Cometi um erro, essa é a verdade.
Comecei o desfralde do Gustavo tinha ele cerca de 27 meses.
Apesar de ele já falar e saltar (há quem veja isso como indícios de estar
pronto para o desfralde) achei que era muito imaturo para lhe tentar tirar a
fralda.
Demorou pouco tempo até começar a ser bombardeada com a
pergunta “Então e quando é que ele tira a fralda?”. Faziam-me essa pergunta
constantemente. Certa vez chegaram a fazer-me a seguinte observação “Ainda de
fralda? Ainda por cima com uma mãe educadora.” Não foram uma nem duas vezes que
me disseram coisas do género.
Uma coisa que podem não saber sobre mim, é que não sou a
pessoa mais confiante do mundo. Ao dizerem aquilo sobre mim comecei a sentir
que era posta em causa quer como mãe quer como educadora. De facto, muitos
miúdos de 27 meses já não usam fralda, embora existam outros tantos que usam.
Achei então que se calhar o problema era meu, e que se calhar
devia insistir nessa coisa de lhe tirar a fralda. Comecei mesmo a sentir-me
ansiosa de ir com ele a alguma evento de família ou amigos, porque já sabia que
lá vinha a porcaria da conversa das fraldas. E não me enganava mesmo.
Dei início ao desfralde, e ele até colaborou minimamente.
Sentava-se na sanita e no bacio e muitas vezes fazia lá chichi. No entanto se
estivesse sem fralda e fizesse o chichi no chão achava a maior piada do mundo,
era uma festa. Não ralhei com ele uma única vez quando se descuidou, mas
elogiei-o imenso sempre que fez no bacio ou sanita.
Certo dia deixei-o se fralda, mas em vez de fazer chichi fez
cocó. Não imaginam, o que se seguiu. Assustou-se imenso. Chorou, tremeu, só
pedia colo completamente em pânico. Depois de o lavar, pediu por favor para lhe
por uma fralda. E pus.
Nesse momento senti-me a pior mãe do mundo por ter posto a
opinião dos outros à frente das necessidades do miúdo. No fundo também o queria
proteger de estar constantemente a ouvir pessoas dizerem que ele tinha de
deixar a fralda.
Decidi então que só voltava a abordar esse assunto quando eu
achasse que era altura. Decidi respeitar o ritmo do meu filho. Escrevi sobre
isso no blogue e uma estúpida (não tem outro nome, desculpem) comentou que eu
“era mas é uma grande preguiçosa e que não estava para ter trabalho, então enfiava
uma fralda no puto”
Esta história do desfralde não fica por aqui, porque esta
insistência de minha parte teve consequências negativas …. Mas isso vai ter de
ficar para o próximo post porque este já vai longo….
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Temos é de ter calma e fazer aquilo que consideramos estar certo, seguir o nosso intuito e, se o meu amigo Gustavo não estava pronto, só temos é de respeitar o seu tempo. Cada um tem um tempo diferente para todo o tipo de coisas, inclusivamente o desfralde. Tu és numa excelente educadora e, sem sombra de dúvidas, uma excelente mãe. Não deixes que essas má - línguas e pessoas cheias de maldade te afectem.
ResponderEliminarSão uma família fantástica!
Beijinhos grandes ����
Beijinhos amiga. Que ssds tuas, apesar de estar no mesmo sítio estou tão longe buááá.
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