Um dos temas
centrais deste blogue é a questão dos divórcios, das madrastas e dos enteados.
No entanto não tenho escrito assim muito sobre isso. Escrevo hoje, depois de
ler a coisa mais parva (para mim) que uma alminha portuguesa escreveu sobre o
assunto.
Escreveu uma
psicóloga, que não admitia ser chamada de madrasta (apesar de o ser). Escreveu
que esse nome tem uma conotação muito negativa e que ninguém deve ser assim
apelidado. Sugeriu então que as madrastas fossem chamadas de amigas ou mães.
Mais informou, que não admite que os enteados a chamem por um nome que não mãe.
Eu sou
madrasta. Também sou mãe. E isso é só estúpido.
Madrasta é,
segundo a nossa língua, a nova companheira do pai. Dei-me ao trabalho de ir ao
dicionário ver, visto que uma leitora certo dia veio teimar que eu só era
madrasta se a mãe das meninas tivesse morrido. Bem pesquisei por essa definição
mas não encontrei nada relacionado.
Também há
quem ache chocante eu apresentar as meninas como minhas enteadas ou filhas do
Zé. Da última vez que verifiquei, era isso mesmo que elas eram.
As palavras
têm a importância e a conotação que as pessoas lhes dão. Culpem os filmes da
Disney e as histórias tradicionais que serviram de base aos filmes, se quiserem.
Sou madrasta sim. E as miúdas que me chamem sempre assim (se fizer sentido para
elas). Não sou mãe delas. Sou amiga delas sim, mas o que me distingue de outras
amigas que possam ter, é que sou a mulher do pai.
Acho que
cada pessoa tem de saber o seu lugar, este é o meu. Sou companheira do pai
delas. Vivo com elas há cinco anos. Organizo as suas coisas da escola (hoje em
dia faço com que organizem sozinhas) , mando-as para o banho (em tempos já
ajudei a que tomassem banho), obrigo-as a estudar, mando-as ajudarem nas
tarefas domésticas, compro-lhes roupa, ouço os seus dramas, levo-as à praia,
troco roupa e acessórios com a mais velha, penteio o cabelo à mais nova e
ralho. Ralho bastante até.
E pronto, é
isto. Sou madrasta sim. É isso aquilo que sou. E é bem porreiro ser madrasta
digo já.
Sigam a nossa página aqui e a minha página aqui.
A Gabi quando era mais pequena que eu |
A Matilde quando usava vestidos |
Meu Deus, eram tão pequeninas! |
A mesma parva de sempre |
Este dia tem uma história muito engraçada mas fica só para nós. |
Como mãe este blogue fez pensar em algumas atitudes que tive com a mulher do meu ex marido e madrasta do meu filho. Mas na verdade ela também não tem a postura que vc tem com suas enteadas
ResponderEliminarSinceramente eu também sou madrasta e também detesto esse nome. Talvez porque tive uma Má-drasta e o associo a ela. Mas detesto. Tenho duas enteadas. Uma vive comigo desde o ano e meio a outra só vem de vez em quando. A que vive comigo chama-me mamy, a outra chama-me pelo nome. Não faço questão que me chamem nenhum nome específico nem nunca as levei a isso. Deixo que me tratem como quiserem. Mas pronto, pode ser parvo, mas detesto o nome madrasta!
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