segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

A minha história no vosso blogue - desconfiaram que a minha bebé tinha microencefalia.

Estava grávida de uma menina muito desejada. Na última ecografia, a minha bebé foi diagnosticada com microencefalia.
Foi através das medicações da sua cabeça na ecografia que o médico chegou a essa conclusão. O médico limitou-se a largar essa bomba e não me explicou mais nada. 
Saí da consulta atordoada e só mais tarde caí em mim. Quando isso aconteceu, fui ao doutor Google. Ia morrendo com o que li. Em pânico, fui com a minha mãe a uma outra médica.
O resultado dessa consulta foi assustador: as medidas da cabeça da bebé apontavam exatamente para aquilo que o primeiro médico tinha dito. Perguntaram-me se eu ou o meu marido tínhamos ido ao Brasil, ou se tínhamos tido contacto com alguém que tivesse ido lá recentemente.
Fiz imensas análises e uma ressonância à cabeça da bebé (nem sabia que isso era possível). O meu instinto sempre me disse que estava tudo bem. 
Os resultados chegaram: a bebé tinha uma cabeça realmente muito pequena, mas o cérebro estava bem.
Basicamente, o meu corpo não estava a permitir o crescimento esperado da bebé. Falando de forma simples, o meu útero não esticava mais e por isso ela não podia crescer.
Às trinta e seis semanas fizeram-me um toque malvado na esperança de provocar o parto, e assim foi. Nasceu uma menina muito pequenina mas muito saudável, que cá fora cresceu a olhos vistos.
Não sei explicar bem, mas nunca senti que algo de errado de passasse verdadeiramente, e tinha razão. Mas que foram umas semanas agoniantes, isso foram.

Catarina Pereira, Barreiro, 31






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