quarta-feira, 17 de abril de 2019

O péssimo marido (mas bom pai)


Talvez em casos raros alguém engravide dum momento fugaz  que viveu  num noite. Ou de uma amizade colorida mais irresponsável. Mas na maioria dos casos, um filho nasce de um ato de amor. Mesmo quando não é fruto de um amor louco daqueles dos filmes (isso existe?), é fruto de uma paixão, de uma relação, de uma vontade. Por algum motivo, escolheram a pessoa X para ser mãe ou pai de um filho. Viveram bons momentos, conviveram juntos, partilharam desejos e angústias. Em muitos casos disseram o “sim”, nem que de forma simbólica. Essa pessoa era o ou a tal. Era a vossa pessoa.
Até que um dia as coisas mudam. Há uma separação, e essa vossa pessoa passa de bestial a besta.
Para começar tenho alguma dificuldade em entender como é que alguém muda tanto de personalidade. Basta colocar “EX” no nome.
É que reparem, ainda que determinado ex tenha sido incrivelmente mau para a sua cara metade, a certa altura vocês escolheram-no. Falemos por exemplo numa traição. É feio, se fosse comigo cortava-lhe as bolas, mas ainda assim, não deixava de ser um bom pai para o meu filho, o melhor que podia ter escolhido.  Era só um péssimo marido.
Convém então, que os ex casais se foquem naquilo que realmente importa: o filho em comum. Porque quer queiram, quer não, isso vai liga-los para sempre. Não é por ele ter sido um péssimo marido que tem de ser um péssimo pai. As crianças não devem nem têm de pagar por um erro que não cometeram. Os adultos que se entendam.
E sempre que queiram falar mal da vossa ex cara metade, lembrem-se da maior prenda que vos deu: uma dádiva chamada maternidade.
(E se não conseguirem mesmo ser sensatas, se não conseguirem manter a cabeça fria e se precisarem mesmo de lhe chamar todos os nomes do mundo, por favor nunca o façam à frente do vosso filho).

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(O pai que te escolhi. Sim o Gustavo tem batom)


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