sexta-feira, 3 de maio de 2019

Cinco anos. Parabéns a nós.


Hoje é o nosso dia. Não é o dia em que nos apaixonámos. Não é o dia em que decidimos que queríamos fazer parte da vida um do outro. Não é o dia em que oficializamos a nossa relação (isso nunca aconteceu).
É o dia em que nos encontrámos na discoteca e eu acabei na casa dele. É isso assim. Sem romantismos. Sem mimimis. Sem amor.
Na segunda-feira seguinte no trabalho não sabia bem como olhar para ele. Rezava a todos os santinhos para que ninguém reparasse em nada.
Já não sei quem enviou mensagem para quem. Não me lembro quando nos encontrámos novamente. Sei que ficava com o coração aos saltos quando ele passava por mim e dizia  “Olá boa tarde”. Sei que quando o telefone tocava esperava que fosse ele.
Ao mesmo tempo pensava “Mas que raio ando eu a fazer?”. Treze anos a mais, divorciado, com duas filhas, colega de trabalho. Nice. Tudo aquilo que eu não queria.
Aquele primeiro mês foi demais. Estava com ele, dormia com ele, e no trabalho mal nos falávamos. Dava alguma pica à coisa, confesso.
Tentei fugir. As minhas amigas sabem que tentei.
Nem há um mês estávamos “juntos” quando conheci as miúdas. “Fixe, é agora que ganho coragem para me pirar disto”. Depois elas imploraram para jantar com elas e lixaram o plano todo.
Poucos meses depois vivia com ele. Tivemos (e vamos tendo) altos e baixos como em todas as relações,  julgo eu. Somos totalmente diferentes, quem nos conhece sabe-o bem.
Não sei quando começámos a pensar que se calhar até tínhamos uma relação. Nunca falámos daquilo que éramos um ao outro. Realmente se gostam de histórias de amor e famílias típicas, este é o blogue errado.
Contrariamente a más línguas que achavam que era uma crise de meia idade para ele, e uma diversão para mim, cá estamos. A crise continua e a diversão também. E estamos tão bem.  Todos. Os cinco.


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