sexta-feira, 10 de abril de 2020

O nosso país e o covi19

Estamos assustados, fartos de estar fechados em casa (quem o pode fazer e cumpre), com saudades de abraçar quem amamos. Começamos a sentir tristeza, ansiedade, frustração, raiva... é fácil começar a espingardar em todas as direções e a atirar culpas a quem não as tem.
No que diz respeito a esta situação, tenho total confiança em quem nos governa. Ninguém sabe a fórmula perfeita. Muito se tem estudado e até especulado, mas a longo prazo, ninguém sabe o que é o melhor. Se há quem defenda que quanto mais isolados melhor, há quem defenda que isso só vai adiar o problema e que uma segunda vaga virá com mais força quando o isolamento começar a levantar.
Tenho esperança e confio nas medidas que nos têm sido impostas. Acho que o nosso governo, comparando com outros países, está a ser exemplar nesta luta, facto esse que tem sido relatado em jornais pelo mundo fora. E os portugueses, na sua maioria, exemplares têm sido.
Acho que o estado de emergência foi decretado na altura certa, e concordo que alguns negócios tais como restaurantes em takeaway continuem a funcionar (pior que morrer com o vírus, será talvez morrer de fome, e o que aí se avizinha em termos de economia, assusta-me muito).
A decisão de se permitirem pequenos "passeios" sem contacto físico com outras pessoas, em locais resguardados, também me parece acertada. Pessoas a sofrerem de ansiedade e depressão, muito dificilmente iriam sobreviver a isto fechadas em casa durante tanto tempo (e não espero que quem não lida com estas particularidades o entenda). Continuam a existir ajuntamentos de vizinhos nas ruas, pessoas a ir às compras com a família toda atrás, pessoas a passear o cão cinco vezes por dia… mas isso é culpa de quem o faz. As diretrizes são claras, e não é possível que as nossas forças de segurança consigam controlar tudo. Nem deviam ter de o fazer… existe uma coisa chamada de responsabilidade social. 
Quanto ao fecho das escolas… os grupos de mães estavam ao rubro, pela negativa, com a possibilidade da escola reabrir. Que irresponsabilidade, que atear de fogo, que imprudência… entretanto foi decretado que a escola não irá mais abrir de forma presencial, exceções 11º e 12º ano, e nos mesmos grupos de mães vemos ataques a essa decisão: e como vou sobreviver com 66% do ordenado? Como vou conseguir dar apoio a três crianças em casa a terem de estudar??
Não é fácil, mas não o é para ninguém, muito menos para quem tem de decidir o que fazer de forma a proteger um país inteiro.
Isto vai passar. Mas se cada um fizer a sua parte, vai passar muito mais depressa.

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