angústia e sei exatamente o que sentem. Quando venho para o trabalho, ao sair de casa o Gustavo agarra-se às minhas pernas a pedir por favor para vir comigo, pede colinho, chora, grita, esperneia ao colo do pai. Desço as escadas e entro no carro com o coração esmagadinho e muitas vezes ao arrancar no carro ainda o ouço ao longe. Mas ele fica bem, aquilo passa. Dou-lhe sempre um beijinho, digo-lhe que gosto muito dele e que volto ao final do dia. Evito voltar para mais um abraço ou mais um beijinho mesmo que peça, porque depois desse vai pedir outro, e outro, e ainda outro, e a angústia vai ser maior para os dois.
É mais ou menos isto que muitos pais não cumprem e que dificulta imenso a chegada dos filhos à escola.
Sou apologista das despedidas rápidas. Não têm de me atirar os miúdos pelo ar para entrarem na sala. Não têm de sair a correr, muito menos às escondidas. Mas também evitem interferir no meu trabalho e no bom funcionamento da sala.
Acredito que pensem estar a fazer o melhor para os filhos, mas há certas atitudes que lhes criam uma angústia e uma ansiedade imensa:
- Subornar a criança – Prometem ao filho mil coisas como prémio para ele ficar: - Filho, se ficares sem chorar a mãe logo dá-te um chupa. O pai compra-te aquele boneco que queres.
A criança tem de perceber que tem de ficar porque sim, porque os pais têm de ir trabalhar.
- Despedidas longas. Dão um abraço. Mais um beijinho. Ficam com a criança ao colo durante cinco minutos enquanto conversam com ela. A criança chora e pede para os pais não a largarem. Mais cinco minutos. A mãe diz que tem mesmo de ser e prepara-se para largar a criança que pede mais um beijinho. E nisto são mais cinco minutos e a criança começa a achar que se calhar já não se vai separar dos pais. Mas entretanto tem de ser, e a criança fica a chorar muito mais do que estava a chorar quando chegou.
- Esperar que seja a educadora ou a auxiliar a tirar os filhos do colo da mãe ou do pai. Não faço isso. Ninguém tem de ser o mau da fita. Nem quem recebe, nem quem entrega. Os pais devem passar a criança a quem a recebe. Não devem ficar enrolados no filho, às vezes a fazer mais força do que a própria criança, na esperança que alguém arranque o filho dos braços.
-  Por-se a brincar. Eu percebo a tentativa de distrair a criança. Mas agora vamos pensar um pouco na rotina e dinâmica da sala. Se todos os pais entrarem na sala e forem buscar uma bola ou um carrinho e se puserem a brincar com a criança fica complicado não? E para as restantes crianças que não tiveram os pais a brincar com elas? E o ficar a brincar, lá está. Dá direito a uma despedida mais demorada recheada de ansiedade.
- Voltar atrás. Por favor, não. É o pior que podem fazer. A criança já se separou, está a lidar com essa frustração, e eis que txanaannn, os pais voltam a aparecer à porta. A SÉRIO??!! E voltamos então à estaca zero.
Portanto vamos rever:
1-    Os pais conseguem ser MUITO mais ansiosos que as crianças. Põem certamente na cabeça que o filho fica a chorar o resto do dia quando na verdade passados uns minutos fica a brincar e nem pergunta por eles.
2-    Despedidas rápidas pelo bem estar dos meninos. Dar sempre um beijinho e dizer que gostam muito da criança, dar um abraço apertado, e chega.
3-    NUNCA chorar à frente do filho por mais que vos custe a separação.
4-    NUNCA voltar atrás porque ouviu o filho chorar.
E nem me façam a conversa do “ah e tal se fosse contigo” porque é comigo, chego ao trabalho ainda com os berros do meu filho nos ouvidos. Mas faço o melhor para ele, que passados cinco minutos já nem se lembra que eu existo.


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