segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Hospital dos pequeninos - uma boa surpresa

Ainda não vos contei, mas o Gustavo tem pânico de ir ao médico. Não tem medo, tem pânico. É todo um outro patamar. Quando fomos passar uns dias ao Alentejo, ao entrar no hotel e ver as raparigas de farda na receção começou a panicar. Chorou, trepou por mim a cima e implorou para ir embora.
A semana passada os meninos do colégio onde trabalho foram visitar o hospital dos pequeninos. Nunca tinha ouvido falar de tal coisa. Eu não fui, mas fiquei tentada a levar o Gustavo pela opinião que ouvi das minhas colegas. E ainda bem. 
O José tinha ido passar o fim-de-semana fora e eu precisava com urgência de um programa para fazer fora de casa. Odeio conduzir em Lisboa principalmente para zonas que não conheço bem, mas enchi-me de coragem pelo rapaz.
Para visitar este hospital, cada criança leva um brinquedo com uma doença. O Gustavo levava o seu Dony como brinquedo.
Assim que chegou o Dony foi para a banca de triagem. Fomos recebidos por uma médica muito simpática que quis saber o que tinha acontecido com o Dony. O Gustavo com os seus ainda dois anos, despachado como sempre, rapidamente respondeu que tinha caído do sofá e que tinha batido com a cabeça. Mal tínhamos chegado e eu já estava parva: o miúdo falou com uma rapariga de bata branca com estetoscópio ao pescoço. Nessa banca da triagem ajudou a doutora a pesar e medir o boneco e pos-lhe uma pulseirinha de acordo com o nível de dor que achava que o Dony sentia.
Depois da triagem fomos para outra "salinha". Fomos recebidos por outra médica que fez ao boneco tudo aquilo que o Gustavo detesta que lhe façam: foi auscultado, viram-lhe os ouvidos e garganta, mediu a temperatura.... e o Gustavo ajudou em tudo.
Muitas mais bancas existiam, sempre com médicos vestidos e equipados a rigor: salas de análises, raio X e tac, operações, internamento curativos,  dentista.... durante todo o percurso as crianças são o braço direito do médico que trata os brinquedos. Mais giro ainda é o facto de cada criança também ter direito a uma bata, touca e máscara (o Gustavo só quis a mascara).
Este projeto é realizado por estudantes dos primeiros anos de medicina. Estão de parabéns. Todos demonstraram ter um jeito enorme para lidar com os miúdos e estavam verdadeiramente empenhados em fazer o seu papel o melhor possível. Fiquei super fã do projeto e vou de certeza voltar. Tenho pena que as fotos não façam justiça ao que este projeto realmente é, pois por ir sozinha com o Gustavo tinha de ter mil olhos nele e mal usei o telefone para fotografar. 
Como se não bastasse este programa fantástico ser grátis, à saída ainda deram a cada criança um saquinho com bolachas, fruta, leite, lápis de cor, livro para colorir, seringa de brincar e um bilhete de criança para o oceanário.
A parte má para vocês.... foi só este fim-de-semana que passou, portanto se não foram também já não conseguem ir.... A parte boa.... há todos os anos em novembro (e ouvi dizer que também há no dia da criança, tenho de me ir informar) portanto podem ficar atentas.

Sigam a nossa página aqui , podem saber mais sobre este projeto aqui .








Entretanto o bloguer não está a deixar inserir fotos neste post, mas como vos queria contar esta experiência fica mesmo assim, sem fotos (para já). Desculpem qualquer coisinha.



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