Há umas
semanas partilhei um texto meu, até já antigo, em que escrevia sobre o Natal
não ser o mesmo. E realmente não é. A minha avó paterna adoeceu e acabou por
falecer recentemente.
O dia 24 de
dezembro era celebrado na casa dessa minha avó, portanto era lá que a família se juntava. Quando a
minha avó deixou de estar presente, não sei bem porquê, mas deixámos de nos
juntar nesse dia. É como se a minha avó fosse o elo que ligava todos os
familiares. Assim, há dois anos que eu não celebrava a véspera de natal. Ficava
em casa com o Zé e com o miúdo em casa, no quentinho de pijama.
Como o Gustavo
era bebé, acabou por não custar muito deixar de festejar o dia 24. Ele
deitava-se muito cedo, e eu achava por bem não o sujeitar a noitadas e horários
que sei que o iam deixar muito rabugento.
Este ano já
tínhamos pensado não festejar novamente o dia 24. À última da hora, que é como
quem diz, no próprio dia 24, acabámos por combinar ir passar a consoada com os
meus primos e tios.
A verdade, é
que um dia a minha falecida avó também perdeu a sua mãe. E não foi por isso que
deixou de festejar o Natal. Não foi por isso que deixou de me proporcionar um
Natal muito feliz cheio de sorrisos e comida saborosa. O mínimo que eu posso
fazer pelo meu filho, é isso mesmo.
Por muito
que me sinta triste por ter menos uma pessoa na mesa de natal, tenho de
proporcionar ao meu filho a magia do Natal que me foi proporcionada a mim. E este ano, voltei a gostar de festejar o Natal,
e foi delicioso ver a felicidade do Gustavo nessa data.
Este dia 24
de dezembro, foi só o reinício de todas as próximas consoadas. Que serão
muitas, espero eu.
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