(continuação) ...
Como escrevi no post anterior (ler aqui ), não respeitei o meu filho no
que dizia respeito a largar as fraldas. Certo dia fez cocó na roupa, e foi um
pandemónio. O cocó escorreu por ele, foi andando em cima do cocó, ficou basicamente barrado em cocó e muito assustado.
Desde aí, o Gustavo ficou com medo do cocó. Parece parvo, e em certa medida é, mas na sua cabeça tola faz sentido.
O Gustavo já anda sem fralda por iniciativa dele. Não quer
fralda e faz os chichis no bacio ou na sanita. Os descuidos são muito
raros. Quando sente vontade de fazer
cocó, pede em stress para lhe por uma fralda depressa.
Comecei a reparar que fazia cocó com menos frequência.
Quando começava a ter vontade, vinha a correr ter connosco a pedir “um
abacinho”. Certo dia disse à irmã do meio que estava muito preocupado. Quando
ela lhe perguntou o que o preocupava, respondeu que era com o seu cocó porque tinha medo dele.
Hoje em dia, quando sente que tem de fazer cocó , faz força,
mas é para o cocó não sair. Diz que tem me meter o cocó para dentro. Chega a
estar nisso doze horas até não aguentar mais.
Pergunta sempre se pode fazer cocó e se não vai ficar sujo. Quando lhe respondemos que pode fazer cocó à
vontade e que não tem mal nenhum, responde que tem muito medo do seu cocó e que
não quer que ele saia.
Tudo isto se tem revelado num efeito bola de neve. Como tem
medo de fazer cocó, faz força para não o fazer. Quando finalmente o faz, passadas horas, o cocó
é muito mais rijo e por isso sente dor. Como sente dor, fica com mais medo de
fazer cocó. E pronto, andamos assim.
Entretanto já pedi uma opinião a uma psicóloga, que me disse
para lhe dar os abracinhos quando pedir mas para não muito importância à frente
dele, para ver como corre, não vá ser uma chamada de atenção. Por outro lado também disse que para nós pode ser sido uma coisa normal e até algo cómica, mas para ele ter sido traumático. Se continuar,
recomendou marcar consulta na pediatra. Portanto isto tudo, porque eu achei que era melhorar ele deixar a fralda para eu não ter de aturar comentários estúpidos (que atenção, continuam).
Queridas leitoras mães e futuras mães: por favor,
borrifem-se sempre nos palpites dos outros, mesmo das pessoas bem próximas de
vocês. Façam o que vocês acham ser melhor para o vosso filho, pois as mães têm
quase sempre razão.
Por aqui, vamos tentar dar a volta à situação da melhor
forma. Com muita calma e ao ritmo do rapaz.
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